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A Resenha Economia

Por:   •  2/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  990 Palavras (4 Páginas)  •  108 Visualizações

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RESENHA ARMAS, GERMES E AÇO

Segundo o autor, um título alternativo teria sido A short history about everyone for the last 13,000 years.  Ao contrário do que nos inculcam, em educação criacionista, na história científica não existe pré-história. Somos praticamente doutrinados a conhecer apenas o período d.C. (depois de Cristo), mas há outra história da evolução humana, desde que nos distinguimos dos gorilas, cerca de 7 milhões de anos atrás, até o fim da última Era Glacial, há aproximadamente 13.000 anos.

Diamond mostra, como os ancestrais humanos se espalharam, a partir de suas origens na África, para outros continentes, de modo a entender o estágio do mundo pouco antes dos acontecimentos frequentemente sintetizados pela expressão “surgimento da civilização”. O desenvolvimento humano em alguns continentes começou bem antes do que em outros. Aqueles adquiriram “vantagens competitivas”.

Ele examina os efeitos históricos dos ambientes de cada continente nos últimos 13.000 anos. Colhe “amostras” em ilhas com ambientes muito diferentes. Em poucos milênios, a sociedade ancestral polinésia se espalhou por diversas ilhas, gerando várias sociedades diferentes, que iam de tribos de caçadores-coletores até proto-impérios. Esta sequência pode servir de modelo para processos mais longos, em maior escala e menos compreendidos, de reprodução de sociedades nos diferentes continentes, desde o fim da última Era Glacial até se tornarem tribos caçadoras-coletoras ou impérios.

Os confrontos entre os povos de diferentes continentes. Identifica a cadeia de fatores que permitiu as conquistas européias de sociedades nativas americanas. Esses fatores incluíram germes de origem espanhola, cavalos, cultura, organização política e tecnologia, especialmente navios e armas. Essa análise das causas próximas é fácil, difícil é identificar as causas originais como Diamond consegue.

O surgimento e a expectativa da produção de alimentos”, é dedicada ao que acredita ser as causas fundamentais.

mostra como a produção de alimentos, isto é, a produção de comida por meio da agricultura ou da criação de gado, em vez da caça ou coleta de alimentos silvestres, em última análise, gerou aqueles fatores imediatos das conquistas européias.

Alguns povos foram aprendendo a produção de alimentos em grande escala desde tempos idos, enquanto outros nem desenvolveram nem adquiriram esse conhecimento, permanecendo caçadores-coletores até os tempos modernos.

Examina os numerosos fatores que produziram a mudança do estilo de vida caçador-coletor para o produtor de comida em algumas áreas e não em outras.

O cultivo de plantas e a domesticação de animais surgiram na chamada “pré-história”, a partir de plantas e animais selvagens. A maioria dos grandes mamíferos nunca foi domesticada, apenas foram quinze deles:

  1. cachorro (mamífero de menor porte),
  2. ovelha,
  3. cabra,
  4. porco,
  5. vaca ou gado,
  6. cavalo,
  7. burro,
  8. búfalo indiano,
  9. lhama (único nativo na América do Sul) e alpaca,
  10. camelo (com duas corcundas),
  11. dromedário (com uma corcunda),
  12. rena,
  13. iaque (Himalaia e Tibete),
  14. gado de Bali, e
  15. Mithan (Índia e Birmânia).

A domesticação do primeiro data de 10.000 a.C. e a do último de 2.500 a.C.. Há falta de mamíferos domésticos nativos na África Subsaariana. Os ancestrais selvagens de 13 dos antigos 14 mamíferos de maior porte (incluindo os seis primeiros principais) estavam confinados na Eurásia, inclusive o norte da África. Essa distribuição irregular das espécies selvagens ancestrais entre os continentes tornou-se uma explicação importante para o fato de que os eurasianos, mais que outros povos de outros continentes, acabassem ficando com as armas, os germes e o aço.

Diamond revela que um dos principais fatores que contribuíram para a diferença nos ritmos de expansão foi a direção dos eixos continentais: predominantemente oeste-leste para a Eurásia e predominantemente norte-sul para as Américas e a África. A pluralidade de latitudes destes continentes produziram ambientes climáticos muito mais diversificados, dificultando as migrações e as difusões da produção de alimentos. Quaisquer culturas, animais, ideias e tecnologias encontravam sérios obstáculos para se propagar de um extremo ao outro, pois mudavam radicalmente as condições climáticas.

 (“Do alimento às armas, aos germes e ao aço”), as conexões das causas originais (ou remotas) com as causas imediatas são traçadas em detalhes, começando, com a evolução dos germes característica das populações humanas densas. Esclarece a relação dos germes com o surgimento da produção de alimentos, particularmente a domesticação de animais, muito maior na Eurásia do que nas Américas.

O que influi na escrita também influi na tecnologia. Ao permitir que os agricultores obtivessem excedentes, a produção de alimentos tornou essas sociedades capazes de sustentar especialistas em tempo integral que não cultivavam sua própria comida e que desenvolveram as tecnologias.

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