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O Conceito de Comportamento Organizacional

Por:   •  26/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  6.725 Palavras (27 Páginas)  •  479 Visualizações

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- Comportamento Organizacional

 Conceito de Comportamento Organizacional

 O Comportamento Organizacional (CO) é um campo de estudo que objetiva prever, explicar, entender e mudar o comportamento humano nas empresas. (WAGNER & HOLLENBECK, 2009)

O CO é um campo de estudos que investiga o impacto que os indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações com o propósito de utilizar esse conhecimento para melhorar a eficácia organizacional. (ROBBINS, 2005)

O CO se preocupa com o estudo do que as pessoas fazem nas organizações e de como este comportamento afeta o desempenho das empresas. Enfatiza-se o comportamento relativo a funções, trabalho, absenteísmo, rotatividade, produtividade, desempenho humano e administração. (ROBBINS, 2005)

O CO focaliza os comportamentos observáveis e também as ações interiores como pensar, perceber e decidir.

O CO estuda o comportamento das pessoas como indivíduos e como membros de grupos e organizações.

O CO analisa o “comportamento” das unidades sociais mais amplas (grupos e organizações). Grupos e organizações não se comportam da mesma maneira que os indivíduos.

 Desde nossa infância observamos as ações de outras pessoas e tentamos interpretar o que vemos e o porquê de seu comportamento. Além disso, nós também tentamos prever o que elas fariam sob determinadas circunstancias. Essa abordagem casual e intuitiva costuma induzir a erros de previsão. O estudo do CO revela importantes fatos e relacionamentos de modo a fornecer uma base para realizar previsões de comportamentos mais precisas.

Quando dirigimos nosso carro fazemos previsões bastante precisas sobre o comportamento de outros motoristas. Por exemplo, previmos que os motoristas vão parar no sinal vermelho, vão diminuir a velocidade próximos à radares, etc. evidente que as leis do transito tornam essas previsões mais fáceis. Menos óbvias são as previsões dos comportamentos em supermercados, consultórios médicos, salas de aula, elevadores, etc., por exemplo, ao entrar no elevador as pessoas se viram de frente para a porta. Outro exemplo, ao se fazer uma pergunta ao professor, normalmente os alunos levantam a mão. Não há leis ou procedimentos sobre isso, mas esses comportamentos são previsíveis. O estudo sistemático do CO leva ao conhecimento da relação de causa e efeito do comportamento humano e de basearmos nossas conclusões em evidencias científicas, substituindo nossa intuição. Evidentemente que a abordagem sistemática não significa que aquilo que aprendemos de maneira não sistemática esteja errado.

 Disciplinas que contribuem para o estudo do CO

 Psicologia: ciência que busca medir, explicar e, algumas vezes, modificar o comportamento dos seres humanos. Os estudos iniciais dos psicólogos industriais eram voltados à fadiga, falta de entusiasmo e outros fatores que impediam o desempenho eficiente.

Mais recentemente os estudos se voltaram ao processo de aprendizagem, percepção, personalidade, emoções, treinamento, seleção, liderança, necessidades, motivação, satisfação, tomada de decisão, avaliação de desempenho, atitudes, planejamento do trabalho e estresse.

 Sociologia: estuda o sistema social onde os indivíduos desempenham seus papéis, ou seja, a relação das pessoas entre si. A maior contribuição foi no estudo do comportamento dos grupos dentro das organizações: a dinâmica de grupo, desenho de equipes de trabalho, a cultura organizacional, a estrutura da organização formal, a tecnologia organizacional e aspectos como poder, comunicação e conflitos.

 Psicologia social: seu foco é a influencia de um indivíduo sobre o outro. Um dos temas mais investigados é a mudança (como implementá-la e como reduzir as barreiras para a aceitação). Outras contribuições são; mudança de atitudes, padrões de comunicação, processos de tomada de decisões em grupo.

 Antropologia: é o estudo das sociedades para compreender os seres humanos e suas atividades. As contribuições estão voltadas ao estudo das diferentes culturas e ambientes organizacionais.

 Ciência política: estuda o comportamento do indivíduo e dos grupos dentro de um ambiente político. Os estudos se voltam a estruturação de conflitos, alocação de poder e políticas dentro das organizações.

 Fundamentos históricos da relação do homem com o trabalho: Abordagem Clássica     e Relações Humanas

A preocupação com o desempenho dos empregados nas empresas está registrada nas bibliografias desde fins do Séc. XIX quando Taylor (Frederick Winslow Taylor 1856 – 1915), um engenheiro mecânico que trabalhou como torneiro, chefe de equipe e gerente de ferramentaria, observa que o trabalhador comum era incapaz de entender a complexidade da ciência que rege as operações no trabalho, quer seja por falta de estudo, quer seja por insuficiência mental e a partir dessa observação, propõe a divisão das atividades entre planejamento e execução, além de subdividir as tarefas mais complexas em tarefas simples como forma de otimizar o desempenho humano.

O planejamento e controle das tarefas seriam de responsabilidade da elite pensante e a execução seria de responsabilidade dos trabalhadores comuns. É o início da teoria da administração científica, segundo a qual são implantados os conceitos de se produzir em escala, através da racionalização de tarefas, tempos e métodos.

Taylor escreve em seu primeiro livro, Princípios de administração científica, que “Os empregados devem ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto, executar um serviço de modo que a produção seja cumprida” e escreve também que “Uma atmosfera de cooperação deve ser cultivada entre a administração e os trabalhadores para garantir a continuidade da produção”. Era a chamada abordagem tecnicista e mecanicista.

  • Abordagem Clássica:  Abordagem segundo Fayol

Henri Fayol (1841-1925), um dos mais representativos teóricos da administração clássica, reconhecia cinco funções básicas no processo administrativo: planejamento, organização, direção, coordenação e controle.

Baseando-se nessas funções estabeleceu, também, alguns princípios que deveriam orientar a administração, tais como:

 Hierarquia (o poder caminha do topo para a base)

 Divisão de trabalho (para se obter eficiência)

 Autoridade e responsabilidade (um superior tem o direito de dar ordens e exigir obediência)

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