Sistema Financeiro Coordenadora:
Por: binfcadm • 28/2/2016 • Trabalho acadêmico • 894 Palavras (4 Páginas) • 137 Visualizações
[pic 1]
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Avaliação a Distância – AD Período - 2014/2º
Disciplina: Sistema Financeiro Coordenadora: Selma V. Fontes Data da entrega: 24/08/2014
Horário limite: 23:55 H.
Nome do Aluno (a) Fábio Ferreira Collantes Pólo: Resende/RJ
Considerando a importância do tema sustentabilidade e a sua relação com a área financeira, faça uma pesquisa sobre “Sustentabilidade e Mercado Financeiro”.
Baseado em uma pesquisa realizada durante o período de dezembro de 2006 a agosto de 2007 pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável – FBDS, conduzida em parceria com o Forum for Corporate Sustainability Management – CSM do International Institute for Management Development – IMD, e com o Instituto COPPEAD de Administração da UFRJ, foi feito um relatório dividido em quatro partes.
Primeiramente, o conceito da sustentabilidade corporativa, por ter diversas interpretações, foi definido de forma a contextualizar o leitor no tema do trabalho. Em seguida, foi feita uma breve apresentação das principais características do setor financeiro brasileiro atual. Após isto, abordei as principais práticas de sustentabilidade no setor, utilizando-se de informações de domínio público. E finalmente, apresentei algumas das percepções dos executivos do setor quantos aos principais desafios para a incorporação da sustentabilidade na estratégia de negócios do setor de serviços financeiros brasileiro.
Embora exista uma definição amplamente aceita para o conceito de desenvolvimento sustentável, que é “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”, existe um grande debate quanto à definição correta do termo sustentabilidade corporativa, por sua associação com termos já anteriormente conhecidos no meio empresarial como responsabilidade social, responsabilidade social corporativa ou cidadania corporativa. Tratou-se a sustentabilidade corporativa como a incorporação de aspectos sociais e ambientais na definição da estratégia, na operação do negócio e nas interações com os stakeholders.
Por ser uma pesquisa de final de 2006 e início de 2007, atualizarei alguns dados como características gerais do Setor Financeiro Brasileiro atual. O setor financeiro brasileiro é composto por órgãos normativos (como o Conselho Monetário Nacional), entidades supervisoras (Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários) além dos operadores. Dentre os operadores, destacam-se os diversos tipos de conglomerados e instituições bancárias independentes, pelo seu porte, capilaridade e geração de empregos. Percebe-se também que, apesar do elevado número de instituições e conglomerados bancários, existe uma grande concentração do setor. Assim, as 10 maiores instituições do setor brasileiro, respondem por 72,77% do ativo total, 87,10% do número de agências e 84,41% do número de funcionários do total do setor bancário.Apesar de o Brasil não ser considerado uma economia muito alavancada, o volume de crédito no sistema financeiro totalizou R$2,83 trilhões em junho de 2014, com crescimento de 11,8% em relação aos R$2,53 trilhões registrados em junho de 2013, o que ampliou a relação crédito/PIB de 55,3% para 56,3% na comparação dos períodos, segundo dados do Banco Central do Brasil.
A sustentabilidade corporativa pode estar presente em empresas do setor financeiro de diversas formas. Em alguns casos, ela se faz mais presente na criação de novos produtos com características específicas ligadas à inclusão social ou à preservação ambiental.
Em outros, há maior esforço na mudança de processos existentes, como a inserção de análise de riscos socioambientais no processo de avaliação de risco de crédito ou, ainda, na utilização de critérios de sustentabilidade na seleção de fornecedores. Um terceiro grupo de empresas preocupa-se com ambas as dimensões.Dois princípios têm fundamental importância na promoção da sustentabilidade empresarial: governança corporativa e inovação. Somente apoiada em boas práticas de governança corporativa uma empresa pode assegurar que os interesses das diversas partes interessadas sejam preservados, e uma empresa sustentável é justamente aquela que reconhece e valoriza a sua interdependência não só com agentes internos, como os seus colaboradores, mas também com atores externos à empresa, como fornecedores e clientes. Já a inovação é o elemento catalisador da mudança de paradigma, criando novos produtos, redesenhando processos existentes e repensando o modelo de negócios da organização.
Como visão dos executivos, é fundamental que seja reforçada, nas instituições, a conscientização dos seus colaboradores quanto ao tema da sustentabilidade, bem como dos demais stakeholders. O setor ainda encontra-se consideravelmente ancorado na visão de responsabilidade social, não percebendo que iniciativas de sustentabilidade não necessariamente significam maiores custos e menores retornos para as instituições. Para que o setor possa dar passos mais largos e velozes em direção à sustentabilidade, a primeira tarefa, sem dúvida alguma, é educar e conscientizar aqueles que são responsáveis pelo dia-a-dia dos negócios, já que sustentabilidade corporativa corresponde à inserção da responsabilidade corporativa nas atividades empresariais, e não em departamentos ou instituições desconectados com as atividades fins das empresas. Além de fazer com que os colaboradores estejam mais conscientes sobre a necessidade de equilibrar ganhos de curto e longo prazo por meio de práticas responsáveis, é também necessário aprimorar o ferramental atualmente utilizado pelas instituições. A inserção de critérios socioambientais nos diversos processos de gestão, como avaliações de desempenho, construção de agências bancárias e avaliação de crédito para empresas, somente será eficiente com o aprimoramento das ferramentas, não apenas baseando-se em aspectos qualitativos da sustentabilidade, mas também quantitativos.
...