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A SOCIOLOGIA APLICADA

Por:   •  14/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  588 Palavras (3 Páginas)  •  339 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

(Nome aqui)

LARISSA MARTINS SAMPAIO

MATHEUS AUGUSTO PEREIRA LOUZEIRO

SOCIOLOGIA APLICADA

Resenhas Críticas

São Luís

2016

LARISSA MARTINS SAMPAIO

MATHEUS AUGUSTO PEREIRA LOUZEIRO

SOCIOLOGIA APLICADA

Resenhas Críticas

Trabalho apresentado à professora Maria Cristina Bunn, da disciplina Sociologia Aplicada, do Curso de Administração, da UFMA, para obtenção de nota.

São Luís

2016

REIS, Elisa P.. AS CIÊNCIAS SOCIAIS E O BUG DO MILÊNIO. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 14, n. 39, fev. 1999.

Há bastante discussão sobre as novas tendências, mas faltam esforços sistemáticos no sentido de se buscar uma visão de conjunto das perspectivas de nossa era. Se, por um lado, é verdade que o slogan da globalização está totalmente banalizado, por outro lado é também verdade que a “fragmentação” é percebida como seu corolário entre especialistas. O movimento globalizador hoje assume características inteiramente novas, características que mexem com a imaginação e com a prática social. Essa novidade coloca desafios para as ciências sociais, desafios que me levam a sugerir alguma analogia com o chamado bug. A capacidade de interpelar o presente marca a relevância da ciência social.  É precisamente a incapacidade de sensibilizar o presente que torna certas críticas estéreis e certas expressões, palavras ou conceitos chavões vazios de conteúdo. As análises sociológicas clássicas continuam clássicas porque decifraram o presente de seu tempo e não o nosso. Mesmo em uma área de atuação relativamente nova estamos muitas vezes mal preparados para responder às demandas de conhecimento e confundimos nosso fervor ético-religioso com eficiência. O conhecimento que produzimos se torna obsoleto com rapidez crescente. Não porque novos conhecimentos e teorias nos atropelem, mas porque novas realidades nos surpreendem enquanto nossos modelos e recursos metodológicos se mostram com freqüência anêmicos e incapazes de gerar programas de pesquisas progressivos. Não há dúvida de que as questões da ciência social seguem sendo cruciais, no entanto grande parte do esforço intelectual empreendido tem-se limitado a chamar a atenção para a novidade delas, sem um esforço de teorizar ou de entender as implicações sociais de tais novas questões. Há muito empenho em salientar o que mudou, e muito menos em investigar como tais mudanças afetam a vida da sociedade como um todo. As ciências sociais surgiram como parte do projeto iluminista. Surgiram com base na crença de que é possível progredir, melhorar as condições de vida de toda a sociedade. De uma maneira geral, acreditava-se na capacidade de intervenção humana para a melhoria das condições materiais e ideais de vida. No seio desse movimento — no qual a modernização era um processo, mas também um projeto — diversos argumentos ganharam força: igualdade crescente, cidadania, nação, industrialismo etc. No alvorecer da era moderna, as diferenciações que a sociedade estabeleceu entre o mercado e o Estado, a filosofia e a ciência, tiveram consequências intelectuais e materiais definitivas na organização social. Hoje na percepção social: tendemos a ver o Estado e o mercado como esferas “fora” da sociedade civil, que passa a ser vista como uma terceira esfera. Contudo, ao invés de nos comprazermos na denúncia, na autopiedade diante dos fracassos das ciências sociais, por que não nos dedicarmos a buscar onde é que estão os pontos vulneráveis? Creio que essa é a maneira de livrar a ciência social do bug.

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