MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS: IMPACTO NA CONCEPÇÃO DO HOMEM E DO TRABALHO
Por: Juliana Prado • 13/5/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 554 Palavras (3 Páginas) • 321 Visualizações
MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS: IMPACTO NA CONCEPÇÃO DO HOMEM E DO TRABALHO
As organizações estão inseridas em ambientes de constantes desafios e mudanças. Desde a Era Industrial até a Era da Informação houve uma série de fatos que mudaram a concepção de trabalho e o papel do homem na organização.
A Era Industrial iniciou -se na segunda metade do século XVIII e estendeu-se até o século XX, marcando a transição entre feudalismo e capitalismo. O período foi caracterizado pela mecanização da produção, substituição do trabalho manual do operário pela máquina, da produção em massa e do aumento da população urbana; sempre buscando eficiência, aumento da produtividade e dos lucros. Surge aqui o conceito de trabalho que conhecemos até os dias atuais, baseado na relação trabalhista entre duas classes sociais: burguesia e proletariado. A diferença econômica entre as classes deu origem ao sistema capitalista em que vivemos.
Ao longo dessa Era as organizações tiveram diferentes visões do homem dentro de seus ambientes, juntamente com mudanças na sua cultura, estrutura e processo decisório. No início, intitulado como Era Industrial Clássica, o homem é apenas um executor, um recurso de produção, inserido em uma estrutura piramidal e burocrática, com centralização de poder e decisão no topo, que estabeleciam regulamentos e padrões de produção e comportamento. Durante essa fase, prevalecia o conceito do Homus Economicus que só responde a incentivos financeiros, pois esse era seu único objetivo, sem outras variáveis humanas que o influenciava.
Após a Segunda Guerra Mundial, iniciou-se o período Neoclássico da Era Industrial, no qual o todo é visto como a composição de partes que se relacionam entre si. Percebeu-se que a organização seguia um modelo burocrático que não acompanhava as mudanças do ambiente externo, exigindo uma adaptação com novas visões e nova administração. Acompanhada pela Teoria das Relações Humanas, o trabalhador passa a ser visto como recurso vivo, complexo, que pensa, sente e age na busca da realização de seus objetivos. A liderança começa a ganhar importância, junto da participação dos empregados, desprendendo-se dos conceitos extremamente rígidos e mecânicos do passado. Iniciaram-se os estudos de fatores que afetam o rendimento produtivo, descobrindo uma variável que era desprezada: o fator humano. Surge o conceito de organização informal (ambiente de relações entre as pessoas que está fora da estrutura formal da empresa) que influencia a produção humana, o de motivação, liderança, comunicação e cooperação em busca de objetivos pessoais e organizacionais.
A partir da década de 1990, surge então a denominada Era da Informação. Nela a organização pertence a um sistema globalizado, caracterizado por velozes avanços tecnológicos, alto volume de informações num nível global e em tempo real, e valorização do conhecimento como chave para o sucesso. O mercado de trabalho sofre mudanças com o aumento significativo do setor de serviços e a terceirização das atividades-meio. Reagindo ao ambiente dinâmico e turbulento, o homem é visto agora como capital humano, com conhecimentos e habilidades que oferecerão à empresa as soluções para sobreviver no meio competitivo. As empresas buscam inovar suas estratégias, olhando para o futuro, adotando
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