A Arte da Guerra

A Arte de Guerra

(Resenha Crítica)

Um manual de estratégia escrito em treze capítulos, que ficou conhecido como “A Arte da Guerra”, foi escrito por Sun Tzu, um general- filósofo  que viveu no século IV a.C., na China milenar de Lao-Tsé e Confúcio. Seu conteúdo e informações ainda são atuais mesmo tendo se passado 25 séculos após sua elaboração, e continua sendo um dos livros mais utilizados por  administradores, empresários, políticos e  todos aqueles que necessitam de uma base e /ou princípios  para formular suas estratégias.

Historicamente, vários princípios básicos têm sido desenvolvidos a respeito das estratégias de Tzu que se destacou no comando do exército real Wu e que conquistou inúmeras vitórias.

Ele descreveu vários conhecimentos a respeito de manobras militares, estratégias de combate e táticas de guerra através de uma visão político-militar, no qual o conhecimento sobre o inimigo trouxe uma imensa vantagem competitiva nas guerras. Seus ensinamentos sobre como liderar um exército diante de seus oponentes alcançam todos os confrontos, de exércitos contra exércitos a empresas contra suas concorrentes. Alguns elementos são importantes nesta análise.

 Primeiramente Sun Tzu afirma que obtendo-se cem vitórias em cem batalhas não significa o máximo de excelência; a beleza da excelência está em obter-se uma vitória e subjugar o inimigo sem, no entanto, lutar. Este pressuposto garante uma base na estratégia de que operações militares são eficazes atacando-se a estratégia do inimigo. Fazendo-se uma analogia ao mundo atual dos negócios, pode-se perceber o episódio ocorrido com a parceria que Bill Gates fez com Steve Jobs no momento em que a Apple lançou o Macintosh. Trata-se de uma das facetas mais impressionantes no mundo corporativo, pois, a mídia aponta que Bill Gates se infiltrou na Apple para ter acesso ao computador moderno que estava sendo lançado; acessou aos códigos do sistema operacional do Macintosh, o qual fez algumas modificações na interface gráfica do produto e lançou no mercado antes da Apple com a denominação do sistema operacional de Windows. Sun Tzu descreve exatamente este contexto ao afirmar que um comandante militar deve atacar onde o inimigo está desprevenido e utilizar meios inesperados para surpreendê-lo.

De acordo com Sun Tzu, a guerra não deve implicar em derramamento de sangue, da mesma maneira se comparar ao mundo corporativo quando não é necessário desperdício de recursos. Especialmente, as ações estratégicas de grandes empresas envolvem a realização de objetivos e alcance de metas propostos com o mínimo de custos e em menor espaço de tempo.

O estrategista afirma ainda que a guerra é o local onde a vida e a morte é definida; um Estado, pois, ao declarar guerra, pode estar traçando um caminho para a sobrevivência ou aniquilamento. Por este motivo aponta que a melhor estratégia estar em estudar seu oponente e comparar com sua condição. Atinge-se este ponto com a análise de cinco fatores: caminho, clima terreno, comando e doutrina. O fator caminho implica em envolver as pessoas na batalha no sentido de que apoiarão os interesses do estado, porém compartilharão o medo e dificuldades inerentes a uma guerra; já o fator terreno indica as condições do campo de batalha, se perto ou longe, hostil ou apresenta condições favoráveis que aumentem as chances de sobrevivência; a doutrina refere-se à clareza das regras estabelecidas, a estrutura de comando e hierarquia bem definidos, além do apoio logístico. Dentre seus potenciais de manobra, Sun Tzu evidencia que o ato de dissimular oferece vantagem no campo de batalha, pois, um chefe “se for capaz, deve fingir ser incapaz” e um bom chefe deve, “oferecer uma isca para fascinar o inimigo que procura alguma vantagem”; se o oponente for superior em força, utilize uma estratégia de evasão.