A Educação à Distância

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA- UFSC

Curso de Especialização Em Gestão em Saúde - PNAP

Educação à distância - Polo Joinville

Disciplina: Estado, Governo e Mercado.

Módulo: Básico

Carga Horária: 30 h

Créditos: 2

Prof.: Silvio Antônio Ferraz Cário

Aluno: Christiane Maschio Romais

Data: 01/09/2017

ATIVIDADE 1 AVEA

Faça um texto síntese – em torno de duas páginas – do artigo “O papel do Estado e os paradigmas econômicos na América Latina”, de autoria de Enrique V. Iglesias, publicado na revista da CEPAL – número especial.

O artigo aborda a análise de dois modelos econômicos, referente ao papel do Estado, os quais prevaleceram na America Latina na segunda metade do século XX: o paradigma Cepalino e o Consenso de Washington, e faz uma referência a questão social por um novo tipo de Estado, descrevendo requisitos e objetivos os quais facilitem o funcionamento eficaz do mercado diminuindo as desigualdades sociais.

Segundo o autor, as análises iniciaram-se com o centro de pesquisas da CEPAL, onde resultou num grande estudo e conhecimento da complexidade econômica de cada país da America Latina e de seu ambiente internacional. Dessas pesquisas, concluiu-se que o subdesenvolvimento econômico é muito mais complexo do que se pensava. Entendeu-se que se devia evitar simplificar excessivamente as realidades existentes em busca de paradigmas, as quais sacrificavam a realidade e estavam presentes em quase todas as formulações teóricas e suas respectivas propostas de política econômicas e sociais, em beneficio da elegância matemática e formal dos textos. Para não cometer novos deslizes, era necessário incluir no processo, profissionais habilitados certificando a coerência de modelos econômicos, assegurando a ligação entre racionalidade da economia com as exigências da realidade social e política, resultando em uma visão integral da realidade sobre a qual aplicar as políticas econômicas e sociais relevantes.

No artigo o autor aborda dois dos principais paradigmas de política econômica dos últimos 50 anos. O paradigma CEPALINO e do CONSENSO DE WASINGTON.

O modelo Cepalino foi o primeiro grande encontro entre estado e paradigma que nossa geração observou na America latina. O quadro desse paradigma incluiu um conjunto de ideias formas tais como: a) Enquadramento do paradigma na relação entre centro e periferia, b) Orientação do desenvolvimento para dentro, c) Papel da tecnologia, d) Industrialização substitutiva, e) Papel ativo do Estado. Ou seja, o Estado deveria cumprir o papel de protagonista, criando ministérios especializados, escritórios de planejamento e bancos de desenvolvimento. A ampliação e fortalecimento estatal foi o instrumento básico da política econômica, e o desenvolvimento impulsionado por essa estratégia transformou o perfil econômico e social latino americano, intensificando o processo de urbanização. Houve aumento de empregos no setor publico. A população urbana alcançou níveis de renda crescentes e sensivelmente mais altos que os do âmbito rural. Porém, a America latina não teve o mesmo desenvolvimento que os quatro países rotulados como “tigres asiáticos’, os quais desfrutaram de maior autonomia e tradições burocráticas eficientes e livre da influencia dos particulares, o que não ocorreu na America latina.

O apoderamento do Estado pelos interesses privados conduziu a intervenções estatais que paralisaram o funcionamento eficiente do mercado e promoveram os privilégios, especulações e a corrupção.

Com isso, a crise sofrida em 1980, acelerou os processos inflacionários, acentuou a perda de competitividade e aumentou as distancias sociais. A gravidade dessa crise levou ao abandono do modelo heterodoxo, e ao retorno do modelo ortodoxo, e a adoção do Consenso de Washington, o qual foi uma foi uma recomendação internacional que visava a expressar a conduta econômica neoliberal (antiestadista) com a intenção de combater as crises e misérias dos países subdesenvolvidos, justificando a crise enfrentada pelo Estado heterodoxo, considerado ineficiente, o peso da burocracia e principalmente a corrupção.