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A Historiografia da Industrialização Brasileira

Por:   •  25/10/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.435 Palavras (6 Páginas)  •  153 Visualizações

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A Historiografia da industrialização brasileira

Até o século XIX não se podia observar no Brasil uma industrialização consistente, antes deste período os tipos de manufaturas eram bem incipientes. Somente após esse período, devido a fatores político-sociais como o gim do tráfico negreiro, a promulgação do Código Comercial e a expansão da economia cafeeira propiciaram um florescimento de poucas indústrias, mas já assim podiam ser tomadas pelo nome.

Sedes deste desenvolvimento, Rio de Janeiro e São Paulo, por motivos diversos, capitaneavam o início da industrialização mesmo que esta operação tivesse características marcadamente mercantis. Somente após 1930 pode ser considerado um período de real industrialização no Brasil. Mesmo que, durante a primeira guerra mundial tivesse ocorrido um grande salto nas exportações brasileiras dadas as condições dos países envolvidos na grande guerra.

Marcante fato na política econômico-industrial brasileira foi a determinação de Getúlio Vargas em criar um efetivo parque industrial brasileiro, através de uma política de substituição de importações. Tal polícia gerou um deslocamento das atividades da exportação para o atendimento da demanda interna. Mesmo que gere controvérsia se tal política heterodoxa possa ter causado apenas efeitos aparentes e efêmeros ou realmente preparado o país para a vindoura e efetiva industrialização que se daria mais tarde.

A partir de meados de 1960 passou-se a discutir a industrialização brasileira não somente sob aspectos econômicos e sim, foi-se adicionando fatores sociais, notadamente o conflito entre subdesenvolvimento e desigualdade econômico-social. A forma como se desenvolveu o capitalismo brasileiro poderia, deste forma, explicar a formação e dar luzes ao pensamento da industrialização no Brasil.

Por fim, o texto aponta que não há consenso sobre um único ou um conjunto de fatos isolados que pode determinar a forma como se deu a industrialização brasileira.

Industrialização, Estado e Sociedade no Brasil (1930-1945)

        O Artigo busca tratar de aspectos referentes aos efeitos globalizantes no desenvolvimento brasileiro no período entre 1930 a 1945. Período conturbado, que representou grandes rupturas nacionais e internacionais, teve grande influência em todo o futuro econômico-social brasileiro, assim como relaciona premissas que levaram a situação até tal ponto. Em suma; o Artigo busca focar no papel do Estado como fator industrializante e determinante no desenvolvimento capitalista no Brasil.

        Primeiro a tratar do papel da política e da nova burguesia industrial: seja nos anos de  1934 a 1937, como no Estado Novo os princípios básicos da política fiscal de Getúlio Vargas tendem a atingir restrições cambiais e manutenção de um orçamento equilibrado. Esse aparato estatal, segundo a Autora, é utilizado pela burguesia industrial que passa a manejar as estruturas estatais, o que acarretará e pode explicar o futuro da industrialização. E não se pode afastar o fato de que a nova burguesia industrial não deixou de lado seus laços com a então elite cafeicultora, que ainda era responsável por grandes aportes de financiamento e de pelo equilíbrio fiscal interno e externo do país.

        Buscando traçar paralelos entre a estrutura centralizadora do Estado brasileiro vigente entre 1930 e 1945 e as mais diversas características econômico-socias das várias regiões brasileiras, a autora explica que o desenvolvimento industrial brasileiro, tão característico, pode ser explicado pelo corporativismo e pelo populismo.

        Já tratando sobre as camadas médias urbanas, busca-se explicar o papel político-social destas camadas no contexto geral. A classe média urbana estaria contra a indústria e insiste em uma perspectiva agrícola. Os pensamentos tenentistas, influentes há época, não erma a industrialização: eles não rejeitaram a necessidade da industrialização, mas fizeram do desenvolvimento agrícola uma prioridade e o desenvolvimento da siderurgia e da exploração de petróleo no país. No entanto, essas propostas estão mais relacionadas a questões de segurança nacional do que a projetos industriais.

Estado e economia no Brasil: 1930-1964. Fundamentos da construção de um capitalismo urbano-idustrial periférico

A "Revolução de 1930" representou uma extensão do círculo de elite através das ações da facção moderna da oligarquia e das iniciativas ,ilitares. No entanto, essa mudança é alcançada com a preservação da estrutura fundiária rural, por isso ela tem as características da "modernização conservadora". O desafio do estado oligárquico não vem do setor industrial emergente, nem é causado por contradições na produção.A burguesia cafeeira paulista recebeu uma proposta de política do novo governo federal para valorizar o café em um momento de fragilidade política paulista.

Ainda é previsível que no embate entre os oligarcas o setor agrícola dê suporte a essas lideranças, e o setor industrial se alie a eles, mas a agricultura e a indústria paulista se juntem a São Paulo, Rio Grande do Sul e conduza a "Revolução de 1932" contra o Governo. Os militares acreditam que a burguesia brasileira é incapaz de transformar o Brasil em um "país moderno" porque essa classe não quer abrir mão de certos privilégios em benefício do país.

Entre a classe dominante, o fator de vantagem política dominante é a influência das políticas econômicas nacionais Os diferentes grupos do campo econômico não se realizarão no plano político porque só têm características potenciais. A política nacional será um fator na agregação de um ou mais sistemas de fracionamento ou mesmo vários sistemas combinados.

Um aspecto da luta ideológica envolve a habilidade de vários estratos da classe dominante de expressar seus interesses a fim de expressar os interesses gerais do país. Portanto, como principal órgão promotor do projeto de industrialização representado pelos interesses nacionais entre a “Revolução de 1930” e o golpe militar-civil de 1964, a burguesia industrial ganhou hegemonia ideológica, mas não conquistou o domínio político.

Quatro décadas de planejamento econômico no Brasil

Quando se analisa o desenvolvimento do capitalismo brasileiro, se não se analisa a acumulação de capital existente, a relação de poder e a vontade de lutar, será uma análise econômica, que é incompleta e, portanto, quase sem caráter explicativo. A década de 1950 foi a época de ouro do pós-guerra, mas também restou uma série de exemplos no mundo, que ilustram as lutas dos países vizinhos pela independência política e pelo antiimperialismo.

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