A Gestão de Pessoas
Por: Raphael Figueira • 18/6/2019 • Trabalho acadêmico • 816 Palavras (4 Páginas) • 140 Visualizações
Matriz de atividade individual | |
Disciplina: Gestão de Pessoas | Módulo: 4 |
Aluno: Raphael Luiz Figueira de Souza | Turma: 2018.3 |
Introdução | |
Kurt Lewin (1973) propôs a existência de três formas de liderar equipes, de maneiras autocrática, participativa ou liberal. Hersey e Blanchard (1979) introduziram o modelo da liderança situacional. Apoiados nas premissas dessas escolas, diferentes perfis de liderança têm se ramificado, frutos das transformações políticas, econômicas, sociais e tecnológicas, percebidas das perspectivas externas, e também das transformações pessoais, resultado das novas gerações, com novos conceitos, formações e anseios, numa perspectiva interna às organizações. | |
Desenvolvimento – análise de diferentes perfis de liderança | |
A liderança autocrática centraliza o poder nas mãos do tradicional “chefe”. É dele que se originam as ações e tomadas de decisão. Os pontos positivos de seu estilo são a velocidade no planejamento e implementação das ações, decisões e controle dos processos. Sua gestão é focada em resultados. Pelo lado negativo, seu estilo de liderar inibe o desenvolvimento do capital humano, não estimulando o aprendizado, a transferência de conhecimento e a participação. Ainda está muito presente nas organizações, porém, com a chegada da nova geração ao mercado de trabalho, formada por profissionais mais informados e em busca de trabalhos com sentido e colaborativos, a tendência é de que se torne insustentável liderar autocraticamente. A liderança participativa caminha de encontro ao estilo anterior. O líder estimula a participação do grupo, promovendo o enriquecimento do conhecimento e criando uma vantagem para si, em relação ao líder autocrático, no que se refere a receber feedbacks sinceros da gestão que está sendo feita. É uma liderança mais alinhada com o atual mercado de trabalho, embora seu sucesso dependa da experiência, tanto do líder quanto do grupo. A democracia em grupos imaturos, com pouca experiência ou sem engajamento, pode levar a letargia e ao não-atingimento de metas e objetivos da empresa. O líder também precisa ter discernimento suficiente para perceber momentos em que a decisão precisa ser imediata, com prejuízo de lentidão caso queira insistir nos processos democráticos. O líder liberal se situa num patamar ainda mais distante do autocrático. Sua liderança é marcada pela concessão de poderes aos seus liderados, permitindo que estes, gozando de total autonomia, desenvolvam suas atividades norteadas por suas próprias crenças e intuições. É proporcionado um ambiente motivador, em que as pessoas se sentem valorizadas e importantes para a organização. Pensamentos voltados para inovação estarão incentivados nestes grupos, o que se torna uma vantagem para o líder liberal. Por outro lado, como desvantagem, tem se a criticidade na implementação deste estilo. Grupos que não estejam maduros o suficiente ou líderes que confudem a concessão de poder com a concessão de responsabilidade pode levar ao fracasso no atingimento dos objetivos corporativos. A liderança situacional defende que o líder deve saber passear pelos estilos de liderança, levando em consideração o seu grupo e os objetivos da organização. Liderar de maneira liberal um grupo inexperiente tende ao fracasso no atingimento de metas e objetivos, assim como liderar de maneira autocrática um grupo altamente capaz tende a criar um ambiente de extrema desmotivação e, consequentemente, falha no alcance dos objetivos da mesma maneira. A vantagem é poder exercer uma liderança distinta para cada tipo de liderado e situação. A desvantagem é a raridade de líderes com este perfil e, por ventura, sua dificuldade em saber transitar entre cada perspectiva. | |
Considerações finais | |
Cada vez mais, as pessoas estão se tornando fatores críticos de sucesso para a perpetuação das organizações. Embora, paradoxalmente, a tecnologia traga de maneira progressiva mais facilidades ao nosso dia-a-dia, as pessoas são o grande diferencial das organizações modernas. São elas que dão identidade as empresas, definindo seus propósitos, missão e valores, criam estratégias e se relacionam com clientes e fornecedores. Os bens tangíveis deixaram de ser raros e insubstituíveis. Os recursos financeiros, abundantes no mercado, são capazes de deixar os competidores em situações de igualdade no que tange ao maquinário e tecnologia. Dessa maneira, é essencial que os novos líderes estejam absolutamente comprometidos em alinhar os interesses organizacionais com os interesses individuais de seus grupos. A liderança moderna demanda pessoas equilibradas, de forte inteligência emocional, capazes de planejar, implementar e controlar estratégias organizacionais e, ao mesmo tempo, facilitar e desenvolver o capital humano (educar, estimular, orientar, influenciar, entre outros) sob seu guarda-chuva. É importante lembrar que estão sujeitas à sua gestão não somente as pessoas que efetivamente fazem parte do grupo, mas famílias inteiras. Líderes que tenham a sensibilidade de identificar a direção para onde as transformações culturais nos guiarão, que tenham sólida formação ética e moral, compatíveis com a demanda da nova geração social que chega ao mercado com visão e posicionamento bastante diferentes das gerações anteriores, estarão capacitados a liderar e exercer o poder para a conquista dos objetivos das organizações e de suas equipes. | |
Referências bibliográficas | |
PARADELA FERREIRA, Victor Cláudio et al. Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 1ª edição. Rio de Janeiro: FGV Editora 2016 Administradores.com http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/conheca-os-10-perfis-de-lideranca-mais-comuns/36401/ IBC – Instituto Brasileiro de Coaching https://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/quais-tipos-lideranca/ SBCoaching https://www.sbcoaching.com.br/blog/lideranca-e-coaching/o-que-e-lideranca/ |
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