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A Formação de Lideranças

Por:   •  13/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.165 Palavras (5 Páginas)  •  144 Visualizações

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- Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia

- Arthur Donida, Fabrício Kubiaki, Geanone Laitano, Rafael Schereschewsky e Ulisses Pizzolatti

- CASE Carine Ribeiro Oedmann

Carine Ribeiro Oedmann, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas pelo IERGS – Uniasselvi, Educadora Organizacional/Pedagoga Empresarial pela ULBRA. Realizou também Programas de Extensão focados em desenvolvimento de pessoas e Recursos Humanos. Experiência em Gestão de Equipes, com vivências em recrutamento e seleção, acompanhamento e desenvolvimento. Atuou em projetos focados em desenvolvimento de líderes e equipes, multiplicadores de treinamento, avaliação de aprendizagem e comportamento Organizacional. Coordenou como gestora projetos de perenização de Cultura Organizacional, de Intervenções Educativas de Clima Organizacional e de Construção de Cultura. Atualmente é coordenadora na área de Gestão do Conhecimento da ADVB/RS, acompanhando Programas de Capacitação, Workshops, Cursos e desenvolvendo todo o processo de treinamento e desenvolvimento de pessoas.

CASE:

Um dos melhores e mais desafiadores momentos da carreira de Carine como líder foi quando ela assumiu a gestão das Escolas e Faculdades QI, em especial, da Escola Técnica de Alvorada. Na época, ela era bem jovem para assumir a responsabilidade grande de gerir uma escola com em torno de 30 colaboradores e 2000 alunos. Ser jovem não é um problema, a questão é que neste meio, por haver um estereótipo formado sobre Diretores, Gerentes de escolas, em que eles precisam ser mais maduros e ter muita experiência, as pessoas têm certo preconceito e acreditam que quem assume e não tem esse perfil não conseguirá gerir com eficácia. Este foi um dos maiores desafios que ela encontrou: conseguir aos poucos conquistar equipe, alunos, pais e a comunidade ao entorno da Instituição. Aos poucos, com árduo e maduro trabalho, foi fazendo com que a equipe, em primeiro lugar, ficasse ao seu lado, foi caminhando junto a eles, passo a passo, orientando-os e fazendo perceber que ela estava ali para guiá-los, para ficar ao lado deles e não acima. Em um primeiro momento fez questão de conhecer um a um, percebendo seus pontos fortes, suas fraquezas, o que gostavam, como era sua organização, e já foi os orientando de como fazer para evoluírem juntos. Eles haviam tido uma gestão anterior que não costumava trabalhar junto a eles, mas deixou claro a que sua intensão não era destruir nada do que havia sido realizado e sim construir junto a eles, o que foi crucial para a equipe confiar nela. A partir da confiança que a equipe foi adquirindo através de suas atitudes e de sua presença, as situações foram se resolvendo com maior facilidade e, por consequência, os alunos, pais e demais envolvidos com a Instituição também foram perdendo o receio e percebendo seu fundamental papel.

Carine teve algumas situações de grande valia. Um dos seus cases que ela gosta muito de recordar é da Sra. Maria, famosa Tia Maria. Maria cuidava da limpeza e dava ordem à escola. Foi percebendo nessa senhora algo além disso: ela cumprimentava os alunos e os tinha nas mãos, tratava os professores de uma maneira tão carinhosa que também os tinha ao seu lado, conhecia as pessoas pelo nome, sabia todos os horários das aulas, do café, quem gostava de açúcar, quem não podia tomar e, assim, conduzia um clima inigualável naquela escola. Carine começou a ressaltar e a auxiliar nesses momentos, elogiava Tia Maria sempre e a colocava à frente de estratégias, até mesmo comerciais, em que ela persuadia positivamente as pessoas e os resultados apareciam de maneira muito positiva. Adorava cozinhar e trazer seus feitos, iniciaram uma vez por mês o almoço da equipe e quem cozinhava sempre era ela, pois sabia que ela amava esses momentos e sentia-se valorizada. A recepção aos alunos, o bom dia, era ela quem fazia ao lado de Carine. Na sala dos professores e na secretaria, uma vez por semana, tinha bolo, um chocolate quente, um chá, toda a equipe era envolvida. Ela sabia quando os alunos estavam tristes, alegres e sempre os auxiliava a resolverem as situações. Desse trabalho que realizaram juntas surgiu um projeto disseminado para todas as 40 escolas, que foi o de Treinadores Oficiais, em que ela era a responsável em treinar todas as pessoas da área de Serviços Gerais, não somente as atividades técnicas, mas tudo que envolvia o bom andamento de uma escola. Até hoje ela é referência no Grupo QI. Foi um sucesso e um orgulho para Carine, que acredita ser preciso ter fé e investir nas pessoas, pois assim elas potencializam suas habilidades e crescem. Os alunos sempre tiveram um carinho imenso pela escola e por Carine. Ela participava ativamente de comissões de formatura, de gincanas, bancas de trabalhos de conclusão e até orientava os alunos nos trabalho de conclusão. Aproximou os pais da escola, criou atividades recreativas, o que foi muito importante. Essa proximidade e percepção de importância que tanto os alunos quanto os pais têm para a escola foi essencial para aproximá-los e fazer com que se sentissem valorizados. Muitos pais e alunos até hoje a procuram e a tem como referência.

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