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Resumo do Artigo: Um olhar de início de século

Por:   •  10/9/2017  •  Resenha  •  922 Palavras (4 Páginas)  •  163 Visualizações

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RESUMO “UM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO: UM OLHAR DE INÍCIO DE SÉCULO”

Para analisar as transformações do século XXI, faz-se necessário lançar um olhar sobre os séculos anteriores e seus eventos marcantes, tanto em âmbito político quanto social.

A igualdade avança nos discursos e a concentração de renda cria desigualdades, essa situação traz como discussão a questão de que a trajetória do Estado moderno deve ser reconstruída. Se olharmos do ponto de vista da Ciência Política, podemos dizer a respeito da laicização do Estado, feita por Maquiavel, cuja liberdade de opção na escolha dos meios só poderia ser pensada a partir do desatar do nó da luta entre o bem e o mal, além do pensamento a respeito do bem comum – os fins se resumiriam em um fim último.

Vale ressaltar a respeito, mais uma vez, de Maquiavel que ele tem consciência que os conflitos sociais são inconciliáveis, mas ainda assim impulsionam uma formação social para a construção de seu futuro; e assim, a teoria política encontra em sua obra a força necessária para pensar como seria o projeto estrutural do Estado e qual modalidade ética que orienta seus atores – ressalva para o fato de que o Estado de Natureza passa a nortear a construção da teoria do Estado Civil

Se analisarmos os pensamentos de grandes filósofos acerca de seus modelos de Estado Civil, chegamos a quatro importantes concepções: Para Hobbes troca-se no Estado Civil liberdade por segurança. Já Locke, ao analisar o Estado de Natureza, não vê na liberdade um obstáculo a ser vencido pelo poder político, ao pensar no seu governo, Locke pensa em coalizões da maioria, dentro de um Parlamento que reúne segmentos organizados dos interesses superiores da sociedade. Rousseau vai afirmar que o homem da natureza enfrenta uma sobrevivência bastante tranquila e que o sistema político deve conter todos os diversos segmentos da sociedade  e que deve ser possível construir pactos quanto aos remos a seguir, para só assim haver legitimidade. Montesquieu encontra no homem da natureza um desejo inato à sociabilidade e. caso houvesse o equilíbrio entre o monarca, o parlamento e o povo, haveria um bom governo, a liberdade é o poder das Leis e não do povo.

Já a respeito das utopias do século XXI, para que exista um sistema de mercado funcionando, o detentor do capital tem que ter condições de encontrar um fluxo contínuo de matérias primas e força de trabalho que justifique seu investimento em capital fixo. Além disso o pensamento liberal fixou-se mais no termo liberdade, associada à possibilidade de existir a livre  iniciativa, produto de mercado auto-regulável, tornando importante que o Estado seja suficientemente forte para garantir o mercado interno, para garantir a política de colonização mercantil, para manter a lei e a ordem social – de forma a conter tentativas de subverter as “regras do jogo capitalista”.

Marx via que, para construir o socialismo – caminho para uma sociedade igualitária – seria necessário um Estado hobbesiano que temporariamente submetesse as liberdades individuais a um projeto coletivo e assim estabeleceu três teorias sobre o Estado Capitalista, a primeira na qual o Estado aparece como ferramenta dos interesses burgueses; a segunda mostraria como os capitalistas abdicariam do poder político para melhor defender seus interesses e a terceira que os interesses da classe capitalistas criariam limites a uma ação autônoma do Estado. Além disso, Marx aposta no acirramento do conflito entre as classes, condição para a superação das regras do jogo ditatorial burguês no qual a democracia nada mais é do que uma teatralização da política.

Como já dito anteriormente para que exista um sistema de mercado funcionando, o detentor do capital tem que ter condições de encontrar um fluxo contínuo de matérias primas e força de trabalho que justifique seu investimento em capital fixo.

Para uma análise mais atual, é relevante observar situações econômicas que ocorreram nos anos 80, já que o ambiente econômico em que se acelera a globalização é, portanto, um ambiente de desregulamentação dos organismos internacionais, abrindo caminho para os capitais privados, extremamente voláteis, operarem nos mercados internacionais e as decisões políticas com impacto econômico tornam-se alvos das disputas dos interesses plurais da sociedade organizada.

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