A Atividade Avaliativa

Dominar os princípios e técnicas de gerenciamento de projetos de forma eficaz sempre foi uma prioridade para as empresas, que consideram os projetos a essência dos seus produtos ou serviços. Em 1969 foi criado o Project Management Institute - PMI®, uma instituição internacional sem fins lucrativos, com o objetivo de associar especialistas na área de gerenciamento de projetos. O PMI® é responsável pelo Guia PMBOK®, que é uma coleção de práticas recomendadas mais comumente e usadas na maioria dos projetos de todos os tipos. O PMBOK® é atualizado a cada quatro anos por voluntários e profissionais de gerenciamento de projetos de todo o mundo. Sendo a última edição datada de 2020.

O Project Management Office - PMO, escritório de gerenciamento de projetos, é uma estrutura organizacional dentro da empresa, que segue as diretrizes do PMI discriminadas no guia PMBOK que é a expressão escrita das práticas recomendadas para gerenciamento de projetos. Quando é bem implementado é o melhor dos mundos, mas quando não, se torna uma dor de cabeça na empresa. Uma missão importante do PMO é municiar os gerentes com orientações, ferramentas de suporte e metodologias que serão aplicadas ao gerenciamento de projetos. Os PMOs incorporados a uma organização podem ter características corporativas, departamentais ou operacionais. O PMO Corporativo abrange todos os projetos da organização e normalmente está relacionado à estratégia da empresa, o PMO departamental, com maior índice de implementação, auxilia na entrega de resultados em uma determinada área por meio de um portfólio de projetos, e o PMO Operacional funciona como escritório de projetos especializado em gerenciar um projeto ou plano e geralmente encerra no final do plano. É importante destacar que a preocupação do PMO é com questões estratégicas para toda a organização, enquanto o gerente de projetos sempre funcionará gerenciando aspectos específicos de um determinado projeto.

Nas Estruturas Organizacionais do PMO, existem vários modelos, dos vale citar três.

• A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL FUNCIONAL é a mais tradicional e a mais adotada pelas empresas e organizações. Nela há uma hierarquia clara. Cada empregado tem um superior. Além disso, é possível enxergar as diversas funções da organização: marketing, engenharia, contabilidade, etc… Cada departamento fará o seu trabalho de modo independente dos demais. Gerentes de projetos tem pouco poder/influência nesse tipo de estrutura. O poder de decisão é dado aos gerentes funcionais.  

• A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL PROJETIZADA ou orientada ao projeto, composta ou híbrida é uma estrutura otimizada para execução de projetos. As equipes são agrupas por projetos, e não por especialidade técnica. É como se cada projeto fosse uma empresa independente.

• A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MATRICIAL é um modelo a ser aplicado em empresas que almejam uma organização com mais dinamismo e fluidez, livre de burocracia e que se encontra entre os modelos, funcional e projetizada, previamente descritas. É uma estrutura que distribui a responsabilidade e a autoridade, além de criar equipes compostas por profissionais de diferentes especializações. A Organização possui três sub modelos, matricial fraca, matricial por matricial e matricial forte. O nível de classificação varia em função do grau de poder do gerente de projetos. Quando matricial fraca, mais se aproxima do modelo funcional, sendo a autoridade do gerente de projetos baixa. Sendo matricial forte, o poder de influência do gerente tende ao modelo projetizado. Por consequência, o nível de poder do gerente de projetos varia de moderado a alto. Em um meio termo, ocorre o tipo matricial por matricial, conhecida também por balanceada, ou equilibrada. Nesse tipo de organização, a autoridade do gerente de projetos varia de baixa a moderada.

Qualquer que seja o modelo ou estrutura organizacional a necessidade de profissionais com habilidades complementares é essencial e obrigatório para o trabalho em equipe. O atual estágio do mercado de trabalho não admite apenas profissionais só com conhecimento técnico sobre o assunto, mas também habilidades sociais. Assim foram criadas definições para tais habilidades e nomeadas de hard e soft skills. As habilidades hard skills são técnicas que podem ser aprendidas e facilmente mensuradas, sendo mais facilmente medidas ou comprovadas através de diplomas, certificações, provas, testes, idiomas, aprendizagem escolar, cultura através de leitura, curso técnico especializado, entre outros. Já as habilidades soft skills são características pessoais de atitudes, comportamento, vivencia, inteligencia emocional, por exemplo. As soft skills não são comprováveis por certificados e diplomas, por serem relativas a empatia, propensão ao trabalho em equipe, comunicação, persuasão, proatividade, resiliência, resolução de conflitos, liderança, confiança, criatividade e organização.