AS TRANSFORMAÇÕES ORGANIZACIONAIS E SEUS REFLEXOS NO MUNDO DO TRABALHO E NA VIDA DO HOMEM
Por: LarissaMcPacola • 19/9/2015 • Trabalho acadêmico • 4.669 Palavras (19 Páginas) • 565 Visualizações
[pic 1][pic 2]
[pic 3]
[pic 4]
[pic 5]
[pic 6]
[pic 7]
[pic 8]
[pic 9]
- INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo geral apresentar a articulação das informações do artigo científico proposto para leitura com os respectivos aspectos a serem analisados.
Nos objetivos específicos, o texto aborda dentro dos fundamentos e teoria organizacional um pouco sobre fordismo, analisando suas principais características e a aplicabilidade dos princípios de Ford nas organizações atuais. Ainda dentro deste tema apresenta um exemplo de fordismo informal, observado em um modelo de trabalho autônomo: o das manicures.
Uma vez abordado os métodos de trabalho com base na Teoria Científica e nas idéias de Ford, o tema proposto em seguida trata da comunicação organizacional, onde a interação do homem com o trabalho e da organização com o mercado e seus colaboradores é analisada. Relacionando a comunicação com algumas características fordistas, este trabalho mostra o retrato da cultura organizacional da rede de fast food McDonald’s.
Para além das questões sobre fordismo, é feita uma menção ao homem social, embasado no conceito de ideologia em Marx vinculada à cultura, relacionando-os com o trabalho. Com base ainda no homem, cultura e sociedade, é estabelecida uma ligação entre a resenha “A corrosão do Caráter: as consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo” com o texto referência deste trabalho “Da rotina à flexibilidade: análise das características do fordismo fora da indústria”.
Por fim, é abordado o comportamento organizacional, onde há um relato das transformações pelas quais passaram os processos comunicacionais após o informacionalismo, que é representado pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (as TIC’S), apresentando também as novas exigências impostas por essas transformações, em termos de Comunicação e Linguagem.
Portanto, a proposta deste trabalho é analisar as transformações ocorridas nos modos de organização produtiva e, refletir sobre seus impactos no novo modo de acumulação capitalista, dentre eles o desemprego e a exclusão social. A importância em abordar os temas propostos está relacionada ao conhecimento das bases que fundamentaram as práticas administrativas, sendo possível entender suas principais contribuições para os dias de hoje, através de um comparativo teórico que permite contestar as práticas organizacionais.
- DESENVOLVIMENTO
- FUNDAMENTOS E TEORIA ORGANIZACIONAL
O modelo de produção em massa desenvolvido pelo norte-americano Henry Ford (1863-1947) teve como base a Teoria Científica de Frederick W. Taylor (1856-1915), e foi sem dúvida um marco para indústria, principalmente para a automobilística. Seu método é utilizado até hoje na montagem de automóveis, sendo também copiado por algumas linhas de produção da indústria têxtil e de eletrodomésticos, por exemplo.
Para melhor compreender sua evolução e aplicabilidade na indústria atual vamos relembrar, de maneira sucinta, o que foi o Fordismo:
- Caracterizou-se pela introdução das linhas de montagem, promovendo a divisão do trabalho;
- O trabalho era especializado, onde cada operário realizava uma única tarefa;
- Tinha como foco a racionalização da produção em massa;
- Seu objetivo era reduzir custos e produzir em grande escala aproveitando ao máximo da habilidade produtiva do trabalhador;
- A produção deveria ser em maiores quantidades e no menor tempo possível, garantindo a realização máxima das vendas e a elevação dos lucros.
O método fordista foi assim, uma aplicação bem sucedida dos processos tayloristas combinado à visão empreendedora de Ford.
- OS PRINCÍPIOS DE FORD NOS MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO ATUAL
Ao longo do tempo o Fordismo foi sofrendo alterações para se adequar aos novos mercados. Em seus primórdios o foco era na padronização dos carros, onde todos eram produzidos em um mesmo modelo e cor (preta) por tornar todo o processo mais rápido. Atualmente, essa padronização é vista de maneira mais sutil uma vez que, os consumidores de hoje buscam mais de uma opção para a escolha de um produto ou serviço. Então, pode-se dizer que o modelo de produção fordista não foi completamente abandonado, e sim adaptado para atender as exigências do mercado moderno.
Após pouco mais de um século da implantação da linha de montagem de Ford, ainda é possível observar a presença de muitas características de seu modelo de produção. Observe, a seguir, sua aplicabilidade atual através de seus três princípios de administração: produtividade, intensificação e economicidade.
Nas gestões de hoje, a produtividade, que é a busca pelo aumento da capacidade de produção, tornou-se mais flexível em grande parte das organizações, onde o trabalhador não se encontra limitado a uma única atividade podendo colaborar em outros setores, se necessário, pois possui uma visão mais ampla dos vários processos de trabalho. O profissional tornou-se parte da empresa, sendo mais participativo através da criatividade, conhecimento, versatilidade e crítica. Passou a existir uma conexão entre todos os integrantes através do trabalho em equipe. Porém, hoje é exigida formação e/ou grau de conhecimento específico para atuar em determinadas áreas, o que tem gerado crescimento do desemprego e dificuldades por parte das empresas para encontrar profissionais qualificados, uma vez que o nível de conhecimento está abaixo do esperado.
Já na intensificação, onde a prioridade está na diminuição do tempo de duração da produção e na rápida colocação do produto no mercado, as novas tecnologias proporcionaram um avanço no desenvolvimento dos produtos e serviços comercializados. No entanto, toda essa modernidade requer certo domínio de novas máquinas e equipamentos, onde nos processos produtivos sua plena potencialidade depende da capacidade de seus operadores que devem ser altamente qualificados para a realização de um trabalho eficiente e eficaz.
Por fim temos a economicidade, que consiste em reduzir ao mínimo o volume de estoque da matéria-prima em transformação, onde atualmente controla-se a produção de acordo com as vendas, assim, havendo procura é preciso dar conta da demanda fazendo-se necessário manter um estoque de acordo com as necessidades do consumidor. Como exemplo, podemos citar as datas comemorativas do natal, páscoa, dia das crianças, entre outras, que exigem uma demanda maior de produtos do que em outras datas do ano, embora de uma maneira geral ainda adota-se o princípio de manter o menor
...