Resenha Critica: Exportação de laranja
Por: ValBorges • 25/1/2018 • Resenha • 1.440 Palavras (6 Páginas) • 272 Visualizações
LOGÍSTICA EMPRESARIAL II
RESENHA CRÍTICA
Resenha Crítica
Vídeo: “A reportagem produzida e exibida pelo Canal Rural em dezembro de 2010, mostra detalhadamente todos os processos que a laranja produzida em fazendas brasileiras, passa desde a sua colheita até a exportação para o exterior”.
O Brasil é o maior produtor mundial de suco de laranja e gera 200 mil empregos diretos e têm 300 municípios envolvidos.
A matéria foi produzida se passa em fazendas localizadas em Araraquara e Matão, ambas no interior de São Paulo.
A fazenda localizada na cidade de Araraquara pertence à indústria Cutrale. A colheita dos pomares de laranja é feita manualmente e é realizada no segundo semestre do ano, de julho a dezembro. Como o processo é manual, os trabalhadores necessitam de auxílio de uma escada para colher as laranjas no alto do pomar. Os trabalhadores recebem por rendimento. Esse é o único processo manual, pois ainda não foi inventada uma máquina capaz de efetuar a colheita sem danificar os frutos e o pomar.
Os frutos colhidos são depositados em sacolas denominadas big bag com capacidade para armazenar o equivalente á três laranjeiras. Cada trabalhador fica responsável por um bag, que é marcado e medido. Um caminhão passa para recolher os bags. Este caminhão circula somente dentro da propriedade da fazenda para evitar contaminações do fruto. As laranjas são transportadas por outro caminhão, mas primeiramente são armazenadas em um local de recebimento, onde são separadas por variedades e por turma de colheita e depositadas em caixas com capacidades para 35 toneladas.
Na fazenda de Matão há 7.800 hectares plantados com laranja. O processo de colheita é basicamente o mesmo. Os frutos são colhidos manualmente e depositados nos bags. O que difere da fazenda de Araraquara é que ao invés do caminhão, uma máquina é responsável por recolher os bags. Isto, para evitar que doenças sejam transmitidas para os pomares, e também a quebra excessiva dos galhos. Depois as laranjas são repassadas para caminhões, que as levam diretamente para a indústria. Outra diferença é que esta fazenda não pertence às indústrias
E é justamente em fazendas desse tipo que a maior parte das laranjas exportadas na forma de suco são produzidas, são 7 (sete) a cada 10 (dez). Algumas empresas independentes fazem contrato de longo prazo com a fábrica. Os produtores ficam comprometidos a vender sempre para o mesmo comprador, mas por outro lado, não se preocupam com a oscilação de preço do mercado. A logística é sincronizada. É feito um planejamento anual com revisamento quinzenal entre indústria, colheita e transporte. Mas ainda há uma grande preocupação: o problema sanitário. Existe uma doença conhecida como brimig, causada por bactéria, é capaz de provocar a perca de pomares inteiros. O controle dessa praga, só é possível através das inspeções do agricultor.
Depois da colheita nos pomares, chega a vez da fruta ser processada. Uma das maiores unidades de extração de suco situa-se na cidade de Araraquara. Durante a época da safra, a fábrica recebe cerca de 500 (quinhentos) caminhões por dia. Cada carreta corresponde a um lote, que por sua vez, é processado individualmente. Os carregamentos são rastreados, o que ajuda a manter a qualidade das laranjas até serem vendidas para o exterior. Os lotes individuais são examinados, onde se verifica o teor de acidez, cor, etc.
As laranjas correm por uma esteira, onde funcionários retiram as que não estão em condições de oferecer um suco de qualidade, o restante é armazenada em um grande depósito de madeira. Nesse depósito ficam 120 lotes diferentes de laranjas, e a liberação é feita de acordo com o tipo de suco encomendado pelo cliente. Essas frutas levam cerca de 8 (oito) horas para serem moídas. Cada cliente encomenda o suco de acordo com as suas necessidades, com mais polpa, coada, com bagaço, com mais ou menos acidez, mais claro.
O processo de moagem das laranjas inicia-se com sua lavagem com jato de água e escova, depois são separadas por tamanhos e moídas em máquinas que são capazes de extrair o suco de 500 laranjas por minuto. A fábrica possui o total de 84 (oitenta e quatro) máquinas, sendo capaz de moer 700 (setecentas) laranjadas por segundo. A laranja é prensada contra um copo de alumínio em formato de grade, fazendo com que o produto seja totalmente aproveitado. O suco saí para um lado e de outro fica a casca com o bagaço completamente seco. A próxima etapa é o processo de pasteurização onde são eliminados micro-organizamos, garantindo a vida longa do produto. Depois o suco passa por uma máquina que retira a água e aumenta a concentração. O suco concentrado têm 6 (seis) vezes menos água que um suco natural.
Mas, também existe uma tecnologia que permite a exportação do suco natural, não concentrado. Esse tipo de suco titula-se MFC. Há uma diferença entre o suco concentrado e o MFC. O suco concentrado recebe adição de água antes de ser vendido. Já o MFC é exportado, na condição de consumo imediato. O MFC torna-se mais caro porque ocupa 6 (seis) vezes mais espaço do que o suco concentrado.
Ao chegar na fábrica, enquanto aguarda o embarque, o produto é armazenado em galpões e permanece em temperatura abaixo de 0C. O transporte é feito em caminhões tanques. Há uma atenção especial para a higienização com a tubulação e encaixe dos caminhões.
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