O Caso do Japão
Por: Denise Nascimento • 19/9/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 720 Palavras (3 Páginas) • 202 Visualizações
O caso do Japão
O Japão historicamente fornecia proteção de patentes apenas aos novos processos de produção de produtos químicos e farmacêuticos. O governo japonês definia e mantinha os preços das drogas extremamente alto no varejo e o povo pagava por apenas 10% e os 90% restante eram custeados pelas seguradoras ou diretamente pelo Estado. Os médicos que prescreviam essas drogas recebiam descontos do fabricante, os médicos também faziam prescrições paralelas devido as tradições com os “tônicos”. A indústria domestica japonesa se protegia da concorrência externa com restrições ao investimento direto estrangeiro.
A política de restrição de investimentos externos começa a ser revisada em meados da década de 70, em 76 o parlamento japonês, Diet, expandiu a proteção de patentes para outros processos. Em 1981 o Ministério da Saúde e Previdência reduziu em 50% o preço das drogas reflexo de algumas revisões feitas. Em 1993, o Ministério da Saúde e Previdência e o Ministério das Finanças permitiram uma empresa estrangeira adquirir parte dominante de uma empresa doméstica, isso foi um marco.
Após as mudanças que sobrevieram a tradição japonesa, as empresas farmacêuticas começaram a investir mais em P&D. A fração dos gastos era de 11% um pouco abaixo das norte americanas e europeias. Em 1980 ultrapassaram as norte americanas. A médi de empresas estrangeiras no mercado japonês representava 25% em meados de 1995 e as drogas estrangeiras 20% e monos de 10% das vendas de empresas japonesas vinham do exterior.
Os laboratórios Ranbaxy LTDA
No final de 1995, a Ranbaxy obtinha 50% das suas vendas e contribuições do mercado indiano e outros 50% de estrangeiros. No final do ano fiscal de 31 de março de 1995 os produtos farmacêuticos foram responsáveis por 93% do total das vendas da Ranbaxy e os produtos auxiliares pelos restantes 7%. A Ranbaxy considerou separar a divisão de química fina (negócios auxiliares) das demais para que fosse tratada com atenção especial.
A Ranbaxy tinha um portfólio menos que as empresas domésticas concorrentes e era constituído principalmente por drogas anti-infecciosas. Houve investimentos recentes em pesquisa em outras grupos terapêuticos, principalmente drogas cardiovasculares, mas a curto prazo não surtiria aumento nas vendas da empresa.
Os três medicamentos mais vendidos e as quatro maiores categorias de princípios ativos/intermediários eram todos drogas infecciosas.
No que dizia respeito a mercados geográficos, em 1995, a Índia absorvia 56% das vendas farmacêuticas da Ranbaxy, outros mercados representava um aumento estável. A venda de medicamentos era maior que a venda de princípio ativo e intermediários no mercado, mas representavam apenas 20% das vendas no exterior.
Asa vendas da Ranbaxy representavam 32% para o mercado exterior, Europa, a União dos Estados Independentes e a África, o Oriente Médio 16%, a Ásia/Pacífico 25% e o Continente Americano 27%. A venda de medicamentos eram voltadas para os países em desenvolvimento e para antigas economias socialistas.
Fabricação
Em 1960, a Ranbaxy começou a fabricar medicamentos finalizados. A partir da década de 70 começou a fabricação interna de princípios ativos e drogas intermediárias. Em 1995, tornou-se o maior fabricante de princípios ativos e intermediários.
A capacidade de produção da Ranbaxy era concentrada na Índia, onde produzia produtos farmacêuticos em quatro plantas químicas e finalizava planos para uma quinta planta em parceria com a Eli lilly. Os mercados de países desenvolvidos eram mais exigentes que os menos desenvolvidos, eram necessários maiores serviços com protocolos e procedimentos de certificação, o que tornava mais custoso a venda para esses países. A fim de cumprir com os requerimentos impostos pelo FDA nos Estados Unidos e pelo MCA no Reino Unido, a Ranbaxy optava por montar novos módulos de produção e modificar módulos já existentes.
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