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A Arte da guerra e a comunicação

Por:   •  4/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.042 Palavras (9 Páginas)  •  186 Visualizações

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Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR

Campus de Vilhena

Departamento de Jornalismo - DEJOR

Curso de Jornalismo

Disciplina: Comunicação Comparada

Docente: Prof. Me Marcos Fiori

Discentes: José Teixeira, Elilson Pereira, Quennia Mendes e Peter Rojas

Paralelo entre a Arte da Guerra e a Comunicação.

Como a proposta apresentada é traçar um paralelo entre “A Arte da Guerra” e a Comunicação, optamos por apresentar os princípios básicos elencados por Sun Tzu, e tentar explicar sua aplicabilidade no mundo corporativo da comunicação.

A Arte da Guerra é uma obra brilhante sobre estratégias e maneiras de sobrevivência, independentemente do meio que estejamos inseridos. O livro possui 13 capítulos e 130 páginas, composta de ensinamentos que rompem a barreira do tempo.

Nos últimos anos o livro tem sido usado, por muitos, como um verdadeiro manual para quem quer vencer na vida. A palavra guerra ganhou um sentido mais amplo, se transformou em arte, a arte de sobreviver e vencer.

Se vamos falar de mundo corporativo, não podemos deixar de falar de concorrência. Na comunicação não é diferente, pois é muito comum existir mais de uma instituição atuando no mesmo ramo e disputando clientes. Por exemplo, dois jornais impressos ou dois sites disputando a atenção e a preferência de um determinado público.

O problema se inicia quando a competitividade fica tão acirrada, que as empresas passam a não se preocupar com a ética e a moral. Colocam o lucro em primeiro lugar e afastam a possibilidade de competitividade saudável, o que conduz algumas empresas à busca de alternativas apelativas e até ilegais.

A concorrência não deve ser vista como algo negativo, pois estimula o crescimento das empresas. Mas saber como lidar com a concorrência é indispensável para a sobrevivência de qualquer empresa. Logo conhecer as lições de A Arte da Guerra é indispensável para aprendermos o caminho correto para conviver ou vencer a concorrência.

Feitas essas considerações vamos aos princípios citados por Sun Tzu e suas relações com o mundo corporativo das comunicações. Obviamente que quando nos referirmos à palavra "guerra", aqui ela ganha um sentido mais extenso, o sentido das batalhas diárias pela sobrevivência e desenvolvimento. É a guerra contra nós mesmos, a busca pela paz interior. Vamos então aos 13 capítulos:

No primeiro capítulo (avaliações) Sun Tzu cita a importância da guerra para uma nação, e nos revela 5 fatores que podem ajudar a prever o resultado de uma guerra, que são: o caminho, o tempo, o terreno, a liderança e as regras. Na comunicação, obviamente fazendo as devidas adaptações, esses fatores também são importantes. Nas comunicações é importante liderar, enfrentar os desafios, administrar o tempo, conhecer o mercado que está entrando ou atuando e conhecer a legislação que regula suas atividades para não incorrer em erros primários, que possam comprometer o sucesso do seu negócio. Pontuando esses cinco fatores mais especificamente na rotina diária da produção jornalística, podemos traçar o seguinte paralelo: o caminho, seria a pauta, o tempo nada mais que o dedline que o jornalista tem para percorrer o ‘caminho-pauta’, o terreno são as abordagens e conhecimentos que o repórter precisa ter sobre o tema para trabalhar o assunto corretamente, sabendo exatamente onde está pisando. Liderar na rotina jornalística, bem como ressaltado por Sun Tzu, é imprescindível, pois requer do jornalista audácia na execução da pauta, gerando resultados muitas vezes exclusivos. No entanto, de nada adianta todos esses quatros fatores se o quinto, que são as regras não for cumprido. Em toda produção é necessário o emprego da ética jornalísticas e regras que orientam não só a profissão, mas também o convívio em sociedade. 

No segundo capítulo (combate) Sun Tzu mostra a necessidade de conhecermos nossos pontos fortes e fracos, dar ênfase aos fortes e procurar diminuir os fracos com a aquisição de novas qualidades e habilidades. No mundo corporativo das comunicações isso é fundamental, frente a concorrência é ponto chave saber em que somos melhores, em que estamos bem e, em que precisamos melhorar, para nos tornarmos mais competitivos. As empresas de comunicação que se apropriam desses ensinamentos de Sun Tzu são empresas que sabem, por exemplo, perceber as qualidades de cada profissional, direcionando o comunicador para editorias ou setores do jornal, onde essas pessoas poderão ser melhores aproveitadas e contribuírem muito mais para o crescimento da empresa.

No terceiro capítulo (estratégia de ataque) Sun Tzu diz que: “A habilidade suprema não consiste em ganhar cem batalhas, mas sim vencer o inimigo sem combater”. Aqui o importante é conhecer a si e ao inimigo. Na comunicação isso é um verdadeiro mandamento, você deve conhecer as potencialidades do seu negócio, e conhecer o potencial de sua concorrência. Para vencê-lo ou não ser ameaçado por ele, procure corrigir seus pontos fracos, o segredo não é confrontá-lo, mas se tornar melhor que seu concorrente. Dessa forma, você vencerá sem precisar lutar.

No quarto capítulo (preparação) Sun Tzu disse: “Ser invencível significa conhecer a si mesmo, ser vulnerável significa conhecer ao outro”. Aqui está um segredo importante, se tornar forte para resistir as ameaças do mercado, solidificar a base do seu negócio. Não lance um ataque se tens capacidade de se defender. É um complemento do ensinamento anterior. Na comunicação é essencial saber o que está sendo feito pelo seu concorrente e principalmente identificar se as estratégias do concorrente estão gerando efeito positivo no público, para a partir dessas perspectivas monitorar o que pode ser uma ameaça a curto, médio e longo prazo, possibilitando traçar opções de melhoramento, que nada mais é uma preparação, como destaca Sun Tzu.

No capítulo quinto (propensão) o general de A Arte da Guerra disse: “Existem apenas cinco notas na escala musical, mas suas combinações são inimagináveis, somente cinco cores básicas, mas nunca vimos todas as suas misturas, há cinco sabores, mas suas variações são ilimitadas”. Aqui ele faz alusão a constante necessidade da criatividade, das adaptações e reinvenções tão exigidas no mundo corporativo. É o famoso sair da mesmice. Assim temos um ponto de extrema importância para a comunicação, que vem se tornando um espaço cada vez mais competitivo, se reinventar dentro dessa grande área e acompanhar as mudanças tecnológicas é um enorme desafio que precisa ser vencido. Tomando como base a rotina de produção jornalística, temos assuntos que são explorados religiosamente todos os anos pelas redações, se não houver criatividade dificilmente prenderá a atenção do receptor.

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