Recursos Humanos
Por: Camilla Gabrielle • 21/9/2019 • Resenha • 1.762 Palavras (8 Páginas) • 117 Visualizações
O ser humano pode ser visto de diferentes formas e ter diferentes definições segundo à área da qual se analisa. Nas ciências biológicas e humanas pode ser definido como uma espécie viva evolutiva que se difere das demais por possuir inteligência e razão. Na filosofia é caracterizado como um ser vivo racional, capaz de ser uma unidade e uma totalidade ao mesmo tempo, enquanto matéria que também consegue, através da racionalidade, distinguir coisas e elaborar conceitos. Já na sociologia pode ser entendido como um indivíduo que é capaz de viver em sociabilidade com os demais. É um ser social que consegue conviver em sociedade e influenciar ou ser influenciado por determinado comportamento social.
No que se refere ao conceito de ser humano dentro das organizações, temos uma mudança ao longo do tempo. Analisando tomando como referências as teorias da administração, temos que enquanto Taylor preocupava-se com a empresa cujo olhar era do chão de fábrica para cima (Administração Científica), Fayol olhava a empresa com o sentido contrário, isto é, de cima para baixo (Administração Clássica). Até então, não se falava em pessoas com valor para as empresas. Ao contrário disso, percebe-se que as máquinas são importantes, mas as pessoas não. Henry Ford foi o estudioso que primeiro demonstrou interesse pelas pessoas no ambiente de trabalho. Em suma,
“Há algum tempo atrás as pessoas eram vistas apenas como recursos de produção, máquinas, seres que não pensavam e só produziam, sem valorização profissional. As organizações não se preocupavam com o bem-estar das pessoas, com os benefícios. Isto poderia ser visivelmente percebido na era industrial. Na era da informação, as pessoas passaram a representar o capital humano, vistas como seres produtivos.” (CARLOS, 2017)
Segundo Carlos (2017) o capital humano é “um conjunto de habilidades, atitudes, competências, conhecimentos e imaginação dos colaboradores das organizações.” Dado este entendimento, é papel da organização gerenciar esse capital humano da melhor forma para que assim ele possa agregar na organização. Essa função de atrair, reter, desenvolver e motivar os colaboradores dentro da organização fica a cargo do departamento de Gestão de Pessoas.
Logo, resumindo todos os conceitos que temos de ser humano e indivíduo e focando nossa analise nas organizações temos que “o ser humano é um ser social, que vive constantemente em contato com outros seres sendo que cada um tem suas restrições e limitações.” (CARLOS, 2017) De forma que, para alcançar um certo objetivo, são formadas organizações e, em conjunto, através da cooperação desses seres humanos, temos no final o alcance, ou não, de determinado objetivo. Ou seja, em uma empresa todos os colaboradores estão trabalhando em conjunto, cada um exercendo sua função em sua área baseado em suas limitações, a fim de no final alcançar o objetivo da empresa.
Além dessa compreensão é importante sabermos que as pessoas “são constituídas por valores, crenças, desejos, motivações e necessidades individuais” (CARLOS, 2017). De acordo com Carlos (2017), cada pessoa tem sua história e sua percepção, ou seja, sua forma de ver, perceber e agir diante as situações. Além disso, é importante também percebermos que as pessoas recebem influencias externas que podem vir por forma de emoções, conhecimentos, habilidades e até mesmo familiares ou da própria cultura que esta possui.
Retomando o enfoque para o indivíduo na organização e, como explanado anteriormente, compreendendo o seu valor dentro da organização como capital humano que pode agregar mais ou menos valores para a organização, dependendo da forma em que for gerenciada pela mesma, devemos entender que todo ser humano possui características. Essas características são: talento, conhecimento e competências que são fundamentais para gerar o crescimento organizacional. Entretanto,
“Todas as características humanas não valem nada se as organizações não valorizá-las e não alavancá-las, ou seja, não permitirem que as pessoas mostrem as suas características e, consequentemente, saibam aproveitá-las.” (CARLOS, 2017)
Neste contexto, o departamento de Gestão de Pessoas (que agora não possuem mais a visão do indivíduo como um simples custo organizacional mas, como uma parte fundamental do processo que precisa ser treinada e desenvolvida), possui o desafio de ser esse elo de interação entre os objetivos organizacionais sem ignorar os objetivos pessoais de cada colaborador. Desta forma,
“A Gestão de Recursos Humanos ganhou um papel estratégico e importante nas organizações, onde de um lado defende os interesses da organização, com estratégias voltadas para o negócio e do outro defende os interesses dos empregados, compreendendo assim os interesses individuais, organizacionais e coletivos, objetivando a interação entre as pessoas e a organização onde atuam de forma harmoniosa e estável.” (CARLOS, 2017)
Dado este cenário, é preciso entender quais são as principais necessidades de ambas as partes (organização x pessoas). Por definição, necessidade é um estado interno de insatisfação causado pela falta de algum bem necessário ao bem-estar[1]. Entende-se que nem sempre as necessidades da empresa e do colaborador serão comuns, porém, ambas podem ser satisfeitas dado um bom gerenciamento.
No que diz respeito à empresa, entende-se que suas necessidades estão relacionadas a sobrevivência no mercado competitivo, lucro, reconhecimento no mercado, crescimento, etc. Podem parecer interesses e necessidades muito distantes do que seriam as necessidades de um indivíduo porém, se partirmos do principio que, a empresa é composta de pessoas e que essas a partir do momento em que se alinham e se comprometem a trabalhar para alcançar o objetivo da empresa, elas também podem alinhar suas próprias necessidades no processo.
Uma das teorias mais conhecidas neste assunto é a Teoria de Maslow, apresentada em 1943. Conhecida também como Teoria da Hierarquia das Necessidades, Maslow (1943) afirma que as necessidades humanas se dão numa ordem hierárquica crescente. Discorrendo sobre sua teoria Maslow diz que,
“O homem é motivado segundo suas necessidades que se manifestam em graus de importância onde as fisiológicas são as necessidades iniciais e as de realização pessoal são as necessidades finais. Cada necessidade humana influencia na motivação e na realização do indivíduo que o faz prosseguir para outras necessidades que marcam uma pirâmide hierárquica.” (CABRAL, 2019)[pic 2]
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