O QUE NOS MOVE? UMA REFLEXÃO ACERCA DOS ASPECTOS MOTIVACIONAIS NAS ORGANIZAÇÕES E NA VIDA
Por: adriano.porto • 24/11/2018 • Artigo • 6.794 Palavras (28 Páginas) • 258 Visualizações
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- INTRODUÇÃO
A motivação humana tem sido uma das principais preocupações e desafios da gestão organizacional moderna. Várias teorias tentam explicar o sentido desta força misteriosa que leva as pessoas a agirem de forma a alcançar seus sonhos e objetivos.
A satisfação profissional é um assunto que propicia a reflexão sobre o porquê e onde desejamos trabalhar. O que nos move a ponto de almejarmos o sucesso profissional?
Várias investigações têm sido realizadas e diversas teorias tem tentado explicar sobre motivação e a sua força que leva as pessoas a agirem em prol dos seus objetivos.
Motivação (do latim moveres, mover) refere-se em Psicologia, em Etiologia e em outras ciências humanas à condição do organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do comportamento, em outras palavras é o impulso interno que leva a ação. (Wikipédia).
“É o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta” (Robbins, 2002). É o próprio indivíduo que se motiva, uma pessoa desmotivada é alguém sem objetivos próprios, sem expectativas, sem sonhos, sem metas que será dirigida por influência alheia.
O indivíduo desmotivado contamina os outros com sua atitude negativista, pois para ele tudo está ruim, não consegue enxergar o lado positivo da vida e do trabalho.
Na maioria das vezes o trabalho é feito automaticamente, esquecendo-se do prazer de exercer uma função dentro da empresa, isto falando de maneira geral desde cargos altos até os operacionais. Ao realizar tarefas de modo mecânico esquecemos que ser feliz também é importante.
Além de gerar efeitos graves para uma empresa, como a falta de comprometimento, atraso na entrega de tarefas e baixa produtividade, a desmotivação é um fator que gera um alto índice de absenteísmo, o que acaba impactando nos resultados das empresas, pois sem o colaborador presente ela deixa de produzir.
Uma alternativa para a empresa deve ser criar condições necessárias à motivação, ou seja, criar um ambiente em que as pessoas se sintam determinadas e motivadas a empreender, fazer o melhor para crescimento da empresa e também o seu crescimento.
Por meio da motivação pessoal o indivíduo pode utilizar todo o seu potencial de forma mais eficiente, tornando-se um profissional de destaque e que realiza seu trabalho com zelo, excelência e assim consegue realizar seus ideais e seus sonhos.
A motivação apresenta os desafios enfrentados por uma gestão moderna a fim de alcançar objetivos que possam satisfazer essas necessidades. A partir do momento em que a preocupação com o bem-estar das pessoas ganha espaço nas organizações, é possível conseguir melhores resultados e melhor qualidade de vida para o desenvolvimento das atividades profissionais.
Na empresa o colaborador precisa ter como objetivo a excelência e a qualidade nos serviços prestados, pois é assim que a economia capitalista exige. A maneira que o serviço é prestado está diretamente relacionada ao grau de satisfação e motivação dentro da organização.
Como afirma Bergamini (1997) pode-se considerar a Revolução Industrial como um dos precursores do que se conhece como motivação nas organizações. Considerando que as organizações existiam muito antes da Revolução Industrial, percebe-se que a preocupação com o fator humano nas organizações é algo recente que precisa ser enraizado nas culturas empresariais.
Ainda, conforme o autor, antes da Revolução Industrial, a principal forma de motivação consistia em punições tanto psicológicas como de restrições financeiras gerando um ambiente generalizado de medo. Após a Revolução Industrial houve investimentos pesados para aumentar a eficiência dos processos produtivos e isso resultou numa preocupação com a melhoria dos procedimentos e na forma de trabalhar.
Um colaborador pode possuir todas as qualidades necessárias ao desempenho do cargo, ter as ferramentas necessárias, o conhecimento, ser bem treinado e ter um bom ambiente de trabalho. Contudo, isto não garantirá, necessariamente, que ele realizará de forma motivada sua tarefa.
Sem motivação não há sentido de viver, nem sentido de trabalhar, é impossível vencer, uma pessoa sem motivos, sem ter a esperança que o move, pois sem domínio pleno da razão para fazer as opções certas dificilmente alcançará o sucesso pessoal ou profissional.
De acordo com Glasser (1994) o fracasso da maioria de nossas empresas não está na falta de conhecimento técnico. E sim na maneira de lidar com as pessoas. Foge a nossa compreensão o hábito dos administradores de achar que os trabalhadores não produzem com qualidade apenas por falta de conhecimento técnico. Quando, em verdade, tal fato possui relação com o modo como eles são tratados pela direção das organizações.
Muitas vezes as empresas contratam os profissionais pela sua capacidade técnica, porém depois de algum tempo acabam demitindo esses profissionais por não saberem lidar com as pessoas.
Atualmente os gestores, os líderes e os próprios colaboradores que não souberem lidar com as pessoas tendo empatia, servindo e trabalhando em equipe não conseguirão manter-se na empresa, tampouco, no mercado de trabalho.
Assim torna-se indispensável discutir e abordar a temática: motivação, questionando aquilo que nos move e refletindo acerca dos aspectos motivacionais nas organizações, fornecendo embasamento teórico para que as organizações possam aplicar de forma eficiente a motivação e, dessa forma, valorizar as pessoas como o maior patrimônio da empresa.
Caro leitor, espero que possamos juntos refletir, nos aprofundar e reavaliar conceitos, rompendo paradigmas sobre o assunto motivação e repensar a valorização da mão-de-obra humana.
Certamente para os gestores da área de Recursos Humanos, um dos grandes anseios é ver trabalhadores motivados em organizações que tenham a visão de investir no bem-estar de seus colaboradores, possibilitando o desenvolvimento profissional, pessoal e a realização de sonhos.
- REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Motivação
Antes da Revolução Industrial a estratégia motivacional se baseava no uso de ameaças e punições, além de lançar mão das recompensas como promessa ao maior desempenho; o aspecto fundamental era a punição e a motivação consistia no uso do medo e dos incentivos financeiros. Com a Revolução Industrial investiu-se muito na eficiência dos procedimentos industriais acreditando obter retornos compensadores, procurou-se despertar o estímulo interno através de novos planos salariais e de benefícios, assim as ameaças e punições foram substituídas pelo dinheiro. Nesta fase acreditava-se que a remuneração estava acima de qualquer outra forma de incentivo, parecia perfeitamente claro que, pagando bem todos os problemas do indivíduo estariam envolvidos.
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