RESENHA: A MORAL DOS NEGÓCIOS
Por: Bia Alvez • 3/5/2018 • Trabalho acadêmico • 572 Palavras (3 Páginas) • 535 Visualizações
UFRRJ – UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
BIANCA RAMOS ALVES
RESENHA: A MORAL DOS NEGÓCIOS
NOVA IGUAÇU
2018
A MORAL DOS NEGÓCIOS
GAULEJAC, Vincent de. Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. Aparecida/SP: Idéias e Letras, 2007. P. 125-141
Vincent de Gaulejac, nasceu em 1946 em Croissy-sur-Seine, é sociólogo, professor de sociologia na UFR de Ciências Sociais da Universidade Paris-Diderot. É autor de vinte livros. Lidera o Laboratório de Mudança Social desde 1981. Membro fundador do Instituto Internacional de Sociologia Clínica. Suas pesquisas etão relacionadas a neurose de classe, as fontes da vergonha, a luta por lugares, o custo da excelência, a sociedade doente da administração e as causas do desconforto no ambiente de trabalho. Publicou o livro Gestão como Doença social em 2016, um livro que retrata a realidade da gestão.
Logo no inicio do capítulo algumas constatações são feitas sobre o afastamento existente entre o sistema predominante na propriedade privada, que tem como foco atingir os objetivos da empresa, cujo nome se dá como capitalismo e a ética própria dos trabalhadores, que se refere aos seus valores e ações. Esse gerenciamento atual faz o uso de argumentações mais notáveis para fundamentar o contraste existente nessa forma de gerenciar, entre o trabalho e os valores dos empregados.
O capítulo faz alusão sobre a lógica da empresa através da legitimação, da busca do lucro mediante a concepção moral. Existem indagações acentuadas a respeito dos interesses pessoais, em que busca a valorização desses interesses através dos princípios morais. Tem-se a moral do bem comum, em que todo indivíduo tem a sua lógica para argumentar sobre suas inclinações próprias, que quando agrupadas, favorecem o bem comum. A moral do risco que põe em questão o reconhecimento do acionista empreendedor e ousado, em que os seus resultados são obtidos através da defrontação com um mercado contingente. E a moral da inovação e do progresso que mostra a empresa como um sistema aberto, em o crescimento é destacado como um impulso para o progresso e o lucro gera vantagens ligadas a sociedade, ou seja, o raciocínio financeiro é tido como beneficio para todos, algo legítimo.
Existe uma constatação de que a ética dos resultados é investigada dentro do mercado empresarial. Tendo como explicação o frequente hábito de se acreditar que as ferramentas utilizadas para mensurar a cotação financeira da empresa não é honesta, e pode estar sendo mascarado pelos indivíduos responsáveis. Mesmo com todo o discurso de clareza, as empresas têm inúmeras formas para encobrir seus rendimentos. Os negócios assumem uma linguagem que distorce a realidade, e a eficácia dessa linguagem se dá através do fundamento dos instrumentos de controle orçamentário: postulado da racionalidade e o da neutralidade.
O autor faz uma comparação entre business e moral, em que a conciliação desses pontos não é algo produtivo, pois não se é possível fazer uma diminuição da tensão entre sua função na empresa e sua ética pessoal. Ele compara business também com a guerra, a utilização de mecanismos e um cenário de disputa entre as empresas e seus concorrentes, para garantir a sua sobrevivência.
Ao percebermos o mundo do negócio, observamos um cenário de gerenciamento atual das empresas, que faz com que os trabalhadores se adaptem aos seus interesses econômicos, para que alcancem algum tipo de reconhecimento. Perdendo a sua ética pessoal e assumindo uma postura moldável, sendo julgado como instrumento. Portanto, nota-se um mundo de negócios que procuram subsistir, em que se desenvolvem segundo a busca de resultados, substituindo a moralidade..
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