A Estratégia Empresarial
Por: Karen Melo • 14/4/2018 • Trabalho acadêmico • 845 Palavras (4 Páginas) • 199 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS
Fichamento de Estudo de Caso
Karen da Silva Melo
Trabalho da Disciplina Estratégia Empresarial,
Tutor: Prof. Audemir Leuzinger de Queiroz
Rio de Janeiro
2017
FICHAMENTO
TÍTULO: Estratégia Empresarial
CASO: Embraer: A líder Mundial de Jatos Regionais
REFERÊNCIA: GHEMAWAT, Pankaj, HERRERO, Gustavo A., e MONTEIRO, Luiz Felipe. “Embraer: A Líder Mundial em Jatos Regionais.” Harward Business School, Outubro 2000.
O Ministério da Aeronáutica do Brasil criou a Embraer em 1969 com o intuito de fabricar aeronaves militares e comercias. Teve como primeiro diretor Ozires Silva que era formado pelo ITA. O decreto presidencial a qual efetivou a criação da Embraer lhe dava alguns privilégios, tais como: a compra de aeronaves pelos órgãos federais, em detrimento de seus concorrentes, era isenta de impostos e tarifas aduaneiras sobre matérias primas não existentes no país como peças e equipamentos, empresas nacionais poderiam direcionar anualmente 1% de seus impostos de renda para compra de ações da Embraer.
Com tais privilégios a Embraer chegou a um capital estimado em US$ 350 milhões entre 1970 e 1985. Maurício Botelho escolhido para CEO da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A), em seu relatório anual referente ao ano de 1999 demonstrou dados referentes aos lucros e o crescimento que obtiveram, chegando a um recorde de US$ 230 milhões em lucro líquido e manteve seu crescimento pelo décimo trimestre consecutivo.
A Embraer já nasceu como quarta maior empresa aeronáutica do mundo e passou para a primeira colocação, tornando-se líder mundial em jatos regionais. Antes de chegar a este patamar, a Embraer teve um prejuízo de US$ 310 milhões em 1994 devido ao investimento realizado inicialmente no CBA123 que tinha custo elevado e tempo de execução de projeto extenso. Após tal prejuízo e quase dois anos de atraso, pois havia uma resistência para privatizaar Embraer foi privatizada sendo seu maior acionista o governo brasileiro. O crescimento foi tamanho que além de pedidos confirmados haviam pedidos em espera. Ao final da década de 80 a Embraer sofre com o impacto do fim da Guerra Fria, quando houveram cancelamentos de vários pedidos de aeronaves de passageiros. As quedas nas vendas são relatadas em cifras altíssimas indo US$ 700 milhões em 1989 para US$ 177 milhões em 1994. Para compreender melhor esta conta, a Embraer tinha 6 pedidos no mês confirmados e passara a ter apenas dois aviões produzidos por mês. Com isso gerou-se um efeito cascata, ou seja, com os cancelamentos houve a diminuição da produção e tão logo as demissões em massa.
Os acionistas contrataram Maurício Botelho, engenheiro mecânico da CBS de 53 anos para reerguer a empresa que estava se afundando. O mesmo fez uma reestruturação administrativa em altos cargos, diminuindo níveis hierárquicos de sete para cinco. Gerentes com baixos salários receberam reajustes para conquistar uma motivação, dar um “gás” na liderança para posteriormente nos funcionários insatisfeitos. Botelho tinha como foco principal os clientes fiéis a empresa e procurou saber o que eles queriam, o que lhes atenderiam. Como toda reformulação, foi inevitável a demissão em grande escala, sendo. 1.800 pessoas demitidas, cerca de 30 % dos colaboradores que Embraer ainda possuía. A empresa honrou com todos os direitos de seus ex-funcionários chegando a pagar porcentagens acima do previsto para não gerar uma maior insatisfação por parte dos trabalhadores. Após quase 10 anos em cortes e dificuldades dentro da Embraer, a estratégia de Botelho deu certo e ao final do ano de 1997 houveram contratações pela primeira vez. Os prejuízos operacionais foram estancados com relativa rapidez, entretanto receitas e despesas fecharam em zero. A Embraer começou a criar novas aeronaves e a modificar a estrutura dos projetos já existentes, como exemplo temos o ERJ 170 que teve uma aceitação considerável pelo público alvo e possuía 70 assentos, ERJ 190-100 que possuía 98 assentos e ERJ 190-200 com um porte maior e 108 assentos que eram aeronaves de passageiros. Essas mudanças e novos investimentos contribuíram para o crescimento acentuado nas exportações e na reconstrução da empresa. Observa-se um grande esforço, não só por parte dos gestores como também dos colaboradores para dar um novo rumo a Embraer que beirava ao fracasso para uma empresa consolidada e forte no mercado nacional e também internacional. Nesta situação aprendemos como trabalha em equipe é necessário para o nosso crescimento profissional, pessoal e o crescimento da empresa, que fazer com que os colaboradores se sintam parte essencial para que a situação evolua por parte dos gestores é necessário.
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