A Abordagem Contigencial
Por: Adrieli Moreira • 20/10/2020 • Dissertação • 488 Palavras (2 Páginas) • 364 Visualizações
Instituto Federal da Bahia – IFBA
Aluno – Bruno Bahia Ribeiro e Adrieli Moreira
Curso – Administração 2019.2
Docente – José Rubens
Abordagem Contingencial: Tecnologia e Estrutura organizacional
- Diferencie os sistemas produtivos por processo da produção em massa. Qual a importância da tecnologia na definição dessas diferenças?
O sistema de produção em massa é constituído basicamente por produtos de fabricação padronizados, baseia-se muitas vezes em uma produção planejada em uma projeção de vendas do mês anterior ou até do ano anterior, dependendo do produto. Sua estrutura administrativa é altamente hierarquizada, de modo vertical, com informações que seguem um itinerário desde o nível mais alto até sua base. Os setores não exigem um grau de especialização altamente qualificado, e eles são bem fragmentados. A direção cuida das funções estratégicas e das relações com fornecedores e clientes. Possuem menos níveis administrativos ligados à produção.
Já o sistema de produção por processo, diferentemente da produção em massa, é caracterizado pela complexidade. A produção é altamente automatizada, e por isso há uma necessidade substancial de investimento em tecnologia de ponta para uma maior diferenciação na produção. O nível técnico dos empregados deve ser mais alto, já que o controle no sistema de produção é unitário e predominantemente pessoal. Por fim, outra diferença está na tomada de decisão da direção, que predomina as decisões por comitês, devido à complexidade delas.
Por falar em tecnologia, essa é uma variável indispensável para diferenciar os dois sistemas. Quanto maior as organizações, mais exige-se um nível alto de tecnologia. O sistema de produção por processo, como é mais complexo que o de produção em massa, exige-se também um maior nível de tecnologia, assim como é exigido um maior número de níveis administrativos (e de grau técnico mais elevado) ligados à produção.
- Por que o sistema orgânico é mais adequado a períodos de mudança, enquanto o sistema mecânico requer estabilidade?
Para Burns e Stalker, as organizações estão sempre em fase de estabilidade ou passando por mudanças. Burns e Stalker relatam que essas duas fases, um sistema tende a ser mais adequado que o outro. Para a fase de estabilidade, adequa-se um sistema mecânico, enquanto numa fase de mudanças, adequa-se um sistema orgânico. Veremos que, para uma fase de estabilidade da organização, exige-se da estrutura organizacional uma rigidez maior, pautada em normas e regras. A produção deve ser planejada, sistemas e métodos bem definidos e políticas organizacionais sistematizadas, para que nesse contexto, a empresa maximize suas atividades e consequentemente os lucros.
Ao contrário de uma fase estável, quando uma organização passa por mudanças, o sistema mecânico perde eficiência. Pois com as mudanças, as regras e métodos exigidos pelo sistema, pode não se encaixar nessa nova fase. Nesse caso, exige-se o sistema orgânico, para garantir a sobrevivência da empresa. O sistema permite novas regras e normas, mais flexíveis e adaptáveis. Permite uma redefinição de tarefas, uma maior comunicação em todos os níveis, um engajamento maior dos colaboradores, justamente para que a organização se ajuste ao período de mudanças.
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