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A GINÁSTICA LABORAL COMO PREVENÇÃO DE DOENÇAS OSTEOMUSCULARES NAS EMPRESAS

Por:   •  24/9/2021  •  Monografia  •  2.605 Palavras (11 Páginas)  •  158 Visualizações

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A GINÁSTICA LABORAL COMO PREVENÇÃO DE DOENÇAS OSTEOMUSCULARES NAS EMPRESAS.

RESUMO

É comum no ambiente corporativo as doenças causadas por movimentos repetitivos fazerem parte do conjunto de novos desafios das relações de trabalho. São identificadas como Distúrbios Osteomusculares Relacionado ao Trabalho (DORT), que são lesões causadas por traumas acumulativos, lesões em cima de lesões; e LER – Lesão de Esforço Repetitivo, que está relacionada aos sintomas doloridos que comprometem a funcionalidade anatômico-fisiológica dos membros superiores e inferiores.

Atualmente as empresas vêm buscando cada vez mais um enxugamento em seus departamentos, extinguindo cargos, acumulando funções, devido a uma série de demandas de mercado. Tal ação sobrecarrega o colaborador gerando para essas empresas, gastos com os afastamentos causados por patologias trabalhistas com isso gera uma necessidade compensatória ao individuo.

Consequentemente, a Ginástica Laboral se torna uma ferramenta de prevenção e reabilitação de lesões. A Ginástica Laboral é composta por exercícios específicos de curta duração, realizados no próprio local de trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica que também promove a integração entre os funcionários.

A proposta inicial da realização desta pesquisa foi fazer uma revisão bibliográfica comparando com dados extraídos de uma pesquisa de campo nas indústrias do Vale do Paraíba. Essa pesquisa de campo, não foi possível porque as empresas não retornaram os questionários que foram entregue. Com isso, foi realizado um trabalho somente com os dados bibliográficos encontrados pertinentes ao assunto.

INTRODUÇÃO

O Termo LER surgiu na Austrália em 1984 e no Brasil foi adotada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), substituindo algumas patologias que não tinham uma classificação, como por exemplo, tendinite do músculo do carpo.

 Esse tipo de doença comum entre os trabalhadores por movimentos repetitivos é definido por, OLIVEIRA 2003, como DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionado ao Trabalho, que está relacionada a lesões por traumas acumulativos, ou seja, lesões em cima de lesões; e LER – Lesão de Esforço Repetitivo, que está relacionado a sintomas doloridos que comprometem a funcionalidade de tendões, músculo, nervos, ligamentos ou qualquer estrutura relacionada aos movimentos dos membros superiores e inferiores.

Profundo processo de “taylorização” do nosso tecido social, onde cada ator social faria sua parte sem se importar com as conseqüências do seu ato profissional, estando tal reação intimamente relacionada com a forma como a sociedade vem tratando a questão. (SZNELWAR 2001, apud LONGEN 2003, p. 20.).

As empresas vêm buscando cada vez mais um achatamento (downsizing) em seus departamentos, extinguindo cargos, acumulando funções, devido a uma série de movimentos sócios econômicos e novas tecnologias. Para isso temos como sujeito principal o colaborador que atende diretamente a todas essas situações de mercado. Com essa sobrecarga há uma necessidade compensatória do individuo como capital humano, sendo assim, a Ginástica Laboral se torna agente principal de prevenção e reabilitação de lesões causadas por essas resoluções empresariais.

Os programas de atividade física no trabalho se iniciaram há tempos atrás. Há registros em 1925 na Polônia, Bulgária, Alemanha Oriental, Holanda e Rússia, quando era chamada de ginástica de pausa (CAÑETE 1996 apud ALBUQUERQUE 2005).

A Ginástica Laboral surgiu no Brasil pela primeira vez em Nova Hamburgo, RS., em 1973, é composta por exercícios específicos de curta duração, realizados no próprio local de trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica, visando despertar o corpo, reduzir acidentes de trabalho, prevenir doenças por traumas cumulativos, corrigir vícios posturais, aumentar a disposição para o trabalho, promover integração entre os funcionários e evitar a fadiga.

O investimento no capital humano, além de uma exigência, traz um enorme retorno ao nível da qualidade e produtividade da empresa. A organização do ambiente de trabalho é um dos fatores importantes para a melhor da qualidade de vida do trabalhador, o qual vive grande parte de sua vida voltada a funções operacionais, que de alguma forma interfere no seu estado de saúde. (PILATTI, ano, p. 05).

 Existem algumas legislações complementares à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) que se chamam Normas Regulamentadoras (NRs), para tal assunto, abordará a NR-17 que relata obrigações que as empresas têm em relação ao colaborador como o sujeito na ação. É uma norma que visa conforto e segurança aos colaboradores, dando parâmetros para a empresa de como deve compor a estrutura de trabalho do colaborador.

A NR-17 incluiu medidas preventivas especialmente para as atividades de processamento eletrônico de dados e estabelece o dever do empregador em adotar medidas, tais como: introdução de pausas de descanso, adequação de máquinas e mobiliários e a realização de estudo ergonômica para a redução da incidência das lesões. (LONGEN 2003, p. 29.).

1.0- LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER) / DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO (DORT).

        Nas últimas décadas o Brasil vem presenciando um aumento de LER / DORT/ LTC (Lesões por Traumas Cumulativos), um problema de cunho social e econômico que cada vez, mas dificulta a vida profissional de um colaborador. Com esse crescimento, médicos, professores de Educação Física e profissionais relacionados vêm tentando achar diagnósticos para a melhora da doença.

De acordo com o Ministério da Saúde (2000) e os dados do Instituto Nacional do Seguro Social/Ministério da Previdência e Assistência Social de 1997, as LER/DORT têm sido, nos últimos anos, a mais prevalente dentre as doenças ocupacionais registradas entre a população trabalhadora segurada. (ALBUQUERQUE et al, 2005)

A causa LER/DORT é um conjunto de fatores físicos e organizacionais do trabalho que combinados com elementos emocionais dá se o surgimento da síndrome. Dentre esses fatores estão relacionados à má postura, repetição de movimentos, aplicação de força, etc. (OLIVEIRA, 2003).

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