Orquestra e Empresa
Por: aroldogessner • 26/9/2016 • Trabalho acadêmico • 969 Palavras (4 Páginas) • 1.778 Visualizações
TG
Leiam o texto a seguir, de Fabio Altman, jornalista brasileiro, retirado da revista Época Negócios. Com base em reflexões sobre o texto apresentado e com base em reflexões sobre o que foi discutido na Unidade I e na Unidade II, discutam em grupo a metáfora que relaciona a arquitetura da música erudita, mais exatamente de uma orquestra, com a arquitetura e compromissos empresariais.
ALTMAN, Fabio, Sua empresa é uma orquestra? Época Negócios, São Paulo, jul. 2007.
As companhias modernas, ancoradas na inovação aberta, cada vez mais atentas ao consumidor global, dependem do conhecimento e da rica informação de especialistas (os músicos, virtuoses), da divisão de trabalho (as seções de uma orquestra) e da capacidade de colaboração em grupo (a própria orquestra). “Não conheço empresa perfeita, assim como não existem orquestras perfeitas”, diz Carlos Osmar Barreto, professor da Fundação Getúlio Vargas e amante da música clássica, estudioso das ideias de Drucker. “Mas possivelmente não há, ainda, metáfora mais adequada que comparar o maestro a um presidente de empresa e os departamentos de uma companhia às seções de uma sinfônica.” É hora, portanto, de revisitar o caminho de Drucker. Para trilhá-lo, nada como um passeio pelos bastidores da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Osesp, comandada pelo regente John Neschling, que o jornal francês Le Monde definiu, no início do ano, como “um milagre musical proveniente de São Paulo”.
Resposta:
A comparação entre uma orquestra, seus aspectos e participantes, e o ambiente empresarial, com suas estruturas e objetivos, é matéria de profunda avaliação pelos administradores e aspirantes a tal. Pode ser que não se encontre paralelo em todos os pontos nem respostas a todas as perguntas, mas a essência deve ser absorvida para proporcionar bons acordes no concerto do palco mercadológico.
MAESTRO versus DIRETOR
Na liderança de dezenas ou até centenas de músicos está o maestro, para extrair dos músicos, acordes que encantem a plateia. Pelo seu conhecimento musical, no amplo sentido, está atento ao resultado emitido pelo conjunto de músicos. Em um primeiro momento, a principal preocupação é com o produto final. Ao detectar dissonância, imediatamente toma providências para que o erro seja corrigido. Cabe ao maestro, motivar cada músico a dar o melhor de si para alcançar o resultado desejado.
O diretor ou presidente de uma organização empresarial ocupa o lugar do maestro, sendo a empresa a orquestra. Sua liderança é provada quando precisa motivar seus colaboradores a produzir dentro do esperado e, conforme sua performance, os acordes musicais são os resultados financeiros visualizados nos relatórios. Sua habilidade administrativa pode detectar uma falha a tempo de ser corrigida, sem prejuízo na apresentação final.
SPALLA versus VICE PRESIDENTE
Nem mesmo um virtuose é capaz de liderar uma orquestra sem o auxílio do spalla, seu braço direito no comando da orquestra. É o spalla que lidera os músicos, exige a afinação dos instrumentos e providencia o necessário para a execução musical.
O presidente de uma companhia depende de assessores que recebam suas orientações e transmitam o direcionamento aos colaboradores dos demais setores. Como ‘spalla’, pode fazer com que situações negativas sejam resolvidas antes de chegar ao ‘maestro’.
NAIPES versus SETORES
A orquestra está dividida em naipes, que pode ser o grupo de um determinado instrumento ou grupo de instrumentos similares. Há um líder dentro de cada naipe. O líder dos violinos, dos violoncelos, dos trompetes etc. Quando a música requer um solo, ele é o solista. Quando seus colegas desafinam, pode ter sua liderança questionada.
Cada setor na empresa também tem seu líder. Cabe a ele, instruir sua equipe na execução do projeto estabelecido. Se espera que, como líder, saiba executar o ‘solo’ para que os demais colaboradores saibam como executar as tarefas.
MÚSICO
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