A Gestão de Pessoas
Por: rafaelbj • 11/5/2015 • Relatório de pesquisa • 2.529 Palavras (11 Páginas) • 133 Visualizações
RELAÇÃO FAMÍLIA/ESCOLA
Os caminhos da escola e da família cruzam-se inevitavelmente, a noção dos papeis de aluno e filho chegam a se confundir, sendo assim o fortalecimento dos laços de cooperação entre as duas instituições são indispensáveis para proporcionar um bom desempenho acadêmico. Um bom relacionamento de cooperação entre escola e família é um importante fator facilitador da aprendizagem
[...] tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo. (PAROLIN, 2003, p. 99)
Essa parceria é fundamental ainda que cada uma destas instituições apresente valores e objetivos distintos relacionados a este aluno/filho. Essas distinções entre ambas devem ser apresentadas nas reuniões para que sejam levadas em conta ao se estruturarem ações, trabalhos e objetivos comuns nesta parceria. Troca de experiências, diálogo e abertura de ambas as instituições proporcionarão um trabalho conjunto bem estruturado. Escola e família devem compreender que nenhuma das duas obterá sucesso isoladamente, mas que uma construção coletiva levará aos resultados necessários que reflitam no desempenho acadêmico de seus filhos/alunos.
Escola e família são ambientes socializadores, sendo assim, o diálogo entre pais e escola deve ser promovido. Os pais devem ser chamados ao colégio não só em momentos de crise de seus filhos, mas para participarem das decisões, para darem sugestões e estabelecerem um canal de comunicação permanente com a gestão.
Este contato ainda contribui para a melhoria do ensino, humanização das relações escola/família/comunidade/alunos, melhoria da qualidade de vida, melhorando o contexto e o ambiente no qual alunos e professores estão inseridos, dando mais segurança aos alunos e tranqüilidade aos professores. A formação de cidadania dos alunos é amplamente beneficiada por este processo, exercitando o espírito crítico e a habilidade de enfrentar situações de crise e a busca de soluções para problemas em todas as suas esferas de atuação, sendo esta formação mediada pelo professor.
O professor não tem um papel terapêutico em relação à criança e sua família, mas o de conhecedor da criança, de consultor, apoiador dos pais, um especialista que não compete com o papel deles. Ele deve possuir habilidades para lidar com as ansiedades da família e partilhar decisões e ações com ela (OLIVEIRA, 2005, p.181).
Problemas de aprendizagem e de comportamento podem piorar com a forma com que são enfrentados pela família. Para Beatriz Scoz (1994, p. 145) "para que se possa ter informações sobre os fatores que interferem na aprendizagem e buscar caminhos adequados para ajudar a criança, é necessário o contato com as famílias". O intercambio entre família e professores pode ser um canal de orientação para que os pais possam entender melhor os problemas apresentados e encontrar outras formas de lidar com estes.
Qualquer programa destinado às famílias deverá contemplar os grupos familiares concretos, nas suas condições de vida, nas suas possibilidades de soluções para os desafios do cotidiano e nos seus contextos socioculturais. Além disso, antes de se iniciar qualquer trabalho, é necessário que os próprios profissionais envolvidos se conscientizem se seus próprios modelos de família e de seus preconceitos em relação aos "desvios" desse modelo e conheçam as famílias com as quais vão trabalhar nos seus contextos históricos e sociais. (SZYMANSKI, 2009, p.43).
Quando do surgimento dessas demandas a escola deve encaminhar os casos de atendimento especializado e informar os pais sobre essas dificuldades de aprendizagem. O estado oferece instituições e profissionais aptos para receber, avaliar e agir quando da ocorrência desses casos.
A formação dos médicos pediatras nem sempre os capacita para atender o processo de aprendizagem e o contexto onde o aluno está inserido. Isso os leva, muitas vezes, a afirmar que a acriança não tem nada, desestimulando os pais a tomarem qualquer providência para socorrer os filhos em suas dificuldades (SCOZ, 1994, p. 149).
Dando oportunidade para a integração e inclusão de alunos com dificuldades de aprendizagem e com necessidades especiais, e evitando o surgimento de outros problemas acarretados pela negligencia destes.
Fatores como baixa a escolaridade podem causar o distanciamento entre família e escola, os pais nesta situação sente-se incapazes de dar contribuições que julguem valiosas para a escola ou para seus filhos, a escola deve estar preparada para lidar com esse tipo de situação para evitar tensões e conflitos. Projetos específicos podem acolher esses pais e mostrar que podem contribuir. Encontros, reuniões, palestras, oficinas também são formas de atrair a participação dos pais nas atividades escolares. Quando a escola essas oportunidades a família sente-se comprometida e participante da instituição escolar.
Escola e família devem dividir objetivos, obrigações e responsabilidades buscando a melhoria da qualidade do sistema educacional no qual seus filhos/alunos estão inseridos.
[..]atualmente, a escola e outras instituições de educação, esportes e recreação preenchem atividades dos filhos que originalmente eram responsabilidade dos pais. Os ofícios não mais são transmitidos de pai para filho dentro dos lares e das corporações de ofício. A educação cabe ao Estado ou a instituições privadas por ele supervisionadas (VENOSA, 2005, p. 22).
As transformações sociais demandam uma divisão de responsabilidades entre escola, família e Estado. De acordo com o art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990:
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (Brasil, 1990).
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