A Abordagem Clássica
Por: euwillrocha • 3/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.559 Palavras (7 Páginas) • 833 Visualizações
Abordagem Clássica
A abordagem Clássica se divide em dois pontos divergentes, Administração Científica (Taylor) e a Teoria Clássica (Fayol).
Partiram de pontos distintos com a preocupação de aumentar a eficiência na empresa. Seus postulados dominaram aproximadamente as quatro primeiras décadas do século XX no panorama administrativo das organizações. Taylor se preocupou com a Organização Racional do Trabalho (ORT), que por meio da análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos, do estudo da fadiga humana, da padronização dos métodos e da especialização do trabalho buscava as condições que permitissem ao operário produzir com o máximo de eficiência. Por outro lado, Fayol enfatizou a estrutura dividindo a organização em seis funções (técnica, comercial, financeira, de segurança, contábil e administrativa), definindo os dezesseis deveres dos gerentes, os quatorze princípios gerais da Administração e os cinco elementos da Administração (POCCC). Ou seja, enquanto Taylor pensava a organização a partir dos operários (nível operacional), Fayol pensava a organização dos dirigentes (nível institucional). Essa diferença tem explicação na vivência dos dois. Taylor teve experiência como consultor técnico e Fayol foi um grande administrador de cúpula. Outra diferença marcante é que Taylor pregava a supervisão funcional pelo qual o operário poderia ter um supervisor para cada área, enquanto Fayol defendia o princípio da unidade de comando que dizia que cada subordinado só pode ter um superior. É preciso também ressaltar os pontos de convergências entre as duas as teorias da Abordagem Clássica como: a concepção de homo economicus segundo a qual as vantagens financeiras são os únicos fatores motivadores e o mesmo objetivo (máxima eficiência).
A origem da Abordagem Clássica da Administração está nas consequências geradas pela revolução industrial, basicamente no crescimento acelerado e desorganizado das empresas, exigindo uma substituição do empirismo e da improvisação, e a necessidade de aumentar a eficiência e competência das organizações no sentido de obter melhor rendimento possível dos seus recursos e fazer face à concorrência e competição que se avolumavam entre as empresas.
Nesta teoria a motivação se dá na busca pelo dinheiro e pelas recompensas salariais e materiais do trabalho. Toda abordagem Clássica da Administração alicerçava-se nessa teoria da motivação. É uma abordagem puramente tecnicista e mecanicista.
Pirâmide de Maslow
A Pirâmide de Maslow, também conhecida como a hierarquia de necessidades de Maslow, é uma divisão hierárquica em que as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto, por outro lado, o homem é motivado segundo suas necessidades que se manifestam em graus de importância onde as fisiológicas são as necessidades iniciais e as de realização pessoal são as necessidades finais. Cada necessidade humana influencia na motivação e na realização do indivíduo que o faz prosseguir para outras necessidades que marcam uma pirâmide hierárquica:
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- As necessidades fisiológicas que se encontram como base para a pirâmide, segundo Maslow, representam as necessidades relacionadas ao organismo e instintivas de sobrevivência tais como alimentação, sono, abrigo, água, excreção e outros.
- As necessidades de segurança aparecem após o suprimento das necessidades fisiológicas. São representadas por necessidades de segurança e estabilidade, como proteção contra a violência, proteção para saúde, recursos financeiros e outros.
- As necessidades sociais: Incluem as necessidades de participação, de dar e receber afeto, amizade e amor. Surgem após a satisfação das necessidades primárias e a sua não satisfação pode levar à falta de adaptação social e à auto exclusão.
- As necessidades de status e estima correspondem às necessidades de respeito próprios (autoconfiança, aprovação e consideração social, prestígio profissional, dependência e autonomia). A não satisfação destas necessidades pode conduzir a sentimentos de inferioridade e ao desânimo.
- As necessidades de auto realização surgem após a satisfação de todas as restantes necessidades, representando as necessidades humanas mais elevadas tais como a necessidade de conseguir o desenvolvimento pessoal através da utilização de todas as suas capacidades e potencialidades.
O ser humano busca sempre melhorias para sua vida. Dessa forma, quando uma necessidade é suprida aparece outra em seu lugar; tais necessidades são representadas na pirâmide hierárquica. Quando as necessidades humanas não são supridas sobrevêm sentimento de frustração, agressividade, nervosismo, insônia, desinteresse, passividade, baixa autoestima, pessimismo, resistência a novidades, insegurança e outros. Tais sentimentos negativos podem ser recompensados por outros tipos de realizações.
Dois Fatores
Frederick Herzberg (1923 - 2000) desenvolveu a teoria dos dois fatores de Herzberg, onde ele propôs que existem fatores que influência no desempenho dos funcionais, fatores motivacionais e fatores de higiene.
Ao contrário de outros teóricos do campo motivacional, que buscam uma explicação geral dos mecanismos da motivação humana, Herzberg concentrou seus estudos na análise das atitudes e motivações dos funcionários dentro de uma empresa.
Analisando os resultados de sua pesquisa, Herzberg concluiu que existe dois tipos de necessidades independentes entre si que influenciam o trabalho dos funcionários de vários modos. O primeiro tipo, é que quando as pessoas se sentem insatisfeitas com o trabalho, estão preocupadas com o ambiente em que trabalham. Já o segundo tipo, quando se sentem bem no trabalho, trata-se do trabalho em si. O primeiro tipo de necessidade foi nomeado Fatores de Higiene e o segundo tipo foi nomeado Fatores Motivadores.
- Fatores de Higiene
Os fatores de higiene são relacionados ao ambiente em que o funcionário trabalha, envolve a política e a administração da empresa, a supervisão, as condições de trabalho, as relações interpessoais, o dinheiro, o status e a segurança. Herzberg relacionou o seu uso original da palavra higiene com o seu significado médico (prevenção e ambiental), ele observou que esses fatores não aumentavam a produção, porém impedia perdas no desempenho por causa de restrições.
- Fatores Motivadores
Os fatores motivadores envolvem o sentimento de realização, de crescimento profissional e de reconhecimento no trabalho. Herzberg usou este termo, porque esses fatores pareciam ser capazes de ter um efeito positivo sobre a satisfação no trabalho.
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