A ORGANIZAÇÃO DAS GÊNESES

A ORGANIZAÇÃO DAS GÊNESES

Essa parte do texto falou da escola dos Godelins, o edito que criou a fábrica dos Godelins em 1667,que previa a organização de uma escola em que sessenta crianças bolsistas deveriam ser escolhidas por um superintendente e deveriam começar a praticar com seus mestres atividades de tapeceiros. Após um determinado tempo em seu estudo elas eram encaminhadas para a aprendizagem corporativo que se concluirá com uma prova qualificatória e a partir daí, e ,dependendo da sua qualificação elas teriam direito de abrir sua lojas em qualquer cidade do reino. Em 1737 foi criada a escola de desenho para os aprendizes dos Gobelins no objetivo de completar sua primeira formação. No entanto, essa escola foi dividida em três classes; os alunos que não tinham nenhuma noção em desenho, os que tinham alguns princípios e a terceira classe , os alunos aprendem as cores, fazem pastel, iniciavam-se na teoria e na prática do tingimento. Esse processo tinha como visão as técnicas de como administrar o tempo e o corpo para se tornar algo útil e teria que passar por quatro processos que a organização militar mostra com toda a clareza.

1- Divisão em segmentos ,paralelos ou não,dos quais cada um deve chegar a um termo específico.

2- Organização dessas seqüências segundo um esquema analítico ,de sucessão de elementos tão simples quanto possível, combinando-se segundo uma complexidade crescente. 3- Finalização desses segmentos temporais, em que lhes fixava um termo marcado para uma prova que tinha a tríplice função prova, e indicava se o indivíduo chegou ao seu nível estatutário a fim de garantir que sua aprendizagem estava em conformidade com a dos outros, e diferenciar as capacidades de cada indivíduo.

4- Estabelecer séries de séries; prescrever a cada um, de acordo com seu nível,

sua antigüidade, seu posto, os exercícios que lhe apropriaram.

Portanto, colocou o tempo disciplinar que se firmava pouco a pouco à prática pedagógica, onde se foi necessário ter diversas divisões, aumentando seu grau de complexidade e pedindo uma avaliação ao término da mesma. Isso fazia com quem queria que possuísse domínio sobre o tempo pudesse articular sobre o mesmo, tendo assim a garantia de como seria usado.Dirigindo o comportamento para um o exercício permite uma perpétua caracterização do indivíduo seja em relação a esse termo, seja em relação aos outros indivíduos, seja em relação a um tipo de percurso. Assim, realiza, na forma da continuidade e da coerção, um crescimento, uma observação, uma qualificação. Antes de tomar essa forma estritamente disciplinar, o exercício teve uma longa história: era encontrado nas práticas militares, religiosas, universitárias às vezes ritual de iniciação, cerimônia preparatória, ensaio teatral, prova. Em exercícios de complexidade crescente, apareceu primeiro, parece, num grupo religioso, os Irmãos da Vida Comum onde visavam “a salvação comunitária o primeiro núcleo de métodos destinados a produzir aptidões individualmente caracterizadas mais coletivamente úteis”.