A Amil e o Sistema de Assistência Médica no Brasil
Por: Cynara Azevedo • 11/5/2017 • Resenha • 1.405 Palavras (6 Páginas) • 2.490 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO HOSPITALAR ADMINISTRAÇÃO EM SAÚDE
Fichamento de Estudo de Caso
A Amil e o Sistema de Assistência Médica no Brasil
Nome da aluna Cynara da Silva Azevedo
Trabalho da disciplina: QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE (NPG1034/2251331) 9001
Tutor: Fatima Cristina Cunha Penso
Vitória-ES
2016
Estudo de Caso:
A Amil e o Sistema de Assistência Médica no Brasil
Edison Godoy Bueno é um cirurgião geral, que obteve uma boa experiência administrativa ao adquirir a casa de saúde São José, uma pequena maternidade, situada no rio de janeiro. Assumiu as dividas e pouco tempo depois comprou mais três clinicas. E em 1978, ao ler em um jornal sobre as novas e bem sucedidas empresas de OPS (operadoras de planos de saúde), sente se motivado e 1979 funda a Amil Assistência Médica, com a ajuda do cardiologista Jorge Ferreira da Rocha.
Em meio a um panorama de desigualdade em acessibilidade, pois Brasil concentrava a maior parte dos recursos aplicados em saúde na região sudeste, mesmo sendo a área de maior rentabilidade do país, era crescente o numero de clientes das POS. Pois os recursos investidos pelo governo em saúde pública, não atendia a demanda da população ao contrário das redes privadas, que investiam a todo o momento em tecnologia, novos hospitais, exames cada vez mais complexos, infraestrutura e profissionais especializados.
Com Bueno na presidência e acionista majoritário, a Amil passa de uma “recém-formada empresa” para uma “gigante” OPS. E começa a investir pesado em marketing como, a criação do numero telefônico 231-1000, “repetido à exaustão, como um mantra, em todas as nossas campanhas. O número ficou tão fixado na mente do público que era comum recebermos ligações de clientes de concorrentes durante emergências, perguntando como proceder ou aonde ir. Além disso, inspirados numa visita a um resort de esqui na Suíça, começamos a usar aviões e helicópteros para serviços de resgate médico, um produto raramente anunciado ao público em geral, mas altamente eficaz no boca a boca.” Comenta Jorge Rocha, membro do conselho da Amil. Passam a disponibiliza, também, uma rede de assistência, com clinicas, hospitais, laboratórios, médicos próprios e terceirizados, com “uma ampla gama de planos de saúde flexíveis e a preços competitivos para grandes, médias, pequenas e microempresas, além de pessoas físicas de todas as faixas de renda.”.
Em 1993, passa a oferecer planos de abrangência internacional, serviço ainda não utilizado no país por outras OPS. E funda a Dix, “voltada para pequenas empresas e pessoas físicas das classes B e C.”. E não parou por ai, em1999 criou o Total Care, voltado para os clientes que necessitavam de cuidados especiais e acompanhamento médico e o único certificado na América Latina pela Joint Commission;
2000, após novas aquisições, adotou o Sistema Unificado de gestão em saúde, que era voltado para prevenção em saúde;
2007 a Amilpar, uma holdgin;
2009 comprou a Medial saúde;
2010 anunciou a fusão com a MD1, maior empresa de diagnostico da América Latina, que também pertencia a Bueno.
Os planos de seguro atendiam a dois tipos de clientes jurídicos e físicos, de todas as faixas de renda. Oferecendo produtos variados e diferenciados. Divididos em planos individuais, corporativos, coberturas diferenciadas, odontológicos, internacionais, nacionais, regionais... Todos esses planos e produtos eram segmentados em marcas.
Esses planos eram vendidos através de corretores, não fidelizados, que eram treinados e orientados a vender de acordo com a necessidade dos clientes.
Com o Sistema de Saúde Integrada, a Amil vendia uma proposta diferenciada, buscando identificar clientes com problemas crônicos de saúde, e os atendendo conforme suas necessidades médicas exigiam.
Nesse mesmo sistema a Amil passou a implantar os 3 níveis de atendimentos, onde:
“•O Nível I abrangia emergências e serviços de primeiro socorro, com atendimento dos pacientes por médicos contratados em turnos de 6 ou 12 horas. Os médicos eram avaliados por sua conformidade com os protocolos clínicos, com análise diária dos prontuários por um supervisor. Os médicos do Nível I também eram avaliados por sua participação em treinamentos, número de faltas ou atrasos e tempo no emprego.
•O Nível II concentrava-se em consultas por especialidade e dividia-se em duas categorias: prioritária e não prioritária, sendo o nível de prioridade filtrado por atendentes especializados em call centers24 horas. Neste nível, os médicos eram contratados por hora, dependendo da demanda e do impacto sobre os custos médicos. Médicos pertencentes ao Nível II podiam ser promovidos para o Nível III se demonstrassem claro potencial para uma carreira de referência em seu campo. Os médicos eram avaliados por sua conformidade com prontuários eletrônicos e protocolos clínicos
•O Nível III tratava pacientes com doenças crônicas ou em risco de desenvolver tais doenças. Por causa dos riscos e custos envolvidos, qualquer paciente marcado como sendo de Nível III era atendido por um médico altamente capacitado e já associado a algum hospital de boa reputação. Os médicos contratados para trabalhar neste nível de atendimento eram exclusivos da empresa.”
Buscando oferecer uma boa cobertura médica para seus clientes, desenvolve uma rede de prestadores de serviços composta de:
“Rede Terceirizada- A rede de prestadores contratados da Amil tinha mais de 46.604 médicos, 11.122 clínicas, 3.520 hospitais e 12.783 serviços acessórios, como laboratórios e centros de diagnóstico por imagem. Respondia por 70% dos custos médicos da empresa.
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