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Stress no motorista de transito

Por:   •  25/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.965 Palavras (8 Páginas)  •  160 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEEVALE

JÉSSICA LAI PEREIRA

ESTRESSE RELACIONADO AO MOTORISTA DE ONIBUS

NOVO HAMBURGO

2014

UNIVERSIDADE FEEVALE

JÉSSICA LAI PEREIRA

ESTRESSE RELACIONADO AO MOTORISTA DE ONIBUS

Trabalho apresentado na disciplina de metodologia cientifica na Universidade Feevale.

Professora Sueli Cabral

NOVO HAMBURGO

2014


SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        

2.        ESTRESSE RELACIONADO AO MOTORISTA DE ONIBUS        

3.        CONCLUSÃO        

4.        REFERÊNCIAS        


  1. INTRODUÇÃO

Este trabalho irá levantar os temas que relacionam os principais fatores estressantes ao profissional que é motorista de ônibus.

Foram utilizados cinco artigos científicos para essa análise, entre os quais foi possível observar pesquisas relacionadas ao tema em algumas das principais cidades do país. A importância desses estudos se deve ao fato de que esses profissionais é de que o estado emocional dos mesmos pode ter impacto na vida de muitas pessoas, visto que é cotidiano a circulação de ônibus, o envolvimento do motorista no transito que também envolve carros e pedestres.

O principal objetivo é levantar os principais estudos no Brasil nos últimos anos relacionados ao estresse no dia-a-dia do motorista de ônibus e mostrar o quanto isso impacta no nosso dia-a-dia.

        


  1. ESTRESSE RELACIONADO AO MOTORISTA DE ONIBUS

O trânsito é um local estressante, somando isso às condições de saúde e trabalho do transporte coletivo, o nível de estresse relacionado a essa atividade aumenta ainda mais. Segundo a Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos (NTU, 1999), um dos agravantes para o stress no dia a dia das principais áreas urbanas é o caos no trânsito. (NTU 1999, apud BATTISTON, CRUZ, HOFFMANN, 2006).[pic 1]

        Estresse é algo muito estudado nas últimas décadas, a preocupação com a consequência na saúde dos profissionais é constante dentro das maiores empresas. A doença é cada vez mais comum e está causando muitos prejuízos na saúde emocional das pessoas, se tornando um poderoso inimigo na vida profissional. (ALBRECHT, 1990; MORAES E KILIMNIK,1992 apud BALASSIANO, TAVARES, PIMENTA, 2011).

        Os motoristas de ônibus estão sujeitos no dia a dia a vários fatores estressantes, trânsito, horário, temperamento dos passageiros, a segurança dos passageiros, preservação do veículo, entre outros. Segundo (BALASSIANO, TAVARES, PIMENTA, 2011, p. 341). “Aspectos como as instalações de apoio (terminais, sanitários, etc.) e o trânsito como um todo (engarrafamentos, outros veículos da via, clima, etc.) são fontes constantes de estresse.” Muitas vezes desempenham mais de uma função além de transportar as pessoas, como por exemplo, a cobrança das passagens e até mesmo a manutenção do veículo. (BATTISTON, CRUZ, HOFFMANN, 2006). O estresse ocupacional está diretamente ligado ao sentimento de ansiedade (insônia, falta de atenção, fome) e a depressão. (QUICK et al., 2003, apud BALASSIANO, TAVARES, PIMENTA, 2011).

        CAPLAN (1983 apud TAVARES, 2010), conclui que o estresse ocupacional é gerado de acordo com o ambiente de trabalho e as ferramentas que a pessoa possui para a execução de suas tarefas, ou seja, se as exigências forem maiores do que os recursos que o profissional tem para realiza-las irá gerar um impacto negativo no profissional. De acordo com ALBRECHT (1988 apud TAVARES, 2010) os três fatores contribuintes para o estresse são: físicos, sociais e emocionais. Fatores físicos: os motoristas de transporte urbano estão sujeitos a conviver com calor ou frio em excesso, secura, umidade, barulho, vibração, poluição de ar, sol forte, trânsito, entre outros. Fatores sociais: eles lidam com clientes (passageiros) e pessoas perigosas (assaltantes). Fatores emocionais: estão os prazos com horários, risco de lesões físicas, risco financeiro pessoal, medo de perder autoestima, medo de fracasso ou de desaprovação e outros.

O ambiente de trabalho que pode gerar estresse psicológico traz também riscos à saúde física dos trabalhadores. Revisão da literatura realizada por Winkleby, Ragland, Fisher e Syme (1988), sobre os riscos a saúde a que estão expostos os motoristas de ônibus, destacou como principais causas de mortalidade e morbidade três grupos de doenças: doenças cardiovasculares, do aparelho gastrointestinal e problemas musculoesqueléticos. Outros estudos apontam para a mesma direção, considerando a profissão de motorista de ônibus como tendo maior risco de desenvolver doenças cardíacas e musculoesqueléticas (Netterstrom et al.,1988, PARADIS et al., 1989, apud BATTISTON, CRUZ, HOFFMANN, 2006, p. 335).

O estresse é gerado quando se tem uma discordância entre as demandas exigidas e os recursos para executar as mesmas. Algumas pessoas dedicam-se para executar essas tarefas, fazendo disso um desafio a ser vencido, em outros casos as pessoas reagem a isso como uma situação de desgaste. (SEEGERS, VAN ELDEREN, 1996, apud BALASSIANO, TAVARES, PIMENTA, MAIO/JUNHO, 2011).

Concluímos que estresse ocupacional é ocasionado quando os fatores do trabalho excedem a capacidade do indivíduo de realizar a sua função, ou de forma fisiológica, psicológica e de acordo com o comportamento do profissional diante dos fatores estressantes. (JEX, 1998; JONES & KINMAN, 2001 apud TAMAYO, PASCHOAL, 2005).

São muitas as situações estressantes que estão em torno de um profissional que atua no transporte de pessoas, tanto físicas como psicossociais, e essas condições também podem afetar os próprios passageiros tanto psicologicamente quanto fisicamente. (TAVARES, 2010).

A fim de levantar a realidade cotidiana desses profissionais, inúmeros estudos têm sido feitos, principalmente para a melhora nesse ambiente de trabalho que é tão essencial para uma sociedade. Segundo EVANS, JOHANSSON, RYDSTEDT, (1999 apud TAVARES, 2010), as maiores pressões são as de cumprimento de tabelas de horários, segurança no transito e o atendimento aos passageiros, e ao mesmo tempo o motorista tem pouco controle do que ocorre no ambiente de fora do veículo. (GERDELL, AEROSON & BARKLOFF, 1982 apud TAVARES, 2010)

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