Todas as ciências têm suas raízes na história do homem

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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ESTATÍSTICA

Prof. Msc. Luciano Melo

Belém –PA

2014

1. A ESTATÍSTICA

        

Todas as ciências têm suas raízes na história do homem.

 A Matemática, que é considerada “a ciência que une à clareza do raciocínio a síntese da linguagem”, originou-se do convívio social, das trocas, da contagem, com caráter prático, utilitário, empírico. A Estatística, ramo da matemática aplicada teve origem semelhante. Desde a antiguidade os registros e informações importantes eram feitos para diversos fins controle. No século XVI surgiram os primeiros registros organizados de nascimentos, casamentos, óbitos, etc. Já no século XVIII houve um primeiro conceito mais elaborado para a Estatística, escrito por Godofredo Achenwall “estudo matemático de catalogação de dados numéricos”.    

A Estatística não deve ser vista como uma simples “coleção de números”. As informações numéricas são obtidas com a finalidade de organizar e analisar dados, bem como inferir a partir destes, para tomar decisões acerca de fenômenos e acontecimentos que produzam acúmulo de informações. Assim, por exemplo, é com base em índices de audiência que uma emissora de televisão pode tirar um programa do ar ou modificar o final previsto de uma novela. É com base em pesquisas de opinião que um candidato a cargo eletivo pode modificar certas atitudes frente ao eleitorado. Analisar o registro de vendas e comercialização de produtos, é importante para definir novas compras, controlar a rotatividades destes no estoque evitando perdas em seu prazo de validade, ocasionando possíveis prejuízos. As empresas e organizações, precisam estabelecer parâmetros confiáveis para investimentos futuros ou mesmo controlar seus gastos com folhas de pagamentos de pessoal e assim por diante.

Assim, muitas decisões são tomadas com base em dados e informações numéricas. No entanto, vale ressaltar que, os números não “falam por si mesmos”. Os administradores, contadores, economistas... Precisam adotar técnicas de organização e seleção destas informações, interpretá-las corretamente, lhes permitirá conhecer a realidade de seu local de trabalho e projetá-la no mundo dos negócios quando a incerteza e a instabilidade financeiras se fizerem presentes. Por razões profissionais, adquirir conhecimentos estatísticos, pode auxiliar em tomadas de decisões conscientes, políticas, sociais ou econômicas nos mais diversos ramos do conhecimento.

2.0  DIVISÃO DA ESTATÍSTICA

Utilizando técnicas que se pode aplicar a um conjunto de dados para ordená-los, a Estatística pode ser dividida em: Descritiva ou Dedutiva e Indutiva ou Inferencial.

1. Estatística Descritiva: a organização, sumarização e descrição de um conjunto de dados recebem esta denominação, pois tratam em especial de levantamentos e pesquisas sobre uma população ou parte dela. A partir da organização de dados em tabelas e construção de gráficos, é possível compreender melhor o comportamento de variáveis em um conjunto de dados. Como exemplos, podemos citar a folha salarial de uma empresa, os custos, estoques, orçamentos, mapas e indicadores.

1. Estatística Inferencial: o início da formulação matemática da teoria das probabilidades deu-se a partir de investigações sobre jogos de azar, na metade do século XVII, por meio de correspondências entre matemáticos como Blaise Pascal, Bernoulli, De Moivre e Gauss que estabeleceram bases para a estatística inferencial. Contudo, somente no início do século XX é que os métodos e técnicas inferenciais foram desenvolvidos por estatísticos como Pearson, Fisher, Gosset, entre outros. Pode-se considerar a estatística inferencial como um conjunto de métodos matemáticos que torna possível, estimar e prever resultados acerca de uma população com base em amostras probabilísticas.  

           

 Vamos observar em duas situações práticas, aplicações relacionadas a estes dois ramos da Estatística.  

Estatística Descritiva

Uma secretaria estadual de educação tem verba disponível para a compra de 100 computadores para as salas de informática. Para quais escolas serão doados? Quantos alunos serão beneficiados? Para tomar uma decisão acertada, a secretaria deseja saber com exatidão quantas são e onde se encontram as crianças de 7 a 14 anos que não tenham acesso a computadores e cursos de informática no sistema regular de ensino público? Assim, só após uma coleta de dados e a conseqüente descrição numérica da situação, é que a secretaria poderá conhecer onde há maior carência para a implantação de salas de informática e determinar os locais onde as máquinas serão instaladas.

Estatística Inferencial

Digamos que essa mesma secretaria queira saber sobre a quantidade de alunos que possuem noções básicas de informática. Há necessidade de se questionar ou entrevistar todos os alunos da rede estadual? Provavelmente não. O mais prático e objetivo é trabalhar-se por amostra, ou seja, apenas com parte do alunos no intuito de obter dados que possam representar o todo. Dessa forma, o estudo tem cunho inferencial, pois os resultados (opiniões de parte do alunado e não de todo) são considerados válidos, apesar de uma parcela dos entrevistados não manifestar opinião.

        

3.0  OBJETIVOS DA ESTATÍSTICA

A Estatística não tem um fim em si, mas é utilizada como meio na medida em que é aplicada tendo em vista a análise dos dados numéricos, principalmente. O objetivo da Estatística é estudar fenômenos coletivos e a relação entre eles buscando parâmetros que possibilitarão decisões, ou seja, é proporcionar conhecimentos a partir de dados.

3.1  POPULAÇÃO E AMOSTRA     

Objetivando o estudo quantitativo e qualitativo dos dados obtidos nos vários campos do conhecimento ou atividade científica, a Estatística manipula dois tipos de conjuntos de dados a população e a amostra.

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