A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO ENSINO REGULAR
Por: MisterEme • 29/3/2022 • Trabalho acadêmico • 1.983 Palavras (8 Páginas) • 219 Visualizações
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO ENSINO REGULAR
As pessoas com deficiência visual têm seu processo educativo desenvolvido por meio de vários programas; alguns funcionam em Escolas Especiais ou Institutos e a maior parte dos programas funciona em Salas de Recurso dentro de escolas regulares, onde o professor especializado oferece apoio aos alunos com deficiência visual que frequentam as salas regulares, sempre em contra turno.
Partindo dessa filosofia, a rede regular de ensino mantém, para atender a essa "clientela", serviços de apoio, tais como as salas de recurso multifuncional tipo II ou na Área da Deficiência visual com o apoio dos Centros de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com deficiência Visual — CAPs, instalados praticamente um em cada unidade federada[pic 1]
As Salas de Recurso Multifuncional na área visual prestam vários serviços, tais como: a) Intervenção Precoce: Atende crianças de 0 a 4 anos de idade, tanto cega quanto de baixa visão, promovendo a estimulação essencial para que se aproximem gradativamente aos padrões de desenvolvimento normal, de forma lúdica com jogos e atividades utilizando-se de recursos táteis e sonoros; b) Pré-alfabetização; destina-se a crianças de 4 a 5 anos, fase em que as crianças passam por vivências significativas e conceituais para que adquiram autoconfiança e aprendam a atuar em grupo, c) Alfabetização: as crianças a partir dos 5 anos são iniciadas nesse processo. Os alunos cegos são introduzidos no Sistema Braille e os de baixa visão utilizarão materiais ampliados ou auxílios ópticos que poderão auxiliá-los nesse processo; d) Estimulação e reeducação visual: trabalho destinado às pessoas com baixa visão para que utilizem o resíduo visual de uma forma mais eficiente.
Além dos aspectos educacionais estabelecidos com o auxílio de programas curriculares previstos na Lei de Diretrizes e Bases — LDB, a pessoa cega tem uma complementação curricular que inclui: Sistema Braille; Orientação e Mobilidade; Atividade de Vida Diária; Soroban e Escrita Cursiva.
Outro programa importante na área da deficiência visual são os CAPs (Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual). Os CAPs têm como objetivo garantir às pessoas cegas e às de baixa visão o acesso ao conteúdo programático desenvolvido na escola de ensino regular, bem como o acesso a literatura, à pesquisa e à cultura por meio da utilização de equipamentos e tecnologias e da impressão do livro em Braille. O MEC/SEESP com a consecução deste objetivo pretende suprir as carências de serviços e recursos didáticos/pedagógicos na área da educação de pessoas com deficiência visual.
COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR ESPECÍFICA
Sempre que o professor identificar a necessidade de complementar o ensino ministrado em sala de aula, será oferecida a Complementação Curricular Especifica a todos os alunos portadores de deficiência visual integrados no ensino regular elou supletivo ou matriculados em escola ou centro de educação especial, em diferentes níveis ou tipos de ensino.
Além dos currículos e programas definidos na Lei de Diretrizes e Bases - LDB, deverão ser incluídos os seguintes conteúdos programáticos específicos, que complementarão a educação do aluno portador de deficiência visual: Orientação e Mobilidade; Atividade da Vida Diária; Soroban, e Escrita Cursiva.
Orientação e Mobilidade
O treinamento de Orientação e Mobilidade é parte essencial da educação e da reabilitação do portador de deficiência visual e da sua integração à sociedade, devendo ser oferecido por profissionais devidamente capacitados para o desenvolvimento do programa na escola, no centro de educação especial ou na sala de recursos.
A tarefa mais importante do professor especializado é maximizar a habilidade do portador de deficiência visual na exploração do ambiente em que vive, favorecendo assim sua independência, sua autoconfiança e sua integração social, por meio da aprendizagem de técnicas que lhe possibilitem a locomoção independente. Esse trabalho requer orientação mental e mobilidade básica.
Um programa eficiente de Orientação e Mobilidade começa no lar. A atitude superprotetora elou de rejeição dos pais pode retardar ou prejudicar seriamente a independência da mobilidade da criança cega nos primeiros anos de vida.
As necessidades específicas da criança portadora de deficiência visual dependem de vários fatores: Grau de visão; Época do início da perda da visão; Inteligência; Motivação; [pic 2]Capacidade auditiva; Habilidade tátil; Saúde física e [pic 3] Ajustamento emocional.
Um programa de Orientação e Mobilidade deverá levar em consideração as necessidades globais do indivíduo e ter como pontos básicos: o conhecimento do esquema corporal; [pic 4] o treinamento dos sentidos remanescentes; o desenvolvimento da linguagem; [pic 5] a postura; o equilíbrio; a correção no andar; [pic 6] o desenvolvimento de técnicas específicas de mobilidade, como o uso da bengala longa.
[pic 7]O técnico em Orientação e Mobilidade deverá possuir, no mínimo, formação em nível de segundo grau e curso específico nessa área.
Atividade de Vida Autónoma (AVA)
As Atividade de Vida Autónoma (AVA) são as ações desempenhadas rotineiramente pela própria pessoa, no lar e fora dele.
O treinamento dessas atividades envolve o desenvolvimento de habilidades físicas, mentais e sociais que proporcionam o máximo de independência e autossuficiência &ente às necessidades da vida cotidiana.
Essas atividades são de grande importância para a pessoa cega ou com visão subnormal, já que lhe proporcionam condições de conquistar ou reconquistar o lugar que lhe é devido na sociedade.
A pessoa cega não pode imitar e, não tendo informação visual, poderá ter atitudes convencionais inadequadas[pic 8]
O programa de Atividades da Vida Diária constitui-se, basicamente. No treinamento de habilidades referentes à [pic 9][pic 10] alimentação; [pic 11] higiene pessoal e ao vestuário; [pic 12] aparência pessoal; [pic 13] higiene e arrumação da casa; [pic 14] administração do lar; [pic 15] comunicação pelo telefone; [pic 16] verificação de horas; [pic 17] enfermagem caseira, e boas maneiras.
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