A COMMERCIAL PAPERS
Por: Fred Tenchini • 24/1/2019 • Trabalho acadêmico • 1.364 Palavras (6 Páginas) • 319 Visualizações
UFRRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
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COMMERCIAL PAPERS
Estudo de caso apresentado na disciplina de Administração Financeira II sobre Commercial Papers, seu significado, utilidades e estudo sobre sua utilização por micro e pequenas empresas.
Discentes: Frederico Pereira Tenchini da Silva e Felipe Ramos de Almeida
Matrícula – 201661011-3 e 201611551-1
Rio de Janeiro, 24 de Novembro de 2017.
1 – INTRODUÇÃO
Commercial paper ou Nota Promissória é um título privado emitido por companhia nacional ou internacional para o financiamento de curto prazo de suas necessidades de capital de giro, possuindo a mesma finalidade de uma debênture, pois ambos são opções ao empréstimo bancário, para a captação de recursos através da emissão de valores mobiliários. O prazo de vencimento é de 30 a 360 dias.
Uma das vantagens para a empresa emissora é a possibilidade de captação de recursos diretamente de investidores, podendo obter taxa inferiores às taxas praticadas em empréstimos bancários devido à eliminação da intermediação financeira bancária (spread), além da isenção de IOF.
Os custos de emissão destes títulos são, em geral, formados pelos juros pagos aos aplicadores, comissões e despesas diversas (publicações, taxas de registro CVM, etc).
A possibilidade de emissão de Commercial Paper é garantida apenas a empresas com índice de endividamento[1] inferior a 1,2. No caso da nota promissória, não há garantia real, logo, é um instrumento para empresas com bom conceito de crédito.
A questão a ser abordada neste trabalho é a possibilidade de aplicação desta ferramenta de captação em uma empresa como forma de reduzir seus custos com o financiamento de sua produção ou serviços, bem como analisar o mercado desses papéis durante os últimos anos no Brasil.
2 – APLICAÇÃO EM PEQUENAS EMPRESAS
Segundo Comissão de Valores Mobiliários - CVM[2], todas as companhias e sociedades limitadas podem emitir notas promissórias, desde que disponham em seu respectivo estatuto ou contrato social a competência para a emissão destas.
Nos últimos anos, muitas empresas têm optado pela emissão das notas como alternativa para rolar suas dívidas a condições mais favoráveis e também para o financiamento de suas atividades. Porém, quase a totalidade dos recursos movimentados por esta linha de financiamento partem de grandes empresas.
Trata-se também de uma opção para que micro e pequenas empresas tenham acesso a financiamento com taxas favoráveis, bem como a captação de investimentos em sua operação.
Devido a cultura organizacional vigente na maioria das empresas, bem como a visão de negócio dos empreendedores, esta modalidade ainda é pouco explorada. Ainda em nosso país existe a cultura da obtenção de recursos apenas através das linhas de empréstimo oferecidas por bancos comerciais.
Um exemplo desta diferença é a obtenção de financiamento por um banco comercial, onde as taxas de juros para linhas de capital de giro até 365 dias variam de 10,07% a 34,14% a.a. Enquanto isso, segundo a Istoé Dinheiro, em sua edição de 24/11/2017, a última previsão para o CDI anual é de 7,39% a.a.
Supondo-se que o departamento financeiro desta empresa tenha identificado a necessidade de capital de giro de R$ 500.000,00 para os próximos 360 dias, e estudou as seguintes condições para obter recurso através da emissão de commercial paper.
- Valor: R$ 500.000,00
- Prazo: 360 dias
- Taxa de Registro CVM: 0,4%
- Despesas diversas com publicação e distribuição: R$ 1.250,00
- Custo de oportunidade para o investidor do commercial paper: CDI (7,39% a.a.)
Fluxo de Caixa da Emissão
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500.000,00 (CE – Captação pela emissão)[pic 3]
0 360 dias
3.250,00 (DE – Despesas de Emissão) 536.950,00 (RE – Resgate)
[pic 4]= 8,09% a.a.
Comparando a taxa real efetiva obtida por esta emissão, podemos observar que a nota promissória se mostra uma opção mais vantajosa para a empresa do que o financiamento bancário, visto que a melhor taxa encontrada que foi de 10,07% em instituições financeiras ainda são mais altas que a taxa da emissão.
Cada caso deve ser avaliado individualmente, levando-se em conta o custo de oportunidade encontrado e as taxas reais efetivas da operação, antes da tomada de decisão pela linha de crédito ideal.
Para os investidores, conseguir uma taxa de 100% do CDI só seria possível em aplicações de valor superior a R$ 500.000,00 nos bancos comerciais, logo, a compra de commercial papers nessas condições se mostra uma opção atrativa para ambas as partes.
Observa-se que a emissão de notas promissórias por pequenas empresas se mostra como excelente alternativa para a captação de recursos, onde a relação ganha-ganha se encontra presente, o que favorece às partes envolvidas como opção aos bancos tanto para investimento, quanto financiamento.
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