Os Governos Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, no que se refere às estratégias de desenvolvimento adotadas
Por: peta12 • 12/8/2015 • Resenha • 935 Palavras (4 Páginas) • 408 Visualizações
Elabore um texto contendo um paralelo entre os governos Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, no que se refere às estratégias de desenvolvimento adotadas.
A conjuntura sócio-histórica que marcou os governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek apresentam divergências e convergências bastante interessantes, principalmente por se tratar de um longo período onde o Brasil ingressava em uma forte onda de desenvolvimento, ou melhor, a constituição das relações capitalistas no Brasil. Deve-se salientar que a partir da década de 1930 o país sofria modificações em sua estrutura econômica e política e este cenário por sua vez permitiu que o Brasil vivenciasse o processo de modernização, ressalta-se que este quadro de modernização tornou-se extremamente necessário se analisado o país em escala mundial, onde o capitalismo já se encontrava consolidado. Destarte, a década de 1930 ficou conhecida historicamente como a Revolução de 30, entendida entre outras palavras, como o pontapé inicial para que houvesse o incremento do setor industrial – fator responsável pelo desenvolvimento do capitalismo na sua gênese. Assim, o governo de Vargas entre 1930 a 1937 teve como objetivo desenvolver ações e estratégias que organizasse a sociedade brasileira e direcionasse para o processo de modernização. Vargas ergueu um Estado social autoritário, pois na medida em que estabelecia medidas para organizar a relação capital trabalho também impulsionava a industrialização. Era um Estado com medidas de cunho regulatório e assistencialista, na tentativa de desenvolver o país por ele mesmo, aliás este é o fator chave. Suas propostas orientadas pela teoria do desenvolvimentismo entendiam que através da via industrial para dentro, ou seja, o desenvolvimento das indústrias unicamente no Brasil era suficiente para fazer o país crescer e alcançar os grandes centros capitalistas. No período de 1937 até 1945 Vargas implementou o Estado Novo que representava um projeto autoritário para sustentar o período de modernização vivido no Brasil, logo investia-se nas ações voltadas aos direitos sociais como meio de facilitar a industrialização do país. Esse mesmo controle estatal provocou a queda do governo de Vargas, porque o Estado tornou-se repressivo de modo velado, uma vez que as legislações trabalhistas eram empregadas com intuito de promover o desenvolvimento do setor industrial. No que tange ao governo de Juscelino Kubitschek (JK) é possível verificar que o contexto socioeconômico do país é o mesmo, as tentativas de proporcionar o desenvolvimento do Brasil giram em torno do processo de modernização através da industrialização, destaca-se aqui, o ponto de maior convergência entre os governos que mesmo separados por um lastro temporal, a conjuntura continua a demandar formas de crescer o Brasil, em poucas palavras, ambos os governos priorizaram a aceleração da industrialização. Todavia, os meios adotados para adquirir esse resultado foram distintos, pois JK viabilizou uma maior abertura para o investimento do capital estrangeiro, isto significou, que a via nacional desenvolvimentista estava comprometida, pois se encontrava articulada ao mercado externo. Cabe acrescentar que suas medidas tinham certa pressa em ser cumpridas, onde conferiu ao seu governo a característica de pretender desenvolver o país 50 anos em 5. Outro ponto entre seu governo e de Vargas, foi à intervenção estatal, diferentemente de Vargas, JK elaborou o plano de metas que compõe algumas políticas sociais que agora abrangem todos os trabalhadores quer seja da cidade quer seja do campo. Porém, essas ações sociais foram falhas, limitadas, pois o primeiro objetivo era a meta econômica, que terminou por se mostrar esgotada frente às condições objetivas que o Brasil apresentava. Portanto, é possível observar o paralelo, seja aspectos em comum ou não entre Vargas e JK, pois o pano de fundo das relações sociais demandava a fomentação do processo de industrialização como fundamental estratégia para colocar o Brasil na esteira da economia capitalista.
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