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A ESTRUTURAÇÃO DE INDICADORES PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE CIDADE INTELIGENTE

Por:   •  6/6/2021  •  Artigo  •  6.263 Palavras (26 Páginas)  •  232 Visualizações

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ESTRUTURAÇÃO DE INDICADORES PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE CIDADE INTELIGENTE

Rafael de Lima – Mestrando

Dr. José Baltazar Salgueirinho de Osório Guerra – Professor Orientador

rafael26718@gmail.com

Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul.

RESUMO

A presente pesquisa tem como objetivo estruturar categorias e indicadores para elaborar um Plano de Cidades Inteligentes. Como base teórica para elaboração destes indicadores foi realizada uma pesquisa de 10 (dez) modelos internacionais de análise de Cidades Inteligentes, quais sejam: Grow Smarter, Connected Smart Cities, Smart Cities Council, Easy park, Cities in Motion Index, Modelo de Barcelona, European Commission, Policy and Regulation Issues for India, Smart Cities Plan e United Smart Cities. Metodologicamente, esta pesquisa é considerada teórica ou básica, com objetivo exploratório, de abordagem qualitativa, procedimentos de coleta por meio de pesquisa bibliográfica, sendo aplicado os indicadores para o município de Florianópolis, que é considerado o estudo de caso. No que tange aos resultados desta pesquisa, pela intersecção de categorias, indicadores e subindicadores dos modelos foi possível propor um modelo, nominado de Modelo Ilha do Silício (MODIS), para implantação de Plano de Cidade Inteligente abarcando as categorias: Transporte e mobilidade, Planejamento urbano, Governança, Tecnologia da informação e comunicação, Qualidade de vida, Economia criativa e Meio ambiente; abarcando 20 indicadores e 74 subindicadores. Por fim, considera-se que o MODIS pode ser aplicado de forma comparativa entre cidades, em diferentes períodos cronológicos, e comparando apenas uma categoria analítica entre cidades.

Palavras-chave: Cidades Inteligentes, Indicadores, Desenvolvimento Sustentável.

STRUCTURING INDICATORS FOR THE DEVELOP A SMART CITIES PLAN

ABSTRACT

This research aims to structure categories and indicators to develop a Smart Cities Plan. As a theoretical basis for the elaboration of these indicators, a survey of 10 (ten) international models of analysis of Smart Cities was carried out, which are: Grow Smarter, Connected Smart Cities, Smart Cities Council, Easy park, Cities in Motion Index, Barcelona’s Model, European Commission, Policy and Regulation Issues for India, Smart Cities Plan, and United Smart Cities. Methodologically, this research is considered theoretical or basic, with an exploratory objective, a qualitative approach, with collection procedures through bibliographic research, applying the indicators for the municipality of Florianopolis, which is considered the case study. Regarding the results of this research, through the intersection of categories, indicators and sub-indicators of the models, it was possible to propose a model, called the Silicon Island Model (MODIS), for the implementation of the Smart City Plan covering the categories: Transport and mobility, Planning urban, Governance, Information and communication technology, Quality of life, Creative economy and Environment; covering 20 indicators and 74 sub-indicators. Finally, it is considered that MODIS can be applied comparatively between cities, in different chronological periods, and comparing only one analytical category between cities.

Key words: Smart Cities, Indicators, Sustainable Development.


1. INTRODUÇÃO

Este excerto visa trazer a contextualização, problema de pesquisa e objetivos geral e específicos desta pesquisa com a finalidade de apresentar o tema e preparar o leitor para a fundamentos teóricos que embasam a pesquisa.

De acordo com o banco de dados dos Indicadores de Desenvolvimento Mundial (WDI), emitido pelo Banco Mundial, a proporção de população urbana alcançou 53,857% em 2015 e previa-se que esse número chegasse a 60% até 2030. Em particular, foi sugerido que esse número aumentaria significativamente nos países em desenvolvimento, como a China. No entanto, é amplamente apreciado que a rápida urbanização gerou muitos problemas, como falta de energia, poluição ambiental, congestionamento no trânsito, desigualdade social, indisponibilidade ou escassez de serviço público e perda de terras. Esses problemas tornam as cidades desordenadas e desorganizadas, além de dificultar o crescimento das mesmas (SHEN et al, 2018).

Neste sentido, a ideia de uma cidade inteligente é um motivador para o desenvolvimento de políticas que contribuam para uma sociedade melhor e, consequentemente, para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Corroborando, pode-se enfatizar que a base das cidades inteligentes é a combinação de capital humano, capital social e informação, com o uso de infraestrutura de tecnologia da comunicação, a fim de gerar desenvolvimento econômico, melhorar o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas (GUIMARÃES et al, 2020).

Cidade inteligente não é um conceito estritamente definido (SOLANAS et al., 2014), mas é um termo comumente usado para se referir à convergência de tecnologia e cidade (YIGITCANLAR et al., 2018). Em síntese, cidades inteligentes estão na interface entre as dimensões social e tecnológica (ANAND; NAVÍO-MARCO, 2018), com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos habitantes (CHEN, 2010).

Embora a grande maioria da população urbana reside nessas cidades pequenas e médias, o foco principal da pesquisa urbana tende a estar nas metrópoles “globais”. Como resultado, os desafios das cidades de tamanho médio, que podem ser bastante diferentes, permanecem inexplorados até certo ponto. As cidades de tamanho médio, que precisam enfrentar a concorrência das metrópoles maiores em questões correspondentes, parecem estar menos bem equipadas em termos de massa crítica, recursos e capacidade de organização.

Uma das metodologias internacional para identificar cidades inteligentes, coordenada pelo Centro de Globalização e Estratégia do Instituto de Estudos Superiores, da IESE Business School, da Universidade de Navarra, na Espanha, considera nove parâmetros: “capital humano (capacidade de cultivar, desenvolver e atrair talentos), coesão social (consenso entre os diversos grupos de uma cidade), economia, meio ambiente, governança, planejamento urbano, alcance internacional, tecnologia e mobilidade e transporte (categoria que integra a facilidade de movimento e o acesso a serviços públicos).” (ESTADÃO, 2021). Esta metodologia avalia 174 cidades em 80 países, e no Brasil a melhor colocada é Curitiba, na posição 138.

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