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A CORRELAÇÃO ENTRE A EXPANSÃO DE CRÉDITO, O ENDIVIDAMENTO FAMILIAR E A INFLAÇÃO

Por:   •  28/8/2016  •  Projeto de pesquisa  •  1.411 Palavras (6 Páginas)  •  344 Visualizações

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE GESTÃO E ECONOMIA

BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

AVATAR MARQUES ZAHDI

TAMILES DA SILVA LENZ DE MORAES

A CORRELAÇÃO ENTRE A EXPANSÃO DE CRÉDITO, O ENDIVIDAMENTO FAMILIAR E A INFLAÇÃO

Curitiba - PR

2016

AVATAR MARQUES ZAHDI

TAMILES DA SILVA LENZ DE MORAES

A CORRELAÇÃO ENTRE A EXPANSÃO DE CRÉDITO, O ENDIVIDAMENTO FAMILIAR E A INFLAÇÃO

Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de Metodologia da Pesquisa do curso de Bacharelado em Administração da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR como requisito para aprovação.

Orientador: Profº. Thiago Nascimento.

Curitiba - PR

2016

SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        4

1.1  JUSTIFICATIVA        4

2        REFERENCIAL TEÓRICO        5

2.1 INFLAÇÃO        5

2.2 ENDIVIDAMENTO FAMILIAR        6

3 _        METODOLOGIA        7

4        CRONOGRAMA        8

5        REFERÊNCIAS        9

  1. Introdução

O presente trabalho tem por objetivo identificar se existe  correlação entre a facilidade na obtenção de crédito vinculadas à lojas de departamentos, o aumento do endividamento familiar e de inadimplência por parte dos clientes e o aumento da inflação.

Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mais de 60% das famílias brasileiras possuem algum tipo de dívida parcelada, decorrente da facilidade na obtenção de crédito através de diferentes fontes de financiamento, tais como o cartão de crédito (76,1%), o carnê (16,9%) ou o financiamento de automóveis (13,7%). Como consequência dessa facilidade na obtenção de crédito e endividamento familiar, aliado à falta de uma educação financeira, quase 21% dessas famílias possuem dívidas em atraso e que 7,7% são incapazes de quitar essas dívidas, gerando uma parcela de clientes inadimplentes.

Portando, a fim de proteger-se dessa previsão recebíveis que não serão pagos, as empresas embutem no valor a vista da mercadoria uma parcela de juros projetado (não real), o qual está sujeito ao efeito cascata, isso é, em cada etapa do processo de venda é acumulada uma nova parcela de juros, aumentando o valor final do produto e reduzindo o poder de compra da população em geral.

  1. Justificativa

                O desenvolvimento da pesquisa apresentada tem por motivação identificar se existem parâmetros cujas correlações possam levar às elevadas taxas de juros ao qual o Brasil é submetido, além de criar novas possibilidades de perspectivas de análises para futuras pesquisas, bem como sugerir testes empíricos para a comprovação ou refutação das hipóteses.

                Espera-se que os resultados obtidos possam ser utilizados como base para o desenvolvimento estratégico de políticas econômicas sustentáveis, aumentando o poder de compra da população e melhorando a sua qualidade de vida, a partir de um gerenciamento mais eficiente do capital familiar, além de uma redução do ciclo operacional das empresas brasileiras, gerando um aumento de capital circulante, conforme a teoria de análise DuPont.

  1. Referencial Teórico

2.1) Inflação

Em sua publicação Intervencionismo, Uma Análise Econômica, Ludwig Von Mises define o inflacionismo como sendo a prática do aumento dos preços praticados pelo mercado ou da compensação da queda do poder de compra de uma moeda provocado pelo aumento da oferta de bens de consumo.

Para uma melhor compreensão sobre o assunto é necessário tomarmos por base uma lei fundamental da teoria econômica, a qual nos diz que a quantidade de moedas de troca em um sistema econômico não é relevante para o seu poder aquisitivo, pois este, ao longo prazo, é determinado pelo equilíbrio entre a oferta e a quantidade demandada dessa moeda. Essa teoria mostrou-se mais uma vez válida em 2015, quando, segundo uma reportagem do portal de notícias g1, uma pessoa poderia ser facilmente chamada de milionária no Zimbábue, tendo em vista que 175 quadrilhões de dólares zimbabuanos (175.000.000.000.000.000) possuía o mesmo poder de compra de cinco dólares americanos (U$ 5,00).

Logo, a função da moeda é o de ser um denominador comum para as obrigações e direitos, não importando se esse valor é de 1.000, 1 milhão ou 100 milhões, uma vez que a única diferença será a base utilizada e, no último caso, os preços e salários serão apresentados por uma maior quantia de unidades monetárias.

As consequências inflacionárias para uma sociedade possuem duas raízes principais, que são o valor do dinheiro no tempo, o qual é benéfico para os devedores, porém prejudicial para os credores, uma vez que vende-se um bem ou serviço a um preço subestimado, pagando-se o valor real (atualizado pelo valor da inflação) da matéria prima e/ou investimentos, e a intensidade com que os diferentes segmentos do mercado percebem e sofrem com essa mudança, além de existir uma variação temporal (delta t) para a atualização dos preços de venda, na qual algum elo da cadeia econômica estará sempre perdendo.

Algumas escolas econômicas defendem a existência de uma inflação controlada, com a justificativa de ser uma ferramenta capaz de favorecer os mais pobres às custas dos mais ricos, porém isso não é verdade, tendo em vista que nos dias de hoje aqueles que possuem um maior poder econômico, de maneira geral, realizou diversos investimentos em indústrias, propriedades e ações, tornando-se o devedor e não o credor, pois agora quem assume esse papel é a população com menos recursos financeiros, através de suas aplicações em poupanças e do dinheiro guardado na previdência social.

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