A Gestão Financeira e Orçamentaria
Por: belelengo • 8/9/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 4.386 Palavras (18 Páginas) • 185 Visualizações
GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Professor: Luciano Ferreira Barbosa
Este material didático foi desenvolvido para os alunos do curso de Administração da Faculdade de Administração de Itabirito - FAI
CADERNO I: Princípios de Administração Financeira METAS DE APRENDIZADO:
- - Conhecer a evolução da Administração Financeira nas empresas.
- - Definir finanças e conhecer as principais áreas de atuação.
- - Descrever a função e o objetivo da Administração Financeira.
- - Explicar as funções do Administrador Financeiro.
- - Identificar as principais áreas de decisões financeiras.
- - Mostrar o relacionamento de Finanças com a Economia Contabilidade.
1 – Administração Financeira.
O ponto de partida para o estudo e entendimento das teorias, técnicas, conceitos, instrumentos e modelos que envolvem a Administração Financeira, é considerar que as pessoas têm administrado negócios ao longo de milhares de anos, sendo talvez um modesto empreendimento ou grandes organizações e até mesmo suas finanças pessoais. Finanças Corporativas como disciplina e objeto de estudo, existe apenas há algumas décadas, e tem progredido consideravelmente, pois a área de Finanças está cada vez mais complexa e muito afetada. Os mercados financeiros estão mais vulneráveis e os problemas envolvendo o sobe e desce dos índices de inflação e taxa de juros, num espaço de tempo muito curto, têm afetado os projetos e decisões financeiras das empresas.
Damodaran(2002), argumenta que toda decisão tomada por uma empresa tem implicações financeiras e qualquer decisão que afete suas finanças é uma decisão sobre finanças corporativas ou empresariais. Nesse sentido, para que o objetivo da empresa seja de fato cumprido, é necessário que os profissionais de finanças estejam sempre preparados e aptos a aplicar as teorias, instrumentos e técnicas, para assegurar o sucesso e sobrevivência da empresa.
1.1 – Evolução:
A Segunda metade da década de 20 foi caracterizada pelo crescimento e surgimento de novas indústrias. Em conseqüência disso, a principal preocupação dos homens de finanças da época era a captação de recursos financeiros(fundos), junto ao mercado em geral ( instituições financeiras e investidores), dando pouca atenção à gestão interna da empresa.
A crise econômica de 1.929/1930 levou os administradores financeiros a adotarem uma nova postura frente às questões financeiras das empresas. A preocupação básica passou a ser a preservação da sua liquidez, como forma de sobrevivência. pois era crescente os problemas envolvendo falência, liquidações e reorganizações. Notou-se uma tendência muito grande pela alteração do objetivo tradicional das empresas.
Na década de 40 e até o início dos anos 50, as Finanças foram dominadas pela mesma abordagem tradicional dos anos 20 e 30. Permanecia o estudo do financiamento externo, através de um fornecedor de fundos; alguém de fora da empresa, sem muita preocupação com a questão da gestão financeira, mas já era visível a ênfase dada à análise, planejamento e controle dos fluxos de caixa.
O grande interesse pela análise dos investimentos, surgiu na metade da década dos anos 50. A administração financeira passou a buscar a maximização da riqueza dos acionistas, como forma de justificar a existência da atividade empresarial. O enfoque sobre a maximização do valor passou a receber grande atenção a partir da década de 90.
Com o desenvolvimento de novos métodos, instrumentos e técnicas para a escolha dos projetos de investimentos de capital, criou-se um sistema de referência para a alocação de recursos de capital. A empresa, dentro do novo enfoque, passou a tomar decisões financeiras, de forma a oferecer uma remuneração conforme a expectativa dos seus proprietários.
O administrador financeiro passou a se preocupar, além da captação de fundos, com critérios racionais e objetivos, para a alocação eficiente de recursos nos diversos itens que compõem o ativo da empresa, a fim de produzir riqueza e valor econômico aos seus acionistas.
Trabalhar com critérios objetivos para escolha de investimentos, permitiu aos administradores financeiros os elementos necessários para a avaliação da empresa dentro dos objetivos econômicos, ou seja, a criação do valor econômico. Foi a partir deste momento, que surgiu a preocupação com a tomada de decisão interna, que teria um grande potencial de afetar o valor da empresa. Outro fator de grande importância, é a tendência crescente da globalização das empresas e do crescente uso de tecnologia da informação.
As finanças corporativas desenvolveram modelos e teorias eficazes sobre a forma correta de tomada de decisões sobre investimentos, financiamentos e dividendos.
Estes são os princípios fundamentais que regem as finanças corporativas:
. O princípio dos investimentos: estabelece que as empresas invistam em projetos que ofereçam um retorno maior do que a menor taxa aceitável de corte , entendida como sendo a menor taxa aceitável de retorno para se investir recursos em um projeto.
. O princípio dos financiamentos: estabelece que as empresas devem escolher um mix de financiamentos que maximize o valor dos investimentos.
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