A CONTRIBUIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES
Por: Eberty Alves • 30/5/2017 • Resenha • 2.726 Palavras (11 Páginas) • 618 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
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EBERTY, FELIPE, VINÍCIUS, NYGUEL, THALES
A CONTRIBUIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES, Carvalho, Sílvio (2002)
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
ILHÉUS - BAHIA
2017
1 A CIÊNCIA ADMINISTRATIVA E AS ORGANIZAÇÕES
Peter Drucker, um austríaco graduado em direito internacional, com seu pioneiro ponto de vista sobre gestão, levou a administração a uma posição de destaque no cenário mundial. Ele considera que a administração como obra distinta, como disciplina escolar e como área de estudo específica possa ser talvez a mais importante inovação realizada pelo homem nos últimos cem anos.
A administração se consolidou como ciência organizada e estudada principalmente após o lançamento das ideias de Peter Drucker em 1954, entretanto surgiram na primeira metade do Século XX vários ícones do pensamento administrativo que de várias formas contribuíram para o desenvolvimento da ciência administrativa e consequentemente das organizações, cada qual centrada em seu foco ou esfera particular.
Esse período ficou posteriormente conhecido como o período do surgimento das teorias da Administração Científica. As diversas correntes filosóficas foram surgindo ao longo da história, e os vários filósofos organizavam suas ideias em torno de uma ênfase central, a partir de observações empíricas realizadas junto às empresas e organizações emergentes da época.
Taylor, um engenheiro mecânico de uma metalúrgica na Filadélfia (EUA), foi o precursor da teoria clássica da administração ao introduzir nas organizações um método científico para o trabalho dos operários, baseado na divisão, especialização e no controle da produção, que ajudaram a criar o padrão de vida mais elevado já registrado no mundo até aquele momento.
Henry Fayol é considerado o pai da administração moderna, pois estabeleceu os princípios gerais da administração e foi o primeiro a tentar limitar e esclarecer as funções do administrador, separando a habilidade de administrar do conhecimento tecnológico.
Max Weber, outro importante teórico da abordagem clássica, foi um sociólogo alemão que centrou seus estudos na organização formal e na burocracia racional dentro das organizações. O estudo da burocracia feito por Weber procurava estabelecer regras sistemáticas que ofereceriam estrutura, estabilidade e ordem às organizações. À medida que as organizações cresceram em tamanho e se tornaram mais complexas, o instrumento capaz de oferecer a eficiência às organizações era a burocracia apontada por Weber.
A abordagem clássica da administração impulsionou as organizações para o caminho do desenvolvimento ao fornecer subsídios aos gestores para o controle da organização apoiados principalmente na ideia da eficiência na produção. Buscava-se a todo momento estabelecer a melhor relação custo versus benefício e obter a melhor utilização dos recursos disponíveis para produção, tanto materiais quanto humanos. A ênfase deste período era centrada nos meios de produção, em busca dos resultados eficientes. Esta abordagem gerou automaticamente uma corrente de pensamento diversa centrada nas relações humanas organizacionais.
O quadro da evolução do pensamento administrativo na primeira metade do século passado era dialético. De um lado, engenheiros e matemáticos mantinham o foco na eficiência da produção, de outro, psicólogos e sociólogos focavam na satisfação e motivação dos recursos humanos. Essa dicotomia persiste até hoje na administração, entretanto é natural que se busque uma integração entre as duas correntes.
As organizações passaram a demandar teorias mais eficientes e pragmáticas que acompanhassem o acelerado ritmo de desenvolvimento que apresentavam na época. Aumentaram o número de escolas de administração na América, e começaram a surgir várias outras na Europa. Foi nesse ritmo de valorização da administração que começaram a surgir vários estudos que aproximavam as duas correntes complementares, a clássica e a das relações humanas.
Ainda nos anos cinquenta, houve uma tentativa por parte de vários psicólogos e sociólogos de consolidar o enfoque das relações humanas nas teorias das organizações. Esses estudos se originaram na psicologia organizacional e acabaram formando a escola comportamentalista (behaviorista) de pensamento administrativo.
Desse instante em diante a habilidade dos administradores e a qualidade da administração exercida passou a andar lado a lado com o processo de desenvolvimento das organizações. Várias outras teorias surgiram desde então, muitas delas apoiadas na visão sem precedentes de Drucker.
2 A VISÃO HOLÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO
Atualmente, a dicotomia da administração entre o produtivo e o humano está debilitada, em prol de uma visão holística da gestão organizacional. Essa visão holística refuta os princípios universais da administração pela afirmação de que uma variedade de fatores, internos e externos afetam no desempenho da organização. O fato é que no presente não existe uma única só maneira de administrar e organizar, pois, as circunstâncias variam de acordo com o ambiente no qual a organização está inserida.
O grande desafio para o futuro do pensamento administrativo é a integração completa entre a eficiência e a eficácia organizacional. A procura por eficiência, desde os tempos de Taylor, satisfaz os aspectos internos das organizações, com ênfase nos meios de produção, procurando a melhor utilização dos recursos disponíveis com vistas à maximização da relação custo-benefício.
Por outro lado a organização eficaz é aquela capaz de satisfazer a necessidade da sociedade por meio de suprimento de seus produtos e a que alcança seus objetivos através dos recursos disponíveis. A ênfase da organização eficaz está nos resultados, nos fins e não nos meios, e leva em conta os aspectos externos da organização, o ambiente ao seu redor. Uma organização será eficaz se satisfizer os grupos que formam o ambiente externo, como os consumidores, fornecedores, concorrentes e órgãos reguladores.
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