UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS
Por: Pedro Saêta • 26/11/2018 • Trabalho acadêmico • 3.738 Palavras (15 Páginas) • 289 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS
PEDRO HENRIQUE SAÊTA SOUSA
O DESPERTAR EMPREENDEDOR DO JOVEM UNIVERSITÁRIO
GOIÂNIA
2016
PEDRO HENRIQUE SAÊTA SOUSA
O DESPERTAR EMPREENDEDOR DO JOVEM UNIVERSITÁRIO
Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial para conclusão da disciplina Técnicas de Pesquisa em Administração, da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas da Universidade Federal de Goiás.
Orientadora: Prof. Bel. Fernanda Arantes
GOIÂNIA
2016
INTRODUÇÃO
A antecipação da entrada no mercado empreendedor por jovens universitários do curso superior de Administração não é novidade. Entender o que leva o jovem a ter atitudes empreendedoras ainda em meio à preparação para ingresso no campo profissional se torna então interesse de pesquisa, pois existe, assimilando Bulgacov et al. (2011), uma importante necessidade de analisar e entender detalhadamente essa geração de jovens que está ingressando no mercado de trabalho através do empreendedorismo e, seguindo o raciocínio lógico, estão ainda em preparação para esse ingresso cursando seus estudos universitários.
Em um Brasil capitalista, onde a desigualdade social é escancarada nos noticiários e no dia-a-dia da maior parte da população, a busca por realização profissional e autonomia financeira é constante. Questiona-se as motivações e dificuldades desse jovem universitário para entrar no mercado de trabalho se valendo dos atributos e condições que possui, reproduzindo projetos existentes ou criando novos. Posto isso, quais as principais áreas que atraem e fisgam esse jovem? O que o motiva a iniciar a carreira empreendedora? Quais as principais dificuldades enfrentadas por eles nessa iniciação profissional? O conhecimento teórico oferecido pela universidade lhe dá base para sua iniciação empreendedora? Este jovem consegue ousar e inovar no ramo empreendedor? Quais os frutos colhidos por essa iniciativa? Quais os resultados alcançados e qual a finalidade de todo o processo: Autonomia? Necessidade? Desejo por realização? Enfim, busca-se compreender a personalidade profissional deste estudante que anseia por alçar voos maiores.
Em todo o país, de acordo com o Global Entrepreneurship Monitor de 2014, dos 23 milhões de empreendedores em estágio inicial, 53% tem entre 18 e 34 anos. Dito anteriormente e acordando com Zouain, Oliveira e Barone (2007), o número desses jovens que entram no mercado de trabalho – sem trilharem caminho para grandes empresas – segundo projeções continuará crescente no primeiro terço do século corrente. Os autores citaram que o Brasil alcançou o que chamaram de oportunidade demográfica desde os anos 2000 e permanecerá nessa estrutura até 2030. As características desta “oportunidade” são os seguintes fatores: a maior parte da população que é economicamente ativa está com idades entre 15 e 64 anos; a queda da taxa de crescimento populacional; indícios de que uma maior população pode ser economicamente ativa; envelhecimento crescente da população, com aumento na porcentagem de idosos; maior expectativa de vida. (ZOUAIN; OLIVEIRA; BARONE, 2007).
Valendo-se do grande número de pesquisas no campo do empreendedorismo, como as utilizadas neste trabalho feitas por Zouain e Oliveira (2007); Ferreira, Pinto e Miranda (2015); Bulgacov (2011) entre outros. Notou-se a falta delas para o ramo universitário e as principais motivações e dificuldades enfrentadas pelos alunos neste início de carreira, fez-se necessária a pesquisa na área a fim de clarear o perfil daqueles que são, ao mesmo tempo, empreendedores e estudantes universitários. Ferreira, Pinto e Miranda (2015) afirmam que a pesquisa em empreendedorismo tem aumentado nos últimos trinta anos, mas apesar desse forte crescimento e interesse pela área empreendedora, ainda há na disciplina questionamentos sobre se existe alguma disciplina específica que dê base empreendedora aos alunos e distingue de outros estudos em administração. Existe essa capacitação e incentivo necessário para exercer atividades empreendedoras?
O artigo será estruturado em seções, sendo a primeira esta com a Introdução, a segunda sessão onde será trabalhado o referencial teórico, frisando a importância e contextualização do tema. Na terceira e última parte, serão descritos os procedimentos que serão utilizados para o desenvolvimento deste estudo.
REFERENCIAL TEÓRICO
O empreendedorismo ganhou força com o passar do tempo e se torna interesse de pesquisa por diversos autores. Ilzuka e Moraes (2014) ressaltam que entre 2001 e 2012, em um total de 150 artigos, diversos temas foram trabalhados, como: criação de novos negócios, o ensino e a aprendizagem, empreendedorismo social e ambiental, dentre outros. O papel do jovem, universitário ou não, na criação de novos negócios é sabido e a perspectiva é que se amplie ainda mais nos anos que estão por vir (ILZUKA; MORAES, 2014).
Apesar das boas perspectivas, outros autores como Lima-Filho, Sproesser e Martins (2009) fizeram uma ressalva anos atrás de que a maior parte dos jovens brasileiros tem pouca ou nenhuma cultura empreendedora. Mas será que, apesar de toda a evolução acerca do ensino em empreendedorismo, o jovem brasileiro continua carente de cultura empreendedora? Autores como Garcia et al. (2012) apontam que o empreendedorismo acadêmico, ou seja, de jovens universitários, é importante contribuinte para o desenvolvimento do país em virtude principalmente da capacidade que o jovem tem de criar empresas mais intensivas em conhecimentos científicos e tecnológicos.
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