Plágio criativo
Por: Jenniferalmeida • 18/6/2015 • Resenha • 311 Palavras (2 Páginas) • 699 Visualizações
- Plágio- cópia ou assinatura de uma determinada obra, podendo ser uma música, um artigo, um livro ou um trecho de um livro sem identificação do autor...
Logo no início do capítulo o autor mostra sua definição de Escrever. Ele define como uma decisão de descobrir o próprio método para colocar o seu próprio eu em forma de texto, colocar sua personalidade, seus pensamentos, descobertas, pesquisas... como o caso de Clarice Lispector, por exemplo, que descobriu seu método que era tomar nota de tudo aquilo que escrevia para não cair no esquecimento.
Ele define palavras como pontes de comunicação, pontes que impedem a separação entre as coisas e as pessoas. (Exemplo: objetos, nomes de objetos). E as palavras formam a ponte para a comunicação, seja ela por e-mail, carta, verbal... porém, essa comunicação deve ser original.
Temos a problemática, a origem do plágio. Na idade média haviam as leis da imitação, eles buscavam um exemplo, um modelo do passado para seguir, para fazer algo novo com base no antigo. A essência dessa mentalidade é a ideia de “imitatio Christi”, a imitação da santidade crstã. Jacques le Goff menciona que, naquela época, utilizavam fontes cristãs e greco-latinas com a liberdade de propriedade daquilo que achavam que era inspirador, sem falsos escrúpulos. Mais do que copiar, o imitador encontra um valor imitável, presta uma homenagem ao autor.
Décio Valente, em seu livro, identifica cópias conscientes ou não, como por exemplo, a grande semelhança entre o poema “Mãe preta”, de Augusto Linhares (1948) que fala da Dodora ao chegar ao céu e tem um toque de ironia no final e “Irene no céu” de Manuel Bandeira (1920) que fala de Irene, uma mulher boa, chegando ao céu. Poemas cujas essências são as mesmas. Décio chega a citar um pensamento que escreveu em um livro e surgiu 10 anos depois em uma estrofe de um poema.
...