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A Comunicação Empresarial

Por:   •  24/6/2015  •  Resenha  •  5.291 Palavras (22 Páginas)  •  181 Visualizações

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Percursos paradigmáticos e avanços epistemológicos nos estudos da comunicação organizacional.

- trata da importância da comunicação e que os estudos se baseia tanto nos agentes acadêmicos quanto na produção e vivencia do mercado profissional.

- A Comunicação Organizacional

Uma disciplina que cresceu ao longo do século XX e inicio do século XXI, pode ser considerada um campo acadêmico de múltiplas perspectivas.

Na contemporaneidade

Ponto de reflexão: pensar o mundo estruturado, político e econômico,

a importância que as empresas e organizações têm na sociedade capitalista contemporânea. Razão suficiente para validar a importância e atualidade da comunicação organizacional, tanto interna quanto externamente.

Pensar sobretudo, a confirmação do caráter instrumental e secundador da comunicação e de seus suportes e ferramentas.

Raízes dos estudos

Tem suas raízes em vários campos, teoria das organizações, sociologia, psicologia social e organizacional, antropologia, da linguística e da retórica.

Os estudos de comunicação surgiu no Estados Unidos, país com

maior tradição nos estudos e pesquisas.

Primeiros estudos

- Buscou dar uma forma mais apropriada aos trabalhos antes realizados pelos integrantes da “escola de relações humanas” – Elton Mayo e outros- e da “escola da teoria dos sistemas abertos” – Daniel Katz e Robert Kahn- que complementa a teoria humanista. Outro destaque se refere ao trabalho pioneiro de chester Barnard, em “função dos executivos”, quando chamou a atenção para a importância da comunicação no processo e cooperação humana nas organizações.

 - 1950:

Década da Cristalização dos estudos; Ênfase na comunicação de negócios e na capacidade de comunicação dos executivos; Surgem os primeiros doutorados, departamentos de comunicação nas universidades americanas; Os termos de pesquisa, em geral, concentraram-se em demonstrar a causalidade entre os processos de comunicação e a eficácia e produtividade corporativa, além de cobrir áreas como difusão de informação, comunicação ascendente e descendente, redes comunicacionais, técnicas para melhorar habilidades comunicativas e assuntos relacionados às escolas de relações humanas.

- Década de 60-1980

A sistematização dos primeiros estudos; Primeiros trabalhos de 'estado da arte', com foco nos aspectos administrativos;  Predominava a visão instrumental da comunicação;Ênfase na Comunicação interna; Novas ideias a partir de Redding: princípios da comunicação aplicadas às organizações; Tradições da pesquisa em comunicação organizacional, por Putnam e Cheney identificaram duas áreas de pesquisas:

1.Fluxos de informações (redes comunicacional). 2.Fatores perceptivos e comportamentais: foco em questões como eficácia, produtividade, controle sobre os empregados e relações humanas.

- Década de 1980:

Alternativas e mudanças de paradigmas, Sai vertente funcionalista, entra Teoria Crítica; Prioridade nos aspectos interpretativo vigoram a ênfase nas práticas cotidianas, construção social, interações entre as pessoas e processos simbólicos; Comunicação e organização estão interligadas. Smith(1993). Ruth Smith, propõe Três olhar para estudar as relações entre organizações e comunicação: Contenção (a comunicação como recipiente dentro da estrutura organizacional), Produção (como as organizações elaboram a comunicação e coproduzem) e a de  Equivalência (comunicação e organização como um só fenômeno). Uma forma interessante de ver e tentar compreender a complexidade da comunicação ocorre nas organizações é fazer uso de metáforas, como propõem alguns autores, ao compararem essa comunicação em sete itens: conduíte ( as organizações tratam a comunicação como recipiente para transmitir informações e a veem simplesmente como um instrumento e de forma linear), Lente ( a comunicação passa por um processo de filtragem, podendo ser distorcida e manipulada pelas pessoas nas organizações), Linkage ( relacionada ao estudo das redes e de seus papeis), performance ( tem como foco a interação social e os significados compartilhados, entre emissores e receptores), símbolo ( função da comunicação como bens simbólicos, ritos, valores, representações), voz ( focalizada como forma de expressão ou supressão das vozes pelos membros das organizações) e por ultimo discurso( evidencia a comunicação como conversação e linguagem, além dos atos discursivos e das práticas discursivas em geral). A comunicação que ocorre nas organizações deve ser considerada como base em várias vertentes e em um contexto de complexidade muito maior do que se imagina.

- Anos 1980-90

Convergências dos estudos e avanços; Expansão dos estudos em comunicação organizacional; Busca-se a conceituação do objeto de estudo; Novos modos de abordagem; Avanços como disciplina acadêmica.

- década de 2000

As múltiplas perspectivas dos estudos,Identidade interdisciplinar e Foco nas teorias da comunicação.

- Paradigmas vigentes e determinantes

Modelo mecanicista é o que tem predominado na comunicação organizacional, esse paradigma considera e avalia a comunicação a partir do prisma funcionalista e da eficácia organizacional, bem como parte da premissa de que o comportamento comunicativo pode ser observável e tangível, medido e padronizado. Preocupa-se com as estruturas formais e informais de comunicação e com as práticas em função dos resultados, deixando de lado as análises dos contextos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e organizacionais.  A perspectiva interpretativa considera as organizações como culturas. A organização é um fenômeno mais subjetivo do que objetivo e a sua realidade é socialmente construída por meio da comunicação. Baseia-se nos símbolos e significados compartilhados e envolvidos em várias formas de comportamento organizacional.  Perspectiva interpretativa: alinhada a perspectiva pós-moderna, observa os aspectos da cultura e fenômenos da realidade.

Perspectiva crítica: uma visão dialética.

A perspectiva crítica depende de uma visão dialética- trabalha com as relações de poder. A organização é percebida como uma arena de conflitos e o foco está nas classes oprimidas. Insere-se a questão de gênero, avaliando-se como as organizações são dominadas pelo patriarcalismo.  As perspectivas interpretativa e crítica são formas de abordar a comunicação organizacional de maneira mais complexa do que na visão funcionalista, que parte de uma concepção linear simplista e reducionista.

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