A Gestão de Pessoas

MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL
Disciplina: Gestão de Pessoas	Módulo:
Aluno: Tatiana Parente Gaspar	Turma: Gestão de Pessoas-0121-1_6
Introdução
O presente trabalho visa destacar o papel e a importância da liderança dentro de uma empresa na sociedade contemporânea, conhecida como a sociedade do conhecimento. Nesse contexto, o líder é o protagonista de uma organização, devendo ser capaz de influenciar, orientar e  estimular todos os membros de sua equipe para que a missão, visão e valores da organização sejam de fato atingidas. De acordo com Ulrich, líderes eficazes possuem algumas competências essenciais, como ser um exemplo, estrategista, executor, facilitador e desenvolvedor de pessoas. Contribuindo com tal pensamento, Macêdo e colaboradores (2012:94): “liderança é a arte de educar, orientar e estimular pessoas a persistirem na busca de melhores resultados num ambiente de desafios, riscos e incertezas”. Partindo dessa premissa, é importante destacar e analisar os diferentes perfis de liderança, abordando as principais características, vantagens e desvantagens dos estilos mais frequentes atualmente.
Desenvolvimento – análise de diferentes perfis de liderança
Uma das primeiras tentativas de explicar o perfil do líder ideal surgiu com a Teoria dos Traços de Personalidade. Esta considera que a liderança seria inata, portanto, o líder possuiria alguns traços específicos de personalidade, podendo ser físicos, intelectuais, sociais e diretamente relacionados com a tarefa a desempenhar. Em outras palavras, a pessoa já nasceria líder, não sendo necessário o desenvolvimento e aprendizagem para tanto. Com o passar do tempo, esta teoria foi sendo questionada por muitos pesquisadores, pois percebeu-se que a liderança não é inata, qualquer pessoa possui capacidade de se habilitar de forma a se tornar um líder eficaz. Assim, teve origem a Teoria dos Estilos de Liderança. De acordo com essa teoria, existem três estilos de liderança, quais sejam: (i) autocrático; (ii) democrático; (iii) liberal (laisses-faire). O líder autocrático centraliza as decisões e exerce a sua autoridade por imposição de ordens. Trata-se de um estilo extremamente desvantajoso, afinal não estimula o envolvimento da equipe, além de desmotivá-los, vez que não há espaço para diálogo, trocas e contribuições de seus liderados. Em contrapartida, há rapidez nas decisões e simplificação dos processos. Já o líder democrático é participativo, conduz, orienta e incentiva a participação de todos. Ou seja, estimula a cooperação da equipe. As vantagens desse estilo de liderança resumem-se a inovação de ideias e possíveis melhorias dos processos e resultados, pois é capaz de criar um ambiente em que os liderados sintam-se mais valorizados e comprometidos. Por outro lado, o ponto franco pode ser a indecisão e a demora na tomada de decisões. Ainda, o líder liberal (laissez-faire) é focado na equipe, delega totalmente as decisões ao grupo, proporcionando maior liberdade e autonomia. As vantagens são proporcionar maior confiança aos liderados e participação contínua na avaliação e resultados dos processos. Entretanto, o ponto fraco pode ser a dificuldade em manter um ritmo produtivo, falta de organização, a equipe pode sentir-se perdida e, por consequência, o resultado final completamente comprometido. Portanto, é preciso avaliar se esse estilo é a opção mais adequada de acordo com as particularidades de cada equipe. Outrossim, devido a complexidade envolvida no mundo atual, as mudanças organizacionais que os novos cenários da sociedade exigem, os estudos foram evoluindo e adquirindo novos contextos e percepções. Desse modo, percebeu-se que outros três elementos são de suma importância no contexto da liderança: o líder, os liderados e a situação. Nesse contexto, surgiu a Teoria Contigencial ou Situacional, a qual parte da premissa de que não há um único estilo de liderança para todas as situações. Como afirmam Tonet et al. (2012:55), essa teoria parte do princípio “de que não existe um estilo único de liderança válido para qualquer tipo de situação; tudo depende das circunstâncias”. Em outros termos, o comportamento mais apropriado para um líder depende das circunstâncias, cada tipo de situação exige um tipo de liderança diferenciado. Em suma, o líder situacional é aquele que possui a capacidade de se adaptar a grupos de pessoas com determinadas características em condições variadas. Não obstante, ainda existem outras figuras de liderança que valem a análise. O líder transformacional inspira mudanças positivas nos seus liderados, com o objetivo de conectar as necessidades individuais dos membros da equipe aos objetivos da organização. As vantagens podem ser destacadas com o aumento da capacidade de adaptação e maior equilíbrio a curto e longo prazo. A desvantagem pode ser negligenciar a realidade da empresa e tomar decisões erradas. O líder coach é focado no maior desenvolvimento de cada um de seus liderados, desafiando-os a identificar diferentes alternativas e pontos de vista, estimulando a aprendizagem e a busca por soluções mais inovadoras. A vantagem contínua é estimular a equipe com performance, autonomia, aquisição de novas competências e a busca de melhores resultados. A desvantagem pode ser a falta de tempo hábil para prestar o suporte necessário aos seus subordinados, além de exigir um alto grau de comprometimento do líder e do subordinado. O líder positivo, por sua vez, foca na individualidade e valorização das competências de cada colaborador, visando aprimorar habilidades e tornar o ambiente de trabalho mais produtivo e agradável. A desvantagem desse tipo de liderança é gerar perda de produtividade a curto prazo. O líder visionário trabalha com metas atrativas a longo prazo, tendo uma gestão baseada em motivação, diálogo, comunicação, criatividade e planejamento estratégico. A grande vantagem é claramente a valorização dos talentos de cada liderado e a desvantagem pode ser a dificuldade na realização de tarefas que demandem curto prazo. O líder inspirador é carismático, renovador e revolucionário. Possui boa capacidade de comunicação, direcionamento e inovação. Age de forma muito interativa com os subordinados, inspirando romper com paradigmas e padrões e servindo como exemplo. As vantages consistem em promover a autoconfiança, melhoria contínua e sentimento de realização e pertencimento a organização. Entretanto, como desvantagem, pode gerar conflitos de personalidades. O líder marcador de ritmo almeja o alto desempenho, buscando rapidamente os melhores resultados. A vantagem é que a sua forma de liderar acontece pelo exemplo e dificilmente deixará os seus liderados em dificuldade diante de problemas. A desvantagem é que esse profissional pode ser impaciente com os membros da equipe que tenham um ritmo mais lento.
Considerações finais
Por todo o acima exposto, é possível concluir que muito além de gerenciar e comandar uma equipe com o intuito de atingir metas, o líder deve ser exemplo e influência positiva. Deve ser capaz de gerar nos seus liderados, inspiração para criar, fazer, mudar e inovar. Não há um melhor estilo de liderança pré-definido. O líder eficaz deve variar o seu estilo de liderança conforme o contexto, os subordinados, a cultura organizacional e as necessidades de determinado momento. Por isso, o autoconhecimento, a capacidade de lidar com pessoas e a inteligência emocional tornam-se ainda mais essenciais nesse processo.
Referências bibliográficas
NARDUCCI, Viviane. Gestão de Pessoas. Conteúdo online disponível em:  http//www.ls.cursos.fgv.br. Acessado em 05/03/2021. Rio de Janeiro: FGVOnline, 2020. FERREIRA, Victor et all. Gestão de Pessoas na Sociedade do Conhecimento. Rio de Janeiro: FGV, 2017, 2.ed.  PARADELA, Victor et all. Tendências da Gestão de Pessoas na Sociedadade do Conhecimento. Rio de Janeiro: FGV, 2018, 1.ed.  https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/302394/565250/downloads/teoria_de_lideranca.pdf https://administradores.com.br/noticias/conheca-os-10-perfis-de-lideranca-mais-comuns

...