A Sustentabilidade Como Projeto Para a Cidadania Planetária

Resumo: MANTOVANELI JÚNIOR, Oklinger. A sustentabilidade como projeto para a cidadania planetária. In: PHILIPPI JÚNIOR, Arlindo; SAMPAIO, Carlos Alberto Cioce; FERNANDES, Valdir. Gestão de natureza pública e sustentabilidade. Barueri: Manole, 2012.

        Nesse capítulo o autor busca abordar argumentos capazes de aproximar a ideia de sustentabilidade ao debate sobre gestão cidadã de políticas. No entanto a preocupação é em apresentar um projeto civilizacional não apenas com base em premissas normativas. Dessa forma destaca-se o debate sobre ecodesenvolvimento, a questão da sustentabilidade e suas repercussões propositivas.

        Através de uma analise reflexiva para além da perspectiva normativa, o texto aponta para a realidade deste final de século que se configura como um novo fato administrativo, requerendo um padrão alternativo de ação administrativa sobre as políticas que determinam a vida associada. E é diante deste contexto que emergem as prerrogativas da cidadania planetária, que consiste em um conjunto de princípios, valores, atitudes e comportamentos que demonstra uma nova percepção da terra como única comunidade.

        Porém para ser efetivada essa cidadania deve ser tida como um projeto de humanidade desejável, amparada por uma cultura de sustentabilidade. Dois grandes movimentos eminentemente históricos são considerados como meio para alcance do projeto planetário. O primeiro, visto como expressão da espontaneidade do sujeito humano na condução dos seus desejos e do seu destino, mas sem a conexão intencional com o projeto universalizante. E o segundo, busca a construção de processos eminente, declarados, consciente ou intencionalmente educativos, processo conhecido como ecopedagogia.

Portanto, nesses termos este estudo se vale da educação como caminho para a superação dos impasses que condicionam a insustentabilidade do projeto utilitarista, da modernidade de mercado, buscando alternativas na prática da ação social de caráter administrativo. Dessa forma o autor procura superar as abordagens que sugerem um reducionismo modelístico predominante na literatura sobre a temática, demonstrando uma preocupação na vida associada através de uma perspectiva mais ecocêntrica e vivencial.