Trabalho e Desemprego no Brasil Atual
Por: Widy Santos • 28/11/2018 • Trabalho acadêmico • 2.035 Palavras (9 Páginas) • 226 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Esse trabalho veio com o propósito de discutir sobre o fenómeno social do desemprego no Brasil. A falta de emprego é uma forte e evidente demonstração do desajuste social e político pelo qual nosso país está passando. O mundo do trabalho por sua vez vem passando por diversas mudanças, para o trabalhador essas transformações tiveram várias consequências, entre ela, a exclusão social, que representa muitas vezes muito mais do que está fora do mercado de trabalho formal, configura também uma descrença em si mesmo.
Via de regra o trabalhador brasileiro não busca melhorias em seu desempenho como profissional e isso o desqualifica para alguns tipos de emprego, as indústrias, as grandes empresas estão cada vez mais se utilizando de tecnologias, usando máquinas novas e complexas que pedem profissionais aptos para utilizá-las. A inclusão digital também é um fator prepoderante para a exclusão do mercado de trabalho. Tudo isso vem agravado pela falta de inserção de políticas públicas que contemplem o trabalhador propocionando a eles novos cursos e capacitações.
Em nosso país existe ainda um fator grave que vem minando o campo do mercado de trabalho que é a crise financeira que se encontra no mundo todo, mas aqui no Brasil é agravada pelo momento crítico que envolve a classe política. Crise social e crise política estão intimamente ligadas e depende elas de uma mútua e profunda mudança.
Esse trabalho objetivou analisar as diversas faces que permeiam a problemática do desemprego no Brasil e se justifica na importância de que o profissional em Serviços Sociais deva estar a par de como se apresenta a sociedade e a realidade da comunidade ao qual ele está inserido e que esse conhecimento o capacite para que ele possa desenvolver políticas públicas para o enfrentamento das questões que envolvem sua comunidade.
Metodologicamente esse trabalho é de caráter bibliográfico, foram consultados livros e artigos da internet nos embasamos nas teorias de autores como: Barbosa et al (2014), Sanches (2014), Braun e Kernkamp (2010), Batistute (2009) entre outros, fortalecendo o debate, sobre a crise do trabalho no Brasil.
2 DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento do mundo contemporaneo está intimamente ligado a grande concentração de pessoas vivendo nas cidades. Mediante informações contidas no último Censo demográfico, “[...] quase 85% dos brasileiros vivem em áreas urbanas” (SANCHES et al, 2014, p. 132).
Frente a essa realidade vem acompanhado um crescente número de pessoas sem emprego formal, com carteira assinada trabalhando na informalidade, são vendedores ambulantes, diaristas, cozinheiras, pedreiros entre tantos outros. O governo brasileiro não se preparou adequadamente com políticas públicas e com uma gestão mais democrática, humanizada, social, ética e honesta para atender essa demanda.
Vale ressaltar que neste campo de planejamento social temos um governo deficitário, a população brasileira não tem educação e saúde pública que contemple suas reais necessidades; não tem lazer, condições de moradia e de trabalho adequadas que proporcione uma vida digna e igualitária a todos. Falta-nos muita coisa para sermos considerados um país justo, apesar de sermos conhecidos como um país rico.
A onda de desemprego que o Brasil – e o mundo – está vivendo advém das mais diferentes ordens, como o capitalismo, o poder financeiro retido em um pequeno grupo de pessoas, empresas que só visam lucros, processo de tecnologia mais avançadas nas indústrias, falta de capacitação do trabalhador para exercer novas áreas de trabalho, assim como, o trabalhador ser um profissional polivalente.
Tudo isso agravado por uma política suja e corrupta que impede o crescimento de nossas empresas e a vinda de investidores estrangeiros por motivos de uma carga tributária muito alta. Em resumo essa precarização na atualidade é resultado das profundas transformações societárias no mundo do trabalho da política e nas novas e antigas funções do Estado por meios das Políticas Sociais.
A crise financeira que gera o desemprego tem sido uma das condições que interferem basicamente para uma alta nas taxas de juros como também para a redução dos direitos e uma nova formulação das condições gerais do contrato de trabalho.
O capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos. O processo de produção no capitalismo tem passado por várias mudanças durante a história para manter o padrão de acumulação que é o seu fim maior. Dessa forma foi adotado uma flexibilização das condições e relações de trabalho bem como dos direitos do trabalhador uma das suas formas de expressão, em meio as altas taxas de desemprego.
A estratégia foi a adoção de uma flexibilidade nos padrões de produção para atender as tendência e demandas do mercado. Para isso era necessária também uma mudança no perfil do trabalhador, exigindo que este fosse mais flexível, polivalente, podendo exercer várias funções, com um salário manor, evitando a epansão da folha de pagamento (BRAUN e KERNKAMP, 2010, p. 03).
Em consonância com o supracitado inferimos que o desemprego e o capitalismo são fatores que andam juntos e que afetam dessa forma toda a população através dos índices crescentes do desemprego existente. Este fato causa preocupações e tem como ploblemática o não crescimento da economia do país e como consequência a não geração de empregos.
Em síntese o capitalismo influi na oferta de trabalho porque influência cada vez mais o indivíduo (trabalhador) a sempre querer mais, não estando satisfeito com o que já tem procura mais empregos, dessa forma acaba tirando a oportunidade de outros trabalharem. Dessa forma ao se tratar de desemprego podemos pontuar que o mesmo pode indicar um agravamento das expressões da questão social gerando assim mais um queda em relação à qualidade de vida dos indivíduos.
Isso posto, refletimos que o mercardo de trabalho brasileiro vem sentindo fortemente abalos com a recessão econômica que o país atravessa. E ainda acrescentamos que a economia brasileira está fortemente inter-ligada a política e que ainda não há como sair da crise econômica sem resolver a política.
O desemprego, as taxas de pobreza e as denúncias de corrupção são constantes. Tal conjetura é explicitada por Paulo Neto (2004, p. 08) como: “Nunca na história brasileira, a oligarquia financeira pôde satisfazer em tal magnitude a suavoracidade” (BRAUN e KERNKAMP, 2010, p. 07).
O que se contabiliza é que a economia de certa forma seja refém da política. A crise e incerteza
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