O Referencial Teórico Para trabalho de T.I
Por: Gomess21 • 20/10/2023 • Trabalho acadêmico • 1.553 Palavras (7 Páginas) • 63 Visualizações
REFERENCIAL TEÓRICO
MARKETING E SUAS ESTRATÉGIAS
Nos dias de hoje, o marketing e a publicidade baseiam-se no conhecimento dos desejos mais intrínsecos do indivíduo e utilizam-nos para promover marcas em todas as fases da vida, desde a infância até à velhice. Pesquisas apontam que as empresas de marketing consideram o indivíduo até mesmo no útero quando ouvem e, assim, fazem associações com memórias do início da vida, memórias essas que podem durar a vida toda. Assim, nascemos sob a influência do marketing e podemos nos tornar mais suscetíveis a termos nossas preferências moldadas por este mercado desde cedo.
O autor Martin Lindstrom, é um escritor dinamarquês com diversos livros best sellers no mundo todo. Em sua obra “Brandwashed: o lado oculto do marketing”, publicado em 2018, o autor busca expor ao leitor os truques psicológicos que organizações e especialistas em marketing e publicidade utilizam para explorar os medos, sonhos e desejos mais profundos dos consumidores para fazê-los comprar determinada marca ou produto em detrimento de outros.
Segundo o autor, começamos a desenvolver preferências em marcas e produtos por volta dos sete anos, embora a partir dos três anos as crianças já se sintam pressionadas a usar determinadas marcas e acreditem que usar, possuir e consumir determinadas marcas as ajudará a ter sucesso na vida.
Tipos de estímulos
Para agradar os clientes, lojas e shoppings usam talco nas lojas e aromas de cereja nos refeitórios, e música suave é tocada nas épocas de maior incidência de gravidez, o que diminui a resiliência delas para serem influenciadas pelas marcas. Os bebês permanecem calmos mesmo quando estão agitados ou chorando nestes ambientes. Em um estudo citado no livro, 60% das mulheres relataram que não existia tal paz em nenhum outro lugar.
Estímulos e preferências iniciais
Quanto mais cedo se começa a usar a marca, maior será a probabilidade de usá-la ao longo da vida. Cerca de 75% das compras espontâneas estão relacionadas aos desejos dos filhos, onde a mãe compra algo para deixar o filho feliz. Além disso, os fabricantes de marcas fazem o possível para garantir que os pais transmitam suas preferências de marca aos filhos, pois tendem a observá-los fazendo compras e são mais uma vez influenciados pelas preferências externas, neste caso, dos próprios pais.
O uso do medo como aliado
Durante catástrofes epidemiológicas, os profissionais de marketing trabalham arduamente para convencer os clientes de que os seus produtos são os únicos que podem prevenir a contração do vírus. Eles desenvolvem múltiplos esquemas, muitas vezes inúteis, usando a negociação como fator principal, procurando lucrar com os desastres causados por furacões, incêndios, nevascas e outros fenómenos naturais severos. O medo tem propriedades contagiosas e o cérebro foi projetado para temer ameaças potenciais. A julgar pelo aspecto biológico, uma pessoa medrosa apresenta uma gota de sangue no cérebro devido ao medo, o que a impede de pensar com clareza e agir de forma mais impulsiva e então é aí que a influência do marketing entra, fazendo as pessoas comprarem por impulso.
A opinião dos outros importa
Assim como os animais imitam o comportamento de outros membros da sua espécie para aprender o que fazer, os humanos tendem a seguir inconscientemente uma minoria de indivíduos conscientes para influenciar o comportamento de milhares de pessoas, pois somos uma espécie social e tendemos ao comportamento de rebanho. Portanto, uma pessoa quer o que outra quer, e quanto mais visivelmente ela busca, maior será o desejo. O medo de não conseguir algo que os outros têm faz com que milhões de consumidores façam fila durante horas para comprar algo ou se tornem consumidores compulsivos online.
O que compramos é muitas vezes impulsionado por pressões externas, sendo os adolescentes o público mais sensível à influência dos outros porque não sabem quem são e a apresentação de determinadas marcas serve como concretização da sua identidade nessa faixa etária.
Além disso, o uso de marcas é muitas vezes relacionado a autoestima, uma vez que muitas pessoas que compram certas marcas alegam sentirem-se bem, confiantes, expressivas, criativas e positivas. Crianças e jovens, por exemplo, costumam relatar que se sentem populares ao usar determinadas marcas porque não acreditam em si mesmos, pois confiam nesses símbolos para melhorar sua autoestima e qualidade de vida.
TEORIA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR:
Após muitos anos de pesquisa sobre comportamentos de compra, surge em 1968 o livro chamado “Comportamento do Consumidor”, escrito por Blackwell, Miniard e Engel que visa trazer aos nossos olhos como funcionam os mistérios do ato de consumir, as atitudes, os motivos e as necessidades que levam o ser humano a adquirir e dispor de determinados produtos. Um dos principais pontos do livro é a teoria intitulada de “Processo de decisão de compra” que são basicamente sete etapas percebidas pelos autores, que estão presentes na maior parte das compras e se dão durante a decisão de adquirir algo, são eles: reconhecimento de necessidade; busca de informações; avaliação de alternativas; pré-compra; compra; consumo; avaliação pós-consumo e descarte. A partir desta análise, podemos nos aprofundar em quatro dessas etapas que são indispensáveis em qualquer processo de compra:
-Reconhecimento de necessidade: o reconhecimento da necessidade ou reconhecimento do problema se dá quando um produto ou objeto não é mais útil e tem-se a necessidade de mudança, como por exemplo um motorista de aplicativo numa circunstância em que seu carro para de funcionar, neste momento, ele reconhece a necessidade de comprar um novo carro
-Busca de informações: a partir do reconhecimento da necessidade, o indivíduo passa a buscar informações para resolver seu impasse, realizando pesquisas. Dentro da pesquisa há dois campos, o de pesquisa interna e externa. O campo da pesquisa interna diz respeito a sua memória e experiências anteriores com produtos e marcas. Já a pesquisa externa é toda aquela que tem como fonte da informação um veículo externo ao indivíduo.
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