O Fichamento Aeroporto
Por: Anderson Atsitab • 15/6/2016 • Artigo • 1.534 Palavras (7 Páginas) • 367 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS
Fichamento de Estudo de Caso
Nome do aluno (a) Anderson Batista de Almeida
Trabalho da disciplina Gerenciamento de Prazos
Tutor: Prof. Sueli Moreira Marquet Silva
Local Rio de Janeiro
Ano 2015 / 04
Estudo de Caso: BAE Automated System - Sistema de Manejo de bagagem do Aeroporto Internacional de Denver.
Dificuldades
Como minimiza-las?
O Aeroporto Internacional de Denver (DIA), teve a sua construção iniciada em 1989. Localizado no centro de Denver, estado do Colorado, EUA, foi o primeiro grande aeroporto a ser construído no pais americano desde de o ano 1974, quando foi construído o de Dallas-Fort Worth. Já em 1992 com dois anos de construção, o projeto teve uma recomendação feita por seus gerentes que seria a inclusão de um amplo sistema integrado de manejo de bagagem, advento que iria melhorar em muito a eficiência de entrega de bagagens. Originalmente foi contratado pela United Airlines para controlar as suas operações, o sistema seria ampliando para todo o aeroporto e tinha a expectativa que o sistema integrado melhorasse o tempo de solo e reduzindo o tempo de preparação para as operações, além de diminuir o manejo das bagagens de forma manual, ação que consume muito tempo.
Para ser implementado corretamente todo projeto demanda tempo e estudo e só assim se saberá real viabilidade deste. Neste projeto existia vários riscos, como o seu tamanho e a sua complexidade cercado ainda por grau de incertezas nas definições técnicas, além de um cronograma bem apertado.
A data de entrega do projeto estava programada para outubro de 1993 e não foi alcançada, por causa de problemas na construção do aeroporto, além disso ocorreram outros três atrasos nos sete meses subsequentes por dificuldades na implantação do sistema de bagagens. No mês de maio do ano seguinte o prefeito de Denver Wellington Webb, pressionado pela comunidade empresarial e pelas companhias aéreas, contratou uma a empresa de origem alemã Logplan, a fim de analisar o sistema de bagagens, após a avaliação a empresa entregou um relatório de 11 páginas que indicavam que o projeto era muito bom e que teria grandes chances de atender as expectativas quanto a melhorias no serviço e desempenho, porém nem todas as informações eram positivas, foi identificado problemas mecânicos e elétricos que poderiam afetar o projeto e para solucionar o problema a Logplan pediu cerca de cinco meses e assim o sistema iria operar completamente e de forma estável.
Em agosto de 1994 o prefeito Wellington Webb, de posse das informações do relatório, aprovou a construção de um sistema backup e fez várias cobranças a BAE como por exemplo a multa diária de $12.000 pela não entrega do sistema em sua data conforme cronograma original 29 de outubro de 1993, além de pagar $50 milhões por um sistema de bagagens manual com carrinhos e rebocadores. Naquela altura a BAE, já analisava um possível cancelamento do projeto para dirimir o prejuízo ou até negociar com a cidade opções para a conclusão das atividades, mesmo com os problemas na comunicação e crescente falta de credibilidade. Com isso vários questionamentos foram feitos: Os problemas poderiam ser superados com dedicação e aporte financeiro adicional? O projeto poderia ser alterado? A cia não teria problemas na justiça causados pela mudança junto aos seus stakeholders?
A cidade de Denver possuía o Aeroporto Stapleton que já havia extrapolado em muito a sua capacidade na década de 1970 e a falta de um novo aeroporto na cidade começa a impactar no crescimento da região que era muito atraente economicamente, pelo crescimento dos setores de petróleo, turismo e imobiliário. Por este motivo a cidade em 1979 encomendou um estudo sobre a ampliação ou criação de um novo aeroporto, estudo este que ficou pronto no ano de 1983. Este advento pautou em muito as eleições para prefeito daquele ano, e os principais candidatos se comprometeram a dar prosseguimento neste projeto, o eleito foi Frederico Penã, que manteve o compromisso assumido em outrora. Com isso a cidade de Denver e o condado vizinho de Adams começaram a desenvolver um projeto de longo prazo para um novo aeroporto no ano de 1984 e no ano seguinte um novo local foi definido ao nordeste da cidade e a permissão para que Denver anexasse a propriedade a cidade viria de um referendo, o mesmo foi aprovado e no ano de 1988 um acordo de anexação foi validado e ratificado em 1989.
Em meados dos anos 1980 a economia norte américa não andava muito bem e com isso houve uma queda nos empregos. A economia cambaleante fez com que muitos governos inclusive o de Denver investissem em obras públicas para tentar recuperar a região das perdas econômicas. Investimentos em infraestrutura, melhorias em ruas e estradas e a criação de uma nova biblioteca, etc. Peña teve papel significativo para a tentativa da minimização da queda econômica.
Foi aberto um processo licitatório e o consórcio formado pela Greiner, Inc. e a Morrison-Knudsen Engineers assumiu a construção do aeroporto dito "o mais eficiente do mundo". A equipe de consultoria priorizou quatro elementos: O local onde seria construído, o plano máster, avaliação ambiental e o desenvolvimento de apoio ao projeto, com um aporte de executivos foi assinado um acordo de $60 milhões em setembro de 1989 para a construção do aeroporto. Na mesma época assumiu um novo prefeito na cidade de Denver Wellington Webb e a sua missão era a de construir o aeroporto. Webb se posicionou favorável e seguiu a administração passada no quesito de que os maiores beneficiários do projeto seriam os empresários locais. Seguindo este pensamento, Webb desejava envolver o máximo de empresas e usar os talentos de Denver a fim de movimentar dinheiro dentro da cidade.
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