Resenhas de Artigos de Finanças

COSTA, Alexandre Marino; MORITZ, Gilberto de Oliveira; MACHADO, Filipe Menezes Vasconcellos. CONSTRIBUIÇÕES DO ORÇAMENTO BASE ZERO (OBZ) NO PLANEJAMENTO E CONTROLE DE RESULTADOS EM ORGANIZAÇÕES EMPRESARIAIS. IN: Revista Contemporânea de Contabilidade, ano 04, v. 1, nº 8, p. 85-98, 2007.

Resenhado por: Eduardo Pacheco Lançanova

O artigo de Alexandre Marino Costa, Gilberto de Oliveira Moritz e Filipe Menezes Vasconcellos Machado aborda as contribuições que o Orçamento Base Zero (OBZ) no resultado e no planejamento das organizações. É defendido que o OBZ além de reduzir custos, proporciona um melhor rateio dos recursos financeiros disponíveis.

Foi realizada uma pesquisa com abordagem qualitativa, em uma empresa apresentada no artigo por um nome fictício, do ramo de produção e comércio de bebidas. Empresa esta, que conforme citado pelos autores, já havia passado por uma alteração no controle de seu orçamento, passando de uma metodologia usual, para a implementação da ferramenta OBZ.

Conforme as citações contidas no artigo, que é estruturado em uma introdução sobre o tema, os objetivos do estudo, uma base teórica onde os autores optaram por explanar os conceitos de administração financeira e de lucro, fazendo com que seja evidenciado que a ferramenta que é tema do documento, e após são descritos os procedimentos metodológicos e por fim a apresentação dos resultados da pesquisa realizada e as considerações finais.

Na fundamentação teórica estão contidas citações de outros autores sobre temas como administração financeira, orçamento, planejamento e técnicas de gestão financeira, que complementam o tema abordado no artigo e desenvolve uma preocupação com a importância da eficiência do planejamento financeiro das organizações.

Na conceitualização do OBZ, são evidenciadas as suas características principais como a análise do custo-benefício, foco nos objetivos e metas, correta alocação de recursos, aproveitamento do nível de gastos e também comunicação e participação. Os autores ainda insistem que a ferramenta é dependente das pessoas que a elaboram e a controlam, e é altamente influenciada pelos seus desempenhos.

 Conforme os autores, são necessários após a análise dos gastos, os pacotes de decisões que identifica uma atividade específica para que a administração possa avaliar e priorizar levando em consideração as demais atividades. Estes pacotes então são desenvolvidos para o auxílio à administração, de modo que esta realize uma melhor alocação de despesas e estruture de forme que seja justificado através da avaliação realizada a respeito da obtenção dos recursos gerados.

A pesquisa desempenhada no artigo tem um caráter descritivo e exploratório, que em uma citação de um autor é uma maneira de levantamento bibliográfico através de entrevistas e análises de exemplos. Quanto à abordagem, a mesma se dá como qualitativa, visto que não requer utilização de métodos estatísticos.

Os dados primários foram coletados diretamente com a empresa, com métodos de entrevistas diretamente pessoais e os dados secundários se deram a partir de um levantamento de relatórios e documentos disponibilizados pela organização.

Quanto aos resultados, foram abordadas as contribuições da implantação da ferramenta OBZ à empresa, que notou os reflexos e este aprimorou o desenvolvimento do seu quadro pessoal, que passou a ter uma hierarquia melhor definida. A categorização e priorização das necessidades de acordo com o planejamento proporcionado dá um maior foco aos resultados, os quais a empresa visa alcançar, fazendo com que sejam melhor traçadas as metas e ações exigidas para o cumprimento das mesmas.

Foram verificadas também a participação dos colaboradores, visto que a ferramenta procura aprimorar a capacidade das pessoas de integrar-se. Com a implantação do OBZ a empresa passou a exigir do seu quadro funcional um maior comprometimento com o orçamento, visto que anteriormente era usado o modelo orçamentário incremental.

Tendo em vista o ponto de vista dos autores do artigo, que defendem a ferramenta visto que se referem a ela como uma facilitadora do comprometimento e participação dos colaboradores junto ao orçamento.

Pode-se concluir que os autores procuram facilitar o planejamento orçamentário das organizações, indicando a implementação dessa ferramenta, tanto que explanam através do artigo as vantagens e os resultados que são obtidos. Contudo, é salientado na conclusão que para o bom funcionamento do OBZ, é preciso um maior nível de organização na questão de armazenamento da informação e também do comprometimento por parte dos colaboradores.

SVIECH, Vinicius; MANTOVAN, Edson Ademir. ANÁLISE DE INVESTIMENTOS: CONTROVÉRSIAS NA UTILIZAÇÃO DA TIR E VPL NA COMPARAÇÃO DE PROJETOS. Centro Universitário Curitiba.

Resenhado por: Eduardo Pacheco Lançanova

O artigo de Vinicius Sviech e Edson Ademir Mantovan aborda a busca por deficiências das ferramentas de análise de investimentos: VPL e TIR. O objetivo maior na hora de investir é o retorno mais lucrativo e sustentável, e para isso é necessário usar das ferramentas disponíveis e analisar qual negócio é mais vantajoso.

Em um investimento, o custo do capital envolve o risco, a incerteza e a análise deve considerar as variáveis de viabilidade do investimento. Os autores do artigo citam autores que propõem algumas ferramentas capazes de medir e auxiliarem no estudo do capital a ser aplicado.

Ferramentas como: TIR; VPL; payback; fluxo de caixa descontado; DCF; lucratividade; rentabilidade; ponto de equilíbrio e relação benefício-custo. Os dois primeiros, o TIR e o VPL são métodos mais tradicionais e eficientes, e conforme citado no artigo, os métodos não são somente benéficos, pois possuem também deficiências que muitas vezes podem distorcer os resultados.

O principal ponto a ser analisado em um investimento é o seu retorno que deve ser igual ou superior ao capital inicialmente investido e que compense o risco de aplicação deste capital. O conceito de TIR expressado no artigo é basicamente que o mesmo representa a rentabilidade de um projeto que é um resultado do desconto do fluxo de caixa e anulando o valor investido inicialmente.

As principais vantagens dessa ferramenta são: julgamento da viabilidade econômica através de alternativas; fácil compreensão e cálculo; e resulta uma taxa de juros de fácil interpretação.

Já a explicação dos autores para o VPL, que é citada como a soma algébrica de fluxos de caixa descontados para o presente a uma taxa de juros compostos. A sua utilização também é mais simples, e com seu resultado é possível analisar a viabilidade através do resultado maior, ou seja, quanto maior o VPL significa que é mais vantajoso o investimento.