PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE
Por: RogerioCoutinho • 9/5/2017 • Projeto de pesquisa • 3.822 Palavras (16 Páginas) • 1.049 Visualizações
PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE
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ATIVIDADE
Um "pequeno livro", como o chama Hessel, “Indignai-vos” serve de manifesto para indignados de Madri ao Magrebe. Segundo o autor, sobre a publicação: “Fiquei surpreso porque escrevi o livro pensando na França e nos seus problemas. E da noite para o dia, havia mais de 35 traduções desse pequeno texto de 30 páginas. Movimentos de indignados vieram à tona em diversos países, alguns inspirados pelo meu livro, outros não. Mesmo assim, existe um elo comum entre os movimentos: uma crescente mobilização de cidadania em reação aos problemas de nossa sociedade internacional.”
(Entrevista. Carta Capital. Gianni Carta. Indignado Global. 01 jan. 2012. Disponível em:
<http://www.cartacapital.com.br/internacional/indignado-global/>. Acesso em: 26 jan. 2015.)
Esta entrevista foi realizada com o escritor alemão naturalizado francês Stéphane Hessel sobre sua obra “Indignai-vos”. Parte do texto poderá ser lida no livro didático da disciplina (DIAS, Reinaldo. Sociologia. São Paulo: Pearson Education do Brasil. 2012. ISBN 978-85-64574-35-9) nas páginas 143-144.
Leia o texto e a entrevista de Hessel à Carta Capital. Depois, faça uma análise do tema abordado por ele, associando os eventos destacados com a realidade brasileira atual.
Para realizar esta análise, aplique os seguintes conceitos estudados nas Unidades 3 e 4:
Unidade 3 – Karl Marx e a análise social e econômica do capitalismo
Unidade 4 – Estratificação social e movimentos sociais.
Elabore seu trabalho em editor de texto (exceto PDF) e apresente em documento com o nome: AVALIACAOU34_CRISTIANE PATELLO MENDES GOMES.
Indignado Global
inspirados pelo opúsculo de Stéphane Hessel, milhões de jovens manifestam-se contra o sistema econômico, o conflito israelo-palestino e outros problemas a assolar o mundo. Indignez-vous! (Indigène, 32 págs., 3 euros), um "pequeno livro", como o chama o próprio Hessel, serve de manifesto para indignados de Madri ao Magrebe. Publicada na França em 20 de outubro de 2010, data do 93° aniversário de Hessel, a obra já foi traduzida para mais de 35 línguas, inclusive para o português (Indignai-vos, Leya Brasil, 48 págs., R$ 9,90). Até setembro, o opúsculo que em francês tem 30 páginas tinha vendido mais de 2 milhões de exemplares na França, e mais de 1 milhão mundo afora .
"As circunstâncias foram fortuitas", diz Stéphane Hessel. "Estava com um grupo de amigos resistentes e proclamávamos a necessidade de preservar os valores da resistência francesa. Queríamos fazer repercutir nossas ideias, e Sylvie Crossman, minha editora, interessou-se pelo tema e publicou o livro."
Com sua fala tranquila na entrevista telefônica a CartaCapital, despretensioso e coberto de carisma (eu já havia participado de uma coletiva à imprensa com ele em Paris), Hessel tem credibilidade de sobra para ser uma voz dissonante nesses tempos neoliberais. Nascido em Berlim, em 20 de outubro de 1917, e naturalizado francês em 1937, exilou-se em Londres com o general Charles de Gaulle de 1941 a 1944, em oposição ao regime de Vichy. De volta à França para uma missão, foi deportado para Buchenwald, de onde conseguiu fugir de uma sentença de pena de morte graças à usurpação de sua identidade organizada pela resistência interna do campo de concentração alemão.
Sua sentença não havia sido ajudada, claro, pelo fato de seu pai, Franz HessseI, ser um judeu-alemão, mesmo se convertido ao luteranismo. Tratava-se de um escritor e poeta capaz de traduzir Proust para o alemão. De fato, Franz e sua mulher francesa, Helene Grund, foram fontes de inspiração do romance Jules e Jim (1953), de Henri-Pierre Roché. François Truffaut fez o filme em 1962. Franz é o amante alemão Jules. Henri-Pierre é Jim, o amante francês. Catherine, casada com Jules, é Grund.
Encarnada por Jeanne Moreau, Catherine reencontra Jim em Paris, e logo depois do armistício Jules vai à capital francesa com os dois filhos. Forma-se então o triângulo amoroso anticonforrmista que marcaria os anos 1960.
Hessel formou-se em filosofia em Paris, e casou-se com Vitia Mirkine-Guetzévitch, jovem judia de origem russa. Em 1948, participou da elaboração da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Quando François Mitterrand se tornou presidente, em 1981, Hessel foi elevado ao posto de embaixador da França.
Antes disso, o diplomata Hessel havia servido em Saigon, Argel, Nova York e Genebra. Em junho do ano passado, após o ataque de Israel contra a flotilha de ajuda à Gaza, Hessel pediu boicote aos produtos israelenses. Em seguida, esteve com Ismael Haniyeh, líder do Hamas, legenda política armada que não reconhece o Estado de Israel.
Além de Indignez-vous!, Hessel escreveu Engagez-vous! (com Gilles Vanderpooten, Éditions de l'Aube, 2011, 112 págs., 7 euros) e Le Chemin de l'Ésperance (com Edgar Morin, Fayard, 2011, 64 págs., 6 euros). Um quarto livro, este uma nova biografia intitulada Tous Comptes Faits... ou Presque (Maren SeIl, 200 págs., 18 euros), acaba de ser publicado. "Eu já disse o que tinha de dizer", finaliza Hessel do alto dos seus 94 anos. Mas o militante político tem mais o que dizer abaixo:
CartaCapital: Consta que o senhor ficou surpreso com o sucesso de seus três recentes livros, e em particular com o primeiro, Indignai-vos!
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