PRÁTICAS DE RH E A INFLUENCIA PARA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO.
Por: ribeirotha • 3/9/2015 • Artigo • 4.322 Palavras (18 Páginas) • 353 Visualizações
PRÁTICAS DE RH E A INFLUENCIA PARA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO.
Thamires Ribeiro; thamires.oliveira.ribeiro@gmail.com
Centro Universitário SENAC. São Paulo. Brasil
RESUMO
As discussões referentes à qualidade de vida nas organizações podem ser capazes de apontar dimensões socioeconômicas, organizacionais e as relações entre o colaborador e a empresa. Nesse contexto, as práticas de recursos humanos são uma ferramenta para o alcance de vantagem competitiva e valorização do capital humano. Assim, estas se tornam um ator proativo nas organizações em prol do equilíbrio na relação homem e trabalho. Neste cenário emerge como objeto de estudo, as políticas de recursos humanos e sua influência para a promoção da qualidade de vida do trabalho a fim de compreender esse fenômeno por meio da percepção do trabalhador quanto a esse conglomerado organizacional.
Palavras chave: práticas de recursos humanos; qualidade de vida; saúde.
ABSTRACT
Discussions regarding the quality of life in organizations may be able to point socioeconomic dimensions, organizational and relations between the employee and the company. In this context, human resources practices are a tool for achieving competitive advantage and optimization of human capital. Thus, they become a proactive actor in organizations for the sake of balance in man and working relationship. In this scenario emerges as an object of study, the human resource policies and they influence to promote the quality of work life in order to understand this phenomenon by the employee perception of this organizational conglomerate.
Keywords: Practices human resources; qualite of life; health.
- INTRODUÇÃO
As discussões referentes à qualidade de vida nas organizações podem ser capazes de apontar dimensões socioeconômicas, organizacionais e as relações entre o colaborador e a empresa.
O entendimento sobre Qualidade de Vida perpassa pelo âmbito de bem-estar, com base nas necessidades individuais, no ambiente social e econômico e em relação às expectativas de vida, julgando - se a discussão individual.
A visão biopsicossocial propõe uma visão integrada qual o ser humano tem suas potencialidades biológicas, psicológicas e sociais voltadas concomitantemente às condições de vida. Este conceito tem relação direta com a Qualidade de Vida no Trabalho, pois é preciso que a organização perceba o indivíduo com um todo. No âmbito as discussões sobre qualidade de vida LIMONGI-FRANÇA (2009, p. 258) conceitua alguns domínios específicos deste fim a se trabalhar:
domínio biológico refere-se às características físicas herdadas ou adquiridas ao nascer e durante toda vida. Inclui metabolismo, resistências e vulnerabilidade dos órgãos ou sistemas.
domínio psicológico refere-se aos processos afetivos, emocionais e de raciocínio, conscientes ou inconscientes, que formam a personalidade de cada pessoa e o seu modo de perceber e posicionar-se diante das pessoas e das circunstancias que vivência.
domínio social incorpora os valores, as crenças, o papel na família, no trabalho e em todos os grupos e comunidades a que cada pessoa pertence e de que participa. O meio ambiente e a localização geográfica também formam a dimensão social
As relações entre trabalho e qualidade de vida denotam um progresso na valorização de condições de trabalho. Essa demanda provoca a discussão acerca de diretrizes da tarefa em si, cautela com o relacionamento interpessoal, zelo com o ambiente físico, definição do trabalho e distúrbios na adaptação aos cargos e circunstâncias de vida ligada ao indivíduo.
- QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Qualidade de vida no trabalho é um tema amplo e pode ser definido desde cuidados médicos relacionados à saúde e segurança e até atividades voluntárias.
A empresa que possui programas de promoção da saúde demonstra comprometimento com o empregado. Ações bem-sucedidas de Saúde Ocupacional deixam transparecer o cuidado com o empregado que é o patrimônio mais valioso de uma organização. Ao sentir-se acolhido e cuidado pelo empregador, o funcionário se torna mais engajado e motivado. Além disso, o monitoramento periódico da saúde possibilita à empresa realizar diagnósticos precoces evitando, assim, doenças graves e o possível afastamento de funcionários", explica Carlos Rodrigues de Alencar, coordenador da Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho do Grupo Hermes Pardini. (HERMES, 2013)
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como sendo o estado de completo bem-estar físico, mental e social. O conjunto de comportamentos adquiridos por uma pessoa pode ser sadio ou nocivo à saúde dependendo do estilo de vida que o indivíduo vive. Assim, proporcionar saúde é diferente da prevenção de doenças. Ou seja, o sentido de proporcionar saúde é mais amplo e abrange as estratégias de promoção da saúde, prevenção de doenças, acidentes e riscos e tratamento.
Os programas de gestão da qualidade de vida nas organizações são importantes, pois o indivíduo que se sente satisfeito em relação ao seu trabalho apresenta uma qualidade de saúde superior e o índice de ocorrência de doenças associado, tanto à saúde física como a saúde mental se torna inferior. (LOCKE, 1976; ROCHA, 1996; ZALEWSKA, 1999a, 1999b)
Saúde deixou de ser apenas uma precaução no contexto pessoal e é considerado um tema prioritário e estratégico para diversas organizações. No Brasil, as despesas médicas, hospitalares e laboratoriais aumentam sistematicamente acima da inflação. A indústria brasileira desembolsa aproximadamente R$ 7,5 bilhões por ano para custear os serviços de saúde, previdência e assistência aos funcionários. Os custos desses serviços, de acordo com análise da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), aumentam 0,96% os preços do setor, o que prejudica tanto o consumidor final quanto o produto brasileiro.
Dados do Ministério da Previdência Social mostram que, só no ano de 2009, foram apontados aproximadamente 724 mil casos de acidentes e doenças do trabalho, entre os profissionais assegurados da Previdência Social.
Para o Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional, o stress ocupacional representa uma ameaça para a saúde dos trabalhadores e, por sua vez, para a saúde da organização. Samulsk et al. (1996, p. 64) compreende o stress “como transação que envolve risco, perda ou situação, na qual capacidades a mais devem ser mobilizadas e quanto maior é o esforço, mais duvidoso se torna o acontecimento”.
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