O Resumo Brzezinski
Por: tailane.l • 25/3/2019 • Resenha • 327 Palavras (2 Páginas) • 127 Visualizações
Para Brzezinski a Rússia é fraca demais para ser um ator global, entretanto, forte o suficiente para poder ser ignorada ou até mesmo considerada como um objeto passivo. Para Brzezinski, a Rússia deveria esquecer a sua ambição imperial e optar por ser um país europeu democrático e federativo com um consequente alinhamento em favor dos EUA. Segundo Brzezinski essa ocidentalização da Rússia a Eurásia ficaria menos instável.
A terceira região geopolítica que Brzezinski identifica na Eurásia é chamada de “Bálcãs eurasianos”, essa seria uma zona de instabilidade e constantes lutas por poder, na qual os EUA desempenhariam o papel de árbitro em última instância. É uma região rica em fontes de energia e minerais, mas também há violentos conflitos étnicos e religiosos e muitos movimentos separatistas. Os principais competidores nessa região seriam a Rússia, Turquia, China, Índia, Irã, Paquistão e Ucrânia. E os principais candidatos as potências regionais da Ásia Central seriam o Cazaquistão e o Uzbequistão, contudo o Cazaquistão seria o primeiro candidato devido a sua maior homogeneidade étnico-nacional.
Brzezinski vê o leste da região eurasiana como decisiva, lugar onde grandes mudanças geopolíticas possam vir a acontecer e algumas mudanças já estão ocorrendo: a ascensão da China como potência regional dominante; o declínio da Rússia; a crescente militarização do Japão que passa aos poucos a ter maior autonomia político-militar em relação aos Estados Unidos e a virtual reunificação das Coreias. Brzezinski não acredita que a China vai alcançar o status de potência mundial, para ele a China vai se contentar com o status de potência regional e poderá inclusive colaborar com os Estados Unidos.
Tanto Kissinger quanto Brzezinski identificam-se com o chamado realismo e ambos, especialmente Brzezinski, são como continuadores da geopolítica clássica. Ambos raciocinam em termos geoestratégicos e estão preocupados antes de tudo com a manutenção da hegemonia global dos EUA. Faltou a ambos criatividade e ousadia ou até mesmo vontade, devido ao fato de almejarem cargos governamentais, para ir além do raciocínio geoestratégico.
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