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O Conceito de empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil

Por:   •  4/5/2015  •  Resenha  •  4.628 Palavras (19 Páginas)  •  291 Visualizações

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Introdução

No final da década de 1990, o conceito de empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, mas tendo o período de 2000 a 2010 como um marco na consolidação do tema e de sua relevância para o país. Um dos fatores que talvez expliquem esse interesse pelo assunto é a preocupação com a criação de pequenas empresas duradouras e a necessidade de diminuição das altas taxas de mortalidade desses empreendimentos, o tema empreendedorismo tem recebido especial atenção por parte do governo e de entidades de classe, pois depois de várias tentativas de estabilização da economia e da imposição advinda do fenômeno da globalização, grandes empresas tiveram que procurar alternativas para aumentar a competitividade, reduzir os custos e manter-se no mercado. Isso tem aumentado o índice de desemprego.

Esses ex-funcionários acabam tentando abrir o próprio negócio, às vezes até sem experiência e com suas economias pessoais. Muitos ficam na economia informal, motivadas pela falta de crédito, pelo excesso de impostos e pelas ainda altas taxas de juros. Alguns exemplos de programas específicos voltado ao público empreendedor foi o programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal, instituído em 1999, que teve como meta a capacitação de mais de um milhão de empreendedores brasileiros na elaboração de planos de negócios, visando à captação de recursos junto aos agentes financeiros do programa. E o mais recente é o Programa Empreendedor Individual, instituído através da Lei Complementar n° 128/2008 que altera a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar n°123/2006), que tinha como objetivo a formalização de empreendedores que mantinham seus negócios na informalidade. Com o sucesso do programa em 2011 atingiu o patamar de praticamente dois milhões de empreendedores individuais formalizadas em todo o país.

Segundo dados do SEBRAE (relatório Agenda Estratégica das Micro e Pequenas Empresas 2011-2020), pode-se ratificar que a micro e pequenas empresas tem fundamental importância para a economia nacional, pois representam:

  • 98 % das empresas existentes no País;
  • 21% do PIB (Produto Interno Bruto);
  • 52% do total de empregos com carteira assinada;
  • 29,4% das compras governamentais;
  • 10,3 milhões de empreendedores informais;
  • 4,1 milhões de estabelecimentos rurais familiares;
  • 85% do total dos estabelecimentos rurais.

Um estudo mais profundo a respeito do conceito de empreendedorismo, tendo em vista que a maior parte dos negócios criados no país e concebida por pequenos empresários. Esses nem sempre possuem conceitos de gestão de negócios, atuando geralmente de forma empírica e sem planejamento. Isso se reflete diretamente no índice de mortalidade, superavam os 50% nos primeiros anos de atividade. Felizmente isso tem mudado nos anos recentes, como comprova o estudo publicado pelo SEBRAE em agosto de 2007 sobre a mortalidade das micro e pequenas empresas brasileiras constituídas no período de 2003 a 2005. Nessa pesquisa dados animadores foram obtidos se comparados com períodos anteriores. Dados de pesquisas mais recentes, como os divulgados pelo SEBRAE – SP em agosto de 2010, mostram que as empresas paulistas, com até dois anos de atividade, criadas no período 2003 a 2007, tiveram taxa de sobrevivência de 63%. Apesar de ser inferior a medição anterior auferida pelo SEBRAE, mas com empresas de todo o país em 2007, ainda é superior ao patamar histórico de 50,6% de 2002.

Mesmo com a evolução recente no índice de sobrevivência das micro e pequenas empresas, o empreendedor precisa ficar atento ao ambiente de negócios, sempre buscando se desenvolver de forma continua, pois a concorrência aumenta conforme melhoram as condições para se empreender, como tem ocorrido nos últimos anos no Brasil, devido a estabilidade econômica e também ao maior preparo dos empreendedores, que tem atualmente mais acesso a informação e possibilidades de formação/ capacitação para melhor gerir seus negócios.

O objetivo do livro é entender melhor como ocorre o processo empreendedor, seus fatores críticos de sucesso e o perfil de empreendedores bem-sucedidos, espera- se que essa estatística mantenha-se em patamares dos países mais desenvolvidos, por meio da adoção de técnicas e métodos comprovadamente eficientes e destinados a auxiliar o desenvolvimento e a maturação das pequenas empresas brasileiras. A parte central do livro é dedicada ao entendimento e a aplicação da principal ferramenta do empreendedor: o plano de negócios. O ultimo capitulo é destinado a uma reflexão profunda por parte do empreendedor, com alguns conselhos importantes para serem lidos e relidos no dia a dia do negócio já constituído.  A ideia é que o leitor extraia dos estudos de casos a essência de ser empreendedor, as características pessoais do empreendedor de sucesso, os fatores ambientais e circunstanciais, além de outros aspectos. O tema é relevante atual e importante para o país. Independente de o leitor ser um estudante ou um empreendedor, este livro servirá para a quebra de alguns paradigmas administrativos do empresariado brasileiro.

Capítulo 2

O Processo Empreendedor

No Século XX, foi criada a maioria das invenções que revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Essas invenções são frutos de inovação, de algo inédito ou de uma nova visão de como utilizar coisas já existentes.  Os empreendedores estão revolucionando o mundo, com a intenção de que seu comportamento e o seu processo empreendedor devem ser estudados e compreendidos. O contexto atual é propício para o surgimento de um número cada vez maior de empreendedores.

 No que se refere á educação empreendedora, os exemplos de sucesso têm sido muito mais frequentes, já que o empreendedorismo tem se disseminado rapidamente como disciplina, forma de agir, opção profissional e como instrumento de desenvolvimento econômico e social. Isso aponta para a única conclusão: o empreendedorismo é o combustível para o crescimento econômico, criando emprego e prosperidade.

 A capacitação dos candidatos a empreendedor está sendo prioridade em muitos países, inclusive no Brasil. Há 20 anos, o fato de um jovem recém-formado querer abrir seu próprio negocia era loucura, pois os empregos que eram oferecidos pelas empresas eram muito convidativo, com bons salários, status e com possibilidade de crescimento dentro da organização. Pode-se dizer que o Brasil entra neste novo milênio com todo potencial para desenvolver um dos maiores programas de ensino de empreendedorismo do mundo, onde mais de 2.000 escolas ensinam empreendedorismo.

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