Recursos humanos
Por: Monica De Jesus Rodrigues • 17/9/2015 • Tese • 2.096 Palavras (9 Páginas) • 120 Visualizações
Boa noite!
Utilizaremos hoje a técnica da pantomima literária; que significa que enquanto um ator narra a história os outros fazem a ação.
Contaremos a história do livro: - A CIDADE E AS SERRAS de Eça de Queiroz.
História esta que conto para provar que as serras são melhores do que a cidade.
Começaremos a história apresentando sua figura primordial, sua figura principal, seu personagem central, o grande protagonista da história, o sem igual, o único, o autêntico:
- JACINTO!
Um homem extremamente forte!
Um homem extremamente rico!
Um homem de Paris!
Um homem das ciências!
Um... Esperem!
Antes, falemos de Dom Galeão, avô de Jacinto.
Um homem extremamente rico!
Um homem extremamente gordo!
Um homem de Portugal!
Certa vez Dom galeão, numa festa na corte, tropeçou numa casca de laranja e foi ao chão.
Dom Miguel foi ajudá-lo e, por tal gesto bonito, Dom Galeão ficou seu fã.
E quando Dom Miguel foi embora, Dom galeão, muito indignado, foi embora também.
E assim chegou a França, a Paris. Onde ele morreu... (opções de morte) De indigestão.
Deixando seu único filho: o franzino e adoentado, Cintinho.
Cintinho cresceu, mas continuou franzino.
Casou, mas continuou doente.
E morreu três meses depois do nascimento de seu filho; Jacinto.
Assim, sabemos que Jacinto, apesar de ter nascido e crescido no palacete do 202 dos Campos Elíseos em Paris, tinha sua fortuna vinda dos campos de sua família nas serras de Portugal. E também sabemos que foi criado sem a presença de um pai.
Desde pequeno Jacinto já era brilhante, inteligente e capaz!
Aos 23 anos tornou-se um soberbo rapaz, vestido impecavelmente, cabelos e bigodes bem tratados, um homem feliz da vida. Era o “Príncipe da Grã-Ventura”.
Ele defendia uma idéia:
“- O homem só é superiormente feliz quando é superiormente civilizado.”
Se alguém pode dizer semelhante coisa esse alguém era ele; um homem invejável, admirado nos estudos, com amizades verdadeiras, que, no amor, só experimentou o puro mel.
(toma a frente) Sou José Fernandes, português. Vim à Paris concluir meus estudos. Fui expulso da universidade anterior por motivo grotesco e que deixo de lado.
Conheci jacinto na universidade...
Jacinto?
Olá! Tudo bem? Como vai?
Sou Fernandes!
Voltando a filosofia, ele acreditava que a supremacia do homem sobre a natureza e, sobretudo, a cidade – “não há senão a cidade!” – poderiam propiciar a verdadeira felicidade.
- Jacinto?! Que tal passear pela floresta, pelas matas, respirar o ar do campo...?
- Não? Por que não?
- Entendo... É desconfortável andar longe da sofisticação... Sim, sei...
(neste momento entra um carteiro e entrega uma carta para o narrador que lê)
“Volte para casa. Precisas cuidar das tuas propriedades. Não tenho mais forças para fazer isso. Assinado: Tio Afonso Fernandes.”
Preciso ir!
(sai e o carteiro toma seu lugar)
Finalmente eu tenho voz nessa peça!
Vamos ver o que o destino reservou para mim...
(lendo) E sete anos depois... abre parênteses, retorna Fernandes e sai o carteiro.
(após a ação) Retorno de Portugal, onde vi tio Afonso falecer e tive de por em ordem minhas finanças. Retorno a este palacete no 202 dos Campos Elíseos, retorno a Paris e ao convívio desta figura tão peculiar; Jacinto, que me convida a ficar.
Percebo que ele está mudado, não é mais aquela figurara viva e jovem de antes. Seu sorriso se transformou em carranca. O corpo esguio agora trás uma corcunda. E os passos rápidos e precisos agora se mostram tão lentos e preguiçosos. E seu estado de espírito, espantoso!
No palacete, muitas inovações tecnológicas: um elevador, a eletricidade, o ar aquecido, o telégrafo, o telefone… E uma imensa biblioteca lembrando sua filosofia de vida: “a civilização é o bem maior!”
Como eram horas de jantar...
(entra criado oferecendo-lhes águas de três tipos)
Água carbonatada? Não, obrigado! Mas Jacinto bebe.
Água fosfatada? Não, obrigado! Mas Jacinto bebe.
Água esterilizada? Não, obrigado! Mas Jacinto também bebe.
E Jacinto reclama ainda estar com sede.
Vou embora.
Não sem antes dizer que ainda assim, Jacinto é um homem realizado pela “felicidade perfeita”.
No outro dia, retorno e aceito o convite para me hospedar no palacete do 202, na casa de meu grande amigo Jacinto.
Ele me fala de seu descontentamento com a cidade. Que vê tudo uma seca, uma chateação, tudo muito feio...
É justamente quando a grande tragédia acontece!
Calma, amigo. Foi só um cano que se rompeu.
Se rompeu e começa a espalhar água quente por todo o lavabo.
Água quente e vapor d’água.
Por todo o lavabo e pelo restante do palacete.
O que chama a atenção da imprensa.
O que chama a atenção da polícia!
O que chama a atenção dos curiosos... (platéia)
Indagado sobre sua vida amorosa; Jacinto revela manter cortesãs na cidade, mas não se envolver muito com elas.
E agora, a festa do grão duque!
A comemorar um raro peixe que o grão duque pescou.
Uma festa onde a luz acabou... E voltou!
Todos admirados em ver a tecnologia instalada no palacete do 202.
‘-Oh...!’
Admirações vazias, conversas vazias e propostas interesseiras...
O Grão duque, encantado pelo teatrofone, um mecanismo que trazia por fones apresentações teatrais, coloca todos a ouvir um musical.
Todos menos eu!
(grão duque e Jacinto ficam estáticos ouvindo o fone)
Na hora da ceia, o elevador que trazia o peixe emperrou e todos tiveram que comer cordeiro mesmo.
Três dias depois Jacinto recebe uma carta.
Nela, a notícia de que uma de suas terras sofreu um deslizamento que cobrira uma igrejinha que guardava os restos mortais de seus avós.
E ele envia todo dinheiro necessário para recuperar tudo que foi danificado.
Aumentava o número de objetos tecnológicos e livros na casa... Muitos, muitos livros! Por toda a parte. Atrapalhando até quem quisesse andar pelos corredores...
...